O futebol potiguar está de luto. Morreu nesta sexta-feira, em Natal, o ex-técnico Pedrinho Albuquerque, de 67 anos. Ele perdeu a luta que travava contra um câncer na face.
Conhecido pelo temperamento forte e por não ter papas na língua em suas declarações, Pedrinho fez história ao comandar o título estadual do Corintians-RN em 2001, o primeiro de um clube do interior do estado.
Trabalhou ainda no ABC, Alecrim, Potyguar de Currais Novos, Santa Cruz-RN, Globo FC e Potiguar, seu último clube, em 2017. Ainda comandou Treze, Botafogo-PB, Sousa e Paraíba.
O velório será realizado no cemitério Morada da Paz Emaús, a partir das 22h desta sexta-feira. O sepultamento está marcado para as 11h do sábado, no mesmo local. Amigos fazem homenagem em mural online.
Grande figura
Conhecido pelo temperamento forte e por não ter papas na língua em suas declarações, Pedrinho fez história ao comandar o título estadual do Corintians-RN em 2001, o primeiro de um clube do interior do estado.
Trabalhou ainda no ABC, Alecrim, Potyguar de Currais Novos, Santa Cruz-RN, Globo FC e Potiguar, seu último clube, em 2017. Ainda comandou Treze, Botafogo-PB, Sousa e Paraíba.
O velório será realizado no cemitério Morada da Paz Emaús, a partir das 22h desta sexta-feira. O sepultamento está marcado para as 11h do sábado, no mesmo local. Amigos fazem homenagem em mural online.
Grande figura
Pedrinho tinha uma cara séria, mas também sabia ser divertido em entrevistas e conversas informais. Nos treinos e nos jogos, o profissionalismo era sua marca registrada, além de algumas reclamações e confusões, normais para quem não gostava de perder.
Em 2017, participou do quadro "Retrato Revelado", no Globo Esporte, na Inter TV Cabugi (veja acima). Na oportunidade, enalteceu que o título com o Corintians de Caicó "é uma coisa que marcou para o resto da minha vida, até onde eu chegar na espiritualidade".
Lembrou a passagem turbulenta pelo ABC, em 2001, quando assumiu a equipe de "Série A" montada por Mauro Fernandes à época. O Alvinegro acabaria rebaixado para a Série C.
- Morando na beira da praia, tomando cerveja, namorando muito, vão querer dar um chute em uma bola?! (se referindo a jogadores) Mas eu, em relação a essa queda do ABC, tenho minha consciência tranquila, porque inclusive quando fizemos reuniões com os atletas, foi lembrado até pelo Guará, um volante que estava aí no primeiro jogo que perdemos em casa: 'faltam 37 partidas, dá para recuperar. Já estamos na situação que estamos e ninguém recuperou nada, só conversa. Temos que ter ação'. Inclusive foi esse um dos argumentos, uma das conversas que nós tivemos com o grupo. Quer dizer, então eu não me sinto culpado por aquilo ali - disse na entrevista.
Pedrinho também ressaltou a amizade com o ex-treinador Ferdinando Teixeira, a quem considerava um "irmão mais velho".
- Esse aí eu vou venerá-lo sempre como aquele cara com ápice, como modelo, norte de um ser humano autêntico, íntegro aonde eu faço parte também dessa integridade, até porque temos muita coisa parecida, apesar de não sermos irmãos. Tive o prazer de ser aluno de Ferdinando na escola a partir de 1967 e aí a amizade perdura até hoje e é um irmão que eu tenho - falou no "Retrato".
Na entrevista, ainda lembrou da divergência com o então presidente do Alecrim, o inglês Anthony Armstrong, em 2013, e não fugiu da polêmica.
- O histórico dele nessa passagem meteórica pelo Alecrim já fala por ele. Então o que eu tenho que dizer é só que foi aquela surpresa desagradável para o futebol do Rio Grande do Norte. Um tremendo fiasco. Se me contrata é porque acha que eu tenho condições. Ele paga, quem administra sou eu - disse.
Em sua passagem pelo Globo FC, em 2015, conseguiu a classificação da equipe para a Série D e Copa do Brasil, mas precisou mostrar seu lado "bravo".
- Para onde vou, a confusão é grande. Dei uma dura grande no pessoal e precisei dar um puxão de orelha antes do jogo contra o ABC, mas no sentido de motivá-los para conseguir o objetivo maior do clube, que era o acesso à Série D - contou à época.
*Do G1 RN
Em 2017, participou do quadro "Retrato Revelado", no Globo Esporte, na Inter TV Cabugi (veja acima). Na oportunidade, enalteceu que o título com o Corintians de Caicó "é uma coisa que marcou para o resto da minha vida, até onde eu chegar na espiritualidade".
Lembrou a passagem turbulenta pelo ABC, em 2001, quando assumiu a equipe de "Série A" montada por Mauro Fernandes à época. O Alvinegro acabaria rebaixado para a Série C.
- Morando na beira da praia, tomando cerveja, namorando muito, vão querer dar um chute em uma bola?! (se referindo a jogadores) Mas eu, em relação a essa queda do ABC, tenho minha consciência tranquila, porque inclusive quando fizemos reuniões com os atletas, foi lembrado até pelo Guará, um volante que estava aí no primeiro jogo que perdemos em casa: 'faltam 37 partidas, dá para recuperar. Já estamos na situação que estamos e ninguém recuperou nada, só conversa. Temos que ter ação'. Inclusive foi esse um dos argumentos, uma das conversas que nós tivemos com o grupo. Quer dizer, então eu não me sinto culpado por aquilo ali - disse na entrevista.
Pedrinho também ressaltou a amizade com o ex-treinador Ferdinando Teixeira, a quem considerava um "irmão mais velho".
- Esse aí eu vou venerá-lo sempre como aquele cara com ápice, como modelo, norte de um ser humano autêntico, íntegro aonde eu faço parte também dessa integridade, até porque temos muita coisa parecida, apesar de não sermos irmãos. Tive o prazer de ser aluno de Ferdinando na escola a partir de 1967 e aí a amizade perdura até hoje e é um irmão que eu tenho - falou no "Retrato".
Na entrevista, ainda lembrou da divergência com o então presidente do Alecrim, o inglês Anthony Armstrong, em 2013, e não fugiu da polêmica.
- O histórico dele nessa passagem meteórica pelo Alecrim já fala por ele. Então o que eu tenho que dizer é só que foi aquela surpresa desagradável para o futebol do Rio Grande do Norte. Um tremendo fiasco. Se me contrata é porque acha que eu tenho condições. Ele paga, quem administra sou eu - disse.
Em sua passagem pelo Globo FC, em 2015, conseguiu a classificação da equipe para a Série D e Copa do Brasil, mas precisou mostrar seu lado "bravo".
- Para onde vou, a confusão é grande. Dei uma dura grande no pessoal e precisei dar um puxão de orelha antes do jogo contra o ABC, mas no sentido de motivá-los para conseguir o objetivo maior do clube, que era o acesso à Série D - contou à época.
*Do G1 RN