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18 fevereiro 2025

Alta do café tem relação com clima e custos de produção; entenda

De janeiro de 2024 até o momento atual, o preço médio do café de 250g aumentou R$ 9,80. No primeiro mês de 2024, a média do produto era R$ 7,73. Um ano depois, essa média subiu para R$ 17,53, um aumento de 126.78%. Essa alta do café tem relação com fatores climáticos, alta demanda internacional, custos de produção e economia brasileira, especialmente pela desvalorização do real, além dos impostos sobre os produtos.

De acordo com Elton Alves, gestor de cafeicultura do Sebrae/RN, o clima tem sido um dos principais fatores que afetam a produção do grão e, consequentemente, o preço ao consumidor. “O Brasil, maior produtor mundial, sofreu com secas intensas e altas temperaturas nas fases de floração, reduzindo a produtividade”, explica.

Desde 2021, as safras vem sendo afetadas por condições climáticas adversas, resultando em colheitas menores. Isso impacta diretamente o preço, já que a menor oferta, aliada a uma demanda elevada, eleva o valor do café. “Dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) indicam que a indústria teve uma alta maior do que a registrada nos supermercados e ainda deve repassar parte desse aumento neste primeiro trimestre. Entre 2021 e 2024, o custo da matéria-prima subiu 224%”, pontua Alves.

Segundo a Embrapa, a produção nacional estimada para 2025 é de 51,81 milhões de sacas de 60 kg, uma queda de 4,4% em relação a 2024. Alves explica que esse declínio é decorrente da bienalidade negativa da cultura do café, além das altas temperaturas e da seca registrada no período de floração. “As previsões para fevereiro apontam chuvas abaixo da média e temperaturas acima do esperado, o que preocupa os cafeicultores. Apesar de alguma esperança trazida pelas chuvas recentes, as temperaturas nos próximos meses serão decisivas para garantir um produto de qualidade. O calor excessivo pode secar os grãos antes da colheita, comprometendo a safra 2025/26”, alerta.

Outro fator determinante para o preço do café é a cotação internacional do produto, que reflete na taxa de câmbio. “O Brasil exportou 3,97 milhões de sacas de café em janeiro de 2025, uma leve queda de 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, a receita subiu quase 60%, atingindo US$ 1,3 bilhão. Ou seja, menos café foi exportado, mas por um valor muito maior”, destaca Alves.

Isso tem relação com o que o especialista já explicou: oferta menor somada a alta demanda, resulta na elevação do preço. Assim como Elton Alves, o economista Helder Cavalcanti também menciona esse fator. De acordo com Helder, essa é a lei da oferta e da procura. “Evidentemente, o preço, à medida que alguém oferece um valor maior, vai sempre levar o produto”, finalizou Helder.

Além disso, o custo da produção também aumentou devido a fatores como mão de obra, energia elétrica, combustíveis e embalagens, impactando diretamente o preço final. “O café arábica segue liderando as exportações, com 82,4% do total embarcado. No entanto, a exportação de café canéfora (robusta + conilon) caiu quase 29%, pois os grãos vietnamitas e indonésios estão mais competitivos em preço. Isso gerou um efeito cascata: menos café disponível, preços mais altos e mercado volátil”, explica.

A tendência é de preços elevados até pelo menos maio, quando a nova safra de conilon e robusta começa a ser colhida no Brasil. Alves ressalta que o estoque global de café atingiu o menor nível em 25 anos. “Na safra 2024/25, a produção aumentou 4,1% em relação ao ciclo anterior, mas o estoque final caiu 6,6%. Isso impacta diretamente as cotações internacionais, pressionando os preços”, esclarece.

Com o aumento da demanda global, especialmente nos Estados Unidos e na China, a pressão sobre o mercado se intensifica. “Nos últimos anos, o consumo chinês cresceu quase 150%. Em 2024/25, estima-se que alcance 6,3 milhões de sacas. Nos EUA, o setor movimentou mais de US$ 28 bilhões em 2024 e deve chegar a US$ 33,64 bilhões até 2029. Essa demanda crescente, aliada às condições climáticas adversas, reduz a oferta e impulsiona os preços”, explica Alves.

