A declaração de Dino foi feita no sábado, 25, após Moro também recorrer ao Twitter para fazer um questionamento. ‘Gostaria de entender por que um dos criminosos do PCC, investigado no plano de sequestro e assassinato, utilizava como endereço de e-mail lulalivre1063?’, questionou o ex-juiz federal da Lava Jato.
Reiterando declarações dadas desde o dia em que a Operação Sequaz foi aberta, para desarticular a quadrilha que espreitava Moro, Dino declarou: “Não há indício, prova, nada; só canalhice mesmo. Lembro que não há imunidade parlamentar para proteger canalhice. O ministro chegou a retuitar a própria postagem no domingo, 26, reforçando as declarações.
Como mostrou o Estadão, o e-mail ‘lulalivre1063@icould.com’ constava no cadastro de um dos chips telefônicos grampeados pela Polícia Federal. O nome do proprietário da linha ainda não foi identificado. A investigação não descarta a hipótese de que essas linhas telefônicas estejam registradas em nome de ‘laranjas’, estratégia utilizada para apagar rastros.
Documento
Sérgio Moro e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) travam intensa queda de braço desde que, na última quinta-feira, 23, o presidente declarou, ao comentar a ação do PCC contra seu desafeto, que ‘é visível que é uma armação do Moro’. No mesmo dia, o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) cobrou uma retratação do petista e afirmou, durante uma entrevista à CNN, que ‘se acontecer algo, a responsabilidade é de Lula’.
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Na quarta, 22, Dino disse que é ‘vil, leviano e descabido fazer qualquer vinculação’ da investigação com a declaração de Lula. “É mau-caratismo tentar politizar uma investigação séria”, afirmou. Segundo o ministro da Justiça, é ‘abjeta a tentativa de vincular dois eventos totalmente distintos’ – a declaração do petista e os planos investigados pela PF.
*Fonte: Estadão/98 FM de Natal
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