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27 dezembro 2024

Relatório de 2020 do Dnit apontava fissuras em pilares e rachaduras em ponte que caiu

Um relatório concluído pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) em 2020 apontava 19 tipos de danos estruturais na ponte que caiu no domingo (22), entre os estados do Tocantins e Maranhão. Três pessoas morreram e 14 estão desaparecidas. O relatório técnico reuniu informações e fotografias sobre o mau estado de conservação da ponte Juscelino Kubitschek, construída nos anos 1960.

A noticia é do ESTADÃO. Foram relatadas fissuras em 14 dos 16 pilares, nas paredes de travamento e nos blocos de fundação, além de falhas de concretagem e até inclinações observadas a olho nu nos reforços colocados nos pilares. O texto fala em “nível elevado de danificação da estrutura”, mas não menciona risco de colapso.

Relatório gerencial de infraestrutura rodoviária, que o Dnit mantém na internet, classifica como “ruim” o estado de conservação da ponte. Em uma graduação que vai de 1 a 5, em que o 5 é considerado excelente, a ponte JK aparece com 2.

Quatro anos depois da vistoria in loco, em 2024, o Dnit lançou um edital para contratar uma empresa para reabilitar a ponte ao valor de R$ 13,320 milhões. Não houve interessados.

“As condições atuais da Obra de Arte Especial (no jargão técnico uma ponte) merecem atenção, pois verifica-se vibrações excessivas e desgaste visual de suas estruturas e do seu pavimento”, afirma o documento do Dnit que convocou a licitação, em maio deste ano.

Nesta segunda-feira (23), procurado para comentar as informações sobre o estado de conservação da ponte, o Dnit informou que, entre 2021 e 2023, gastou R$ 3,5 milhões em um programa de manutenção de estruturas no Estado do Tocantins, que previam reparos em vigas, lajes e passeios. O órgão não detalhou, porém, o que foi feito na ponte JK.

A ponte ligava Aguiarnópolis (TO) a Estreito (MA). Agora, o Dnit informa que pretende gastar entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões para reconstruir uma ponte no local. Antes, terá que demolir o resto da estrutura da ponte que desabou, o que fará sob situação de emergência.

*Jair Sampaio

24 dezembro 2024

ESTADO: Levantamento aponta 33 pontes administradas pelo DNIT no RN em situação crítica ou ruim

Um levantamento feito pela Folha de São Paulo de todas as pontes federais administradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) mostra 33 equipamentos desses estão em situação crítica ou ruim no Rio Grande do Norte. A informação foi revelada após a queda da ponte Juscelino Kubitscheck de Oliveira, na divisa do Tocantins com Maranhão, no domingo (22).

De acordo com o documento, seis pontes estão em “situação crítica” e 27 em “situação ruim”. As informações estão atualizadas até maio de 2023 e totalizam 727 pontes em todo o Brasil com classificação crítica ou ruim.

Desse total, 130 estão na pior condição, e o restante na categoria ruim. O DNIT é responsável pela manutenção e fiscalização de 5.827 pontes nos 26 estados e no Distrito Federal. Segundo o levantamento, 12,5% das pontes brasileiras estão em um destes dois cenários apresentados.

Na categoria regular, 1.538 pontes estão inseridas. Em bom estado 2.220 pontes e a com nível ótimo de qualidade apenas 67 pontes federais em todo o Brasil. Além disso, 1.275 equipamentos aparecem como situação “não definida”.

Dentro da avaliação do DNIT, existem cinco categorias de classificação sobre o estado das pontes federais: 1-crítico; 2-ruim; 3-regular; 4-bom; e 5-ótimo.

O Ceará tem 77 pontes em estado crítico ou ruim, Pernambuco aparece no levantamento com 60, Minas Gerais (59) e Pará (56).

Já as de situação crítica Minas Gerais (22), seguido por Bahia (18) e Ceará (16). A classificação ruim indica que a ponte pode apresentar problemas estruturais ou funcionais que requerem atenção prioritária.

*Fonte: Tribuna do Norte