O gestor do Sebrae/RN também destaca o peso dos fertilizantes e combustíveis nos custos de produção. “A volatilidade no mercado de fertilizantes, impactada por tensões geopolíticas e flutuações cambiais, aumentou significativamente os custos para os produtores. O preço dos combustíveis também subiu, encarecendo o transporte e a logística”, afirma.

Apesar do alto volume de exportação, o consumo interno de café segue em crescimento. “Entre 2023 e 2024, o consumo de café torrado e moído no Brasil cresceu 1,1%, totalizando 21,9 milhões de sacas. O faturamento da indústria chegou a R$ 36,82 bilhões, um aumento de 60,85% em relação a 2023”, pontua Alves.

A previsão para os próximos meses é de estabilidade nos altos preços, podendo haver leves reduções dependendo das cotações internacionais e da safra global 2025/26. “Se tivermos uma safra muito superior à demanda, os estoques podem se recompor e os preços baixarem. Mas essa é uma perspectiva de longo prazo”, finaliza Alves.

Preço do café (250g)

Janeiro de 2024: R$ 7,73
Janeiro de 2025: R$ 17,53
Aumento: R$ 9,80
Variação percentual: 126,78%

Exportações brasileiras de café (janeiro de 2025):

Volume: 3,97 milhões de sacas
Queda em relação a janeiro de 2024: 1,6%
Receita: US$ 1,3 bilhão
Aumento da receita: 60%

Consumo interno de café no Brasil (2023-2024):

Crescimento: 1,1%
Total consumido: 21,9 milhões de sacas
Faturamento da indústria: R$ 36,82 bilhões
Aumento do faturamento: 60,85%


*Rayssa Vitorino - Tribuna do Norte

16 fevereiro 2025

Repasses dos royalties do petróleo para o RN crescem 83,53% em 14 anos

Em 14 anos, o repasse dos royalties do petróleo para o Rio Grande do Norte cresceu 83,53%, segundo levantamento consolidado da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No período analisado, o montante de royalties distribuídos passou de R$ 307,6 milhões, em 2010, para R$ 564,6 milhões para o Estado e os municípios potiguares em 2024, o que representa um incremento de R$ 256,9 milhões.

Em 2010, o Estado recebeu R$ 158,9 milhões; e outros R$ 148,7 milhões para 96 municípios, segundo os dados da ANP. Já no ano passado, os royalties foram distribuídos da seguinte forma: R$ 246,2 milhões para o Estado e R$ 318,3 milhões para os 96 municípios atualmente beneficiados.

No comparativo entre 2024 e 2023, o repasse apresentou uma queda de 4,34%, mas permanece como uma das principais fontes de receita para o Estado e municípios. A diminuição foi mais acentuada no primeiro semestre, mas houve recuperação no último quadrimestre, o que reforça a relevância dos recursos para a economia potiguar.

Em 2024, a oscilação na arrecadação refletiu mudanças na dinâmica da produção de petróleo no Estado. Os primeiros meses do ano registraram uma queda mais acentuada, especialmente em fevereiro e abril, período em que os repasses chegaram a ficar abaixo de R$ 40 milhões. No entanto, a recuperação ocorreu progressivamente, com o terceiro trimestre apresentando os melhores desempenhos do ano, impulsionados pelo aumento no volume produzido e pelas oscilações favoráveis no mercado internacional de petróleo.

Para Sílvio Torquato, secretário de Desenvolvimento Econômico do RN, a redução nos repasses deve ser vista como parte de um ajuste natural no setor. “Essa pequena queda de 4% é uma questão de acomodação. Algumas grandes empresas resolveram leiloar campos que não estavam satisfatórios para elas, então isso fez parte do movimento. Mas os royalties são muito importantes para o Estado do Rio Grande do Norte”, afirma.

Mesmo com a redução registrada em 2024, o cenário para este ano se mostra promissor, especialmente diante do crescimento projetado para o setor de exploração e produção de petróleo e gás natural. O Estado deve manter os royalties como uma fonte de receita vital para o desenvolvimento regional em 2025. “Com certeza, vamos aumentar essa participação, porque novos empreendimentos estão chegando e novos grupos estão assumindo vários campos de petróleo”, diz Torquato.

A arrecadação de royalties variou entre os municípios potiguares em 2024. Enquanto algumas cidades registraram um aumento, outras sofreram quedas. Entre os municípios que mais cresceram na arrecadação estão Felipe Guerra, que recebeu R$ 30,1 milhões, um aumento de 57,8% em relação ao ano anterior; Grossos, com R$ 28,4 milhões, registrando um crescimento de 301%; e Serra do Mel, que alcançou R$ 27,6 milhões, com alta de 239%. Por outro lado, Mossoró teve uma redução de 22,8%, totalizando R$ 32,8 milhões, embora a cidade permaneça na liderança das cidades mais beneficiadas desde 2023.

Para Anteomar Pereira (Babá), presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), os royalties seguem sendo uma fonte essencial de recursos para os municípios. “A importância desses recursos é gigantesca para os municípios, pois impacta diretamente a prestação de serviços de saúde, educação e infraestrutura”, afirmou.

Diante dessas variações, a distribuição dos royalties deve ser tema de debate na regulamentação da reforma tributária. “E a Femurn vai debater isso através da CNM [Confederação Nacional dos Municípios], na regulamentação da reforma tributária que será agora até o meio do ano”, destaca.

Os royalties do petróleo são uma compensação financeira paga pelas empresas concessionárias que exploram petróleo e gás natural no Brasil. Esses recursos são destinados à União, aos estados e aos municípios, como forma de remunerar a sociedade pela exploração de bens não renováveis.

O cálculo dos royalties leva em consideração três fatores principais: a alíquota do campo produtor, que pode variar entre 5% e 15%; o volume mensal produzido; e o preço de referência no período analisado. Dessa forma, a arrecadação mensal resulta da multiplicação desses elementos, garantindo que os valores acompanhem as variações na produção e no mercado externo.

US$ 3,1 bi na Margem Equatorial

Apesar da redução na arrecadação em 2024, o setor de petróleo e gás segue sendo fundamental para a economia potiguar, representando 24,51% do PIB industrial e movimentando R$ 5,78 bilhões apenas na etapa de extração. Quando somados os setores de refino e derivados, o valor se aproxima de R$ 11,4 bilhões, de acordo com dados do Observatório Mais RN.

O Plano 2024-2028 da Petrobras prevê um investimento de US$ 3,1 bilhões na Margem Equatorial – região onde o RN está inserido – com a perfuração de 16 poços neste período. Os impactos esperados para a economia estadual são expressivos. “Projeções do Ministério de Minas e Energia indicam que o RN poderá receber até R$ 9 bilhões em investimentos no setor”, comenta Pedro Albuquerque, assessor técnico do Observatório Mais RN, da Fiern.

Além disso, segundo estimativas do Observatório Nacional da Indústria (CNI), a exploração na Margem Equatorial poderá gerar 326 mil empregos formais no Brasil, adicionar R$ 65 bilhões ao PIB nacional e arrecadar R$ 3,87 bilhões em impostos indiretos. “Os royalties permanecerão relevantes para economias locais e, com as perspectivas de exploração do Campo de Pitu, tais perspectivas apenas se intensificam”, acrescentou Albuquerque.

Repasse e aplicação

Os royalties são considerados fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico dos municípios potiguares. De acordo com Pedro Albuquerque, os valores cresceram substancialmente ao longo dos anos. “Entre 2010 e 2024 percebeu-se um aumento dos valores transferidos de royalties do petróleo, saltando de R$ 148 para R$ 318 milhões impactando municípios como Mossoró, Assú, Alto do Rodrigues, Felipe Guerra e outros onde as receitas provenientes desses repasses alcançam até 25% das receitas brutas realizadas pelo poder público local”, diz.

Apesar do volume, Pedro Albuquerque questiona a eficácia da aplicação dos royalties, especialmente na área educacional. Por lei, 75% dos valores devem ser destinados à educação e 25% à saúde. No entanto, segundo Albuquerque, os municípios que mais recebem royalties per