Em minha obra Os mortos não morrem, explico que o Apocalipse de Jesus, Livro da Revelação, repleto dos marcantes simbolismos narrados por João Evangelista, o sensitivo de Patmos, surpreende-nos com um evento inesperado. No versículo 14 do capítulo 20, vemos o inacreditável acontecer: a morte da “morte”: “Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. E esta é a segunda morte, o lago de fogo”. Não é o desaparecimento dela como desejam alguns, até bem-intencionados, que pensam eternizar a vida material na conservação do corpo perecível, congelado, como ambiciona a criônica, mas a morte da “morte”, “o último inimigo a ser vencido”, na visão inspirada do Apóstolo dos Gentios (Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, 15:26). Quanto mais espiritualmente nos esclarecemos, mais a derrotamos.
Morrerá a “morte” que sustentava o reino infeliz da ignorância espiritual em toda a Terra.
Agora, os seres humanos começam a saber por que vivem, morrem, reencarnam e que os mortos não morrem! Daí a Revolução Mundial dos Espíritos de Luz em marcha, anunciada, em 1953, por Alziro Zarur (1914-1979). E tenho afirmado que não é possível concretizá-la escondendo-se os Espíritos. Eis o objetivo de colocar à disposição deles os potentes microfones da Super Rede Boa Vontade de Rádio e da Boa Vontade TV; os espaços nas nossas publicações e nos nossos portais na internet; enfim, para sempre trazerem os seus fraterníssimos recados.
Acerca do “lago de fogo”, citado no versículo 14 do capítulo 20 do Apocalipse, trata-se do remorso, porque este, sim, é uma morte dorida para a consciência culpada.
A frustrante criônica
Quanto à criônica, ainda há quem pretenda com ela alcançar a longevidade da roupagem física. Entretanto, não é assim que a banda toca...
Ao estudarmos o funcionamento do mecanismo espiritual, aprendemos que há o corpo etéreo, que dirige, por intermédio da Alma, todo o governo de nossos sentidos. E o congelamento pode aprisionar o Espírito ao corpo somático. Aliás, o Apóstolo Paulo, em sua Primeira Epístola aos Coríntios, 15:39 e 40, admoesta: “Nem toda carne é a mesma; porém, uma é a carne dos homens, outra, a dos animais, outra, a das aves, e outra, a dos peixes. Também há corpos celestes e corpos terrestres; e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais, e outra, a dos terrenos”.
Como a humanidade ainda permanece em atraso imenso no tocante às questões divinas, parte da Ciência — por preconceito, melindre ou tabus —, de certa forma, tem sofrido bloqueio de muitos dos seus melhores pares, no avanço sobre os chamados “ocultismo” e “mistério”. O progresso em direção às coisas do Espírito ainda se arrasta com muita indolência. Mas, conforme diz o nosso amigo Flexa Dourada (Espírito): “Quando Jesus quer, Ele faz. Estala os dedos, e as coisas se mesclam, e se transformam” [e se ecumenizam].
Caso não nos atentemos à Moral Divina e à existência da Alma, o Professor Sofrimento entrará em ação para nos fazer enxergar essa realidade extrafísica, esse Determinismo Divino. Porquanto, a Verdade, incluída a dos assuntos espirituais, quando não é aceita pela convocação do Amor Celestial, solicita a presença da Justiça Excelsa a fim de devolver o ser humano ao caminho acertado para o seu esclarecimento pleno. E não se trata de punição — algumas pessoas têm horror a esse negócio: “Ah, Deus castiga!”, exclamam. Contudo, assim o fazem por não ter lido com atenção o que Jesus afirma aos integrantes da Igreja de Laodiceia (Apocalipse, 3:19): “Aqueles a quem amo, repreendo e castigo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te”.
Na verdade, a Lei Divina não pune, apenas corrige. Todavia, para ouvidos moucos, de “um povo de dura cerviz” (Êxodo, 32:9), só a linguagem eloquentíssima do desafio, da Dor.
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.