A Unesco lançou mundialmente na última sexta-feira, 11, o Relatório de Ciência da Unesco 2021, cujo título é “A corrida contra o tempo por um desenvolvimento mais inteligente: visão geral e cenário brasileiro”, disponível para acesso no endereço https://www.unesco.org/reports/science/2021/en/download-the-report No documento, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) aparece no seleto grupo de instituições com maior número de depósitos de patente entre os anos de 2013 e 2018, ao lado de Unicamp, USP, UFPE e UFPR.Publicado a cada cinco anos, o relatório fornece uma visão geral da ciência e da política científica. Nele, a Unesco reconhece que os centros de inovação tecnológica dentro das universidades têm prosperado no país, principalmente no que diz respeito ao depósito de patentes, à colaboração com a indústria e à incubação de startups inovadoras. Os itens “polos de inovação tecnológica: história de sucesso para as universidades” e “tendências de publicações científicas” circunstanciam bem esse aspecto.
No documento, inteligência artificial e robótica são campos particularmente dinâmicos, com quase 150 mil artigos publicados sobre esses assuntos apenas em 2019. A pesquisa em inteligência artificial (IA) e robótica cresceu em países de renda média baixa, que contribuíram com 25,3% das publicações neste campo em 2019, em comparação com apenas 12,8% em 2015. Nos últimos cinco anos, mais de 30 países adotaram estratégias específicas, entre elas China, Federação Russa, Estados Unidos da América, Índia, Maurício e Vietnã.
O relatório da Unesco registra ainda que as prioridades de desenvolvimento foram alinhadas nos últimos cinco anos, e agora países de todos os níveis de renda realçam a transição para economias digitais e verdes. Para acelerar esse processo, os governos estão usando ferramentas de políticas para facilitar a transferência de tecnologia para a indústria. A instituição identifica ainda que a pandemia da COVID-19 dinamizou os sistemas de produção de conhecimento.
UFRN em rankings
Esta não é a primeira vez que a UFRN alcança protagonismo em rankings para inovação de instituições oficiais. No Ranking 2020 do Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI), a UFRN foi top 15 nacional em depositantes de patente com os números relativos ao ano de 2019.
Em 2020, mesmo com a pandemia, a Universidade Federal alcançou números anuais inéditos relativos à propriedade intelectual. De acordo com levantamento anual realizado pela Agência de Inovação (AGIR), os números de programas de computador registrados e os pedidos de patente depositados, respectivamente 58 e 33, nunca haviam sido alcançados antes pela Instituição.
Curiosamente, os melhores números nestes aspectos foram ambos em 2019. Os dados trazem a expectativa de atingir o topo do país na próxima edição do ranking em relação aos registros de computador, além de melhorar significativamente a posição nacional no ranking de depositantes.
Webinar
O lançamento do relatório contou com uma webinar, onde, dentre os palestrantes, estava o acadêmico Hernan Chaimovich. Assista aqui a transmissão (https://www.youtube.com/watch?v=7PsZekRj3yQ). Na oportunidade, foram apresentados alguns destaques, dentre os quais enumerar alguns dos esforços globais em busca de novos paradigmas de desenvolvimento sustentável baseados na inovação, na economia digital e em energias renováveis. O Relatório também discorre sobre o recente impacto da pandemia de Covid-19 e a importância da cooperação internacional para seu enfrentamento, além de apresentar avanços, desafios e tendências em investimento em pesquisa e desenvolvimento nos últimos anos no Brasil.
*Fonte: Blog da Juliska/Robson Freitas