Seu Hildo possui um rebanho de cerca de 180 caprinos, entre cabras, bodes e cabritos. Ele dedica sua vida à agricultura e a pecuária. No entanto, de uns anos pra cá, um problema vem tirando o seu sono: o ataque de cães aos seus animais.
Ele contou ao blog Apodi 360 que só no ano passado, ele perdeu mais de 70 cabeças de cabra, um prejuízo estimado de R$ 20 mil. De lá pra cá, as perdas já estão em torno de 100 animais. Em toda a região do assentamento Laje do Meio, pelo menos 400 animais foram mortos por cães nos últimos anos.
"Nós já pelejamos muito pra pegar esses cachorros, não era só eu não, era quase todo mundo daqui, mas nunca conseguimos pegar nenhum", disse ele, acrescentando que nunca tinham usado da violência contra os cachorros.

(Foto: Bryan Alves - Apodi 360)
Questionado sobre quem são os responsáveis por esses animais, ele revelou que a maioria não possuem donos. Eles são trazidos por caçadores e abandonados quando percebem que não são bons de caça. Com fome, acabam atacando as cabras.
O agricultor revelou que costuma usar fogos de artifícios para espantar os cachorros e os urubus, que também são predadores dos animais recém-nascidos. No entanto, ao flagrar três cães comendo alguns dos seus cabritos na tarde de quinta (29), ele não suportou a ira, pegou uma espingarda velha que tinha para proteção pessoal e disparou contra os cachorros.
"Eu tava cuidando dos meus bichos, quando cheguei lá, os cachorros estavam rasgando meus cabritos. Eu perdi a cabeça, não vou mentir. Vim em casa, peguei a espingarda, matei uma cachorra e atirei em outro cachorro. O outro fugiu. Eles mataram 8 cabritos e sumiram com três", relatou.
Neste momento, a entrevista foi interrompida por um irmão do seu Hildo, que veio contar que achou um dos 3 cabritos desaparecido. Ele estava morto, com marcas de mordidas no pescoço causados por cães.
"Isso é muito triste. O agricultor é bicho que sofre. Essa é a minha única fonte de renda. Agora eu vou fazer o quê?", frisou.
Somente nas últimas 24 horas, ele perdeu 12 animais.
Durante a conversa com a reportagem, ele reconheceu, por diversas vezes, que errou ao atirar nos cães, mas deixou claro que não sabe o que fazer.
"Eu agora tô pagando pelo cachorro que eu matei pra defender os meus bichos, mas quem é que vai pagar o meu prejuízo? E os próximos cabritos que forem atacados, como é que vai ficar?", questionou ele, com a voz embargada e visivelmente emocionado.
Sempre muito gentil, seu Hildo nos convidou para conhecer seu rebanho. Ao chegar no seu lote, ele disse que ia provar que não era criminoso, nem que maltratava animais como alguns veículos de comunicação haviam divulgado. Com apenas um grito, ele conseguiu reunir parte das suas cabras ao seu redor, demonstrando um grande afeto mútuo entre ambos.
O agricultor revelou que costuma usar fogos de artifícios para espantar os cachorros e os urubus, que também são predadores dos animais recém-nascidos. No entanto, ao flagrar três cães comendo alguns dos seus cabritos na tarde de quinta (29), ele não suportou a ira, pegou uma espingarda velha que tinha para proteção pessoal e disparou contra os cachorros.
"Eu tava cuidando dos meus bichos, quando cheguei lá, os cachorros estavam rasgando meus cabritos. Eu perdi a cabeça, não vou mentir. Vim em casa, peguei a espingarda, matei uma cachorra e atirei em outro cachorro. O outro fugiu. Eles mataram 8 cabritos e sumiram com três", relatou.
Neste momento, a entrevista foi interrompida por um irmão do seu Hildo, que veio contar que achou um dos 3 cabritos desaparecido. Ele estava morto, com marcas de mordidas no pescoço causados por cães.
(Foto: Josemário Alves - Apodi 360)
"Isso é muito triste. O agricultor é bicho que sofre. Essa é a minha única fonte de renda. Agora eu vou fazer o quê?", frisou.
Somente nas últimas 24 horas, ele perdeu 12 animais.
Durante a conversa com a reportagem, ele reconheceu, por diversas vezes, que errou ao atirar nos cães, mas deixou claro que não sabe o que fazer.
"Eu agora tô pagando pelo cachorro que eu matei pra defender os meus bichos, mas quem é que vai pagar o meu prejuízo? E os próximos cabritos que forem atacados, como é que vai ficar?", questionou ele, com a voz embargada e visivelmente emocionado.
Sempre muito gentil, seu Hildo nos convidou para conhecer seu rebanho. Ao chegar no seu lote, ele disse que ia provar que não era criminoso, nem que maltratava animais como alguns veículos de comunicação haviam divulgado. Com apenas um grito, ele conseguiu reunir parte das suas cabras ao seu redor, demonstrando um grande afeto mútuo entre ambos.

(Foto: Bryan Alves - Apodi 360)
"Isso é coisa de quem maltrata animal? Olhe como elas são bem cuidadas. Se eu tivesse o espírito ruim de maltratar animal, vocês acham que elas iam tá todas aqui, subindo em cima de mim? O que eu fiz foi somente para defender meus bichos", afirmou seu Hildo.Devido aos tiros disparados contra os cães, seu Hildo foi denunciado anonimamente e acabou preso pela Polícia Militar. Sua espingarda, que não tinha registro, também foi apreendida.
Ele passou a noite de quinta e a manhã do dia seguinte no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Apodi, aguardando audiência de custódia. Ele acabou sendo liberado e vai responder pelas acusações em liberdade.
"Eu nunca tinha entrado numa delegacia, e ainda passar a noite preso? Não é bom não, e eu não desejo isso a ninguém", disse.
Assista trechos do desabafo aqui.

(Foto: Josemário Alves - Apodi 360)
Seu Hildo mora sozinho e não tem família constituída. Relatos de vizinhos apontam que ele sempre foi um homem trabalhador e de bem. A convite do próprio, fomos até o seu quintal colher laranjas. Lá encontramos, além de muitas árvores frutíferas, mais cabras, galinhas e pelo menos 10 gatos abandonados que ele cuida com muito carinho, dentre eles, uma gata e seus filhotes recém-nascidos.*Josemário Alves - Apodi 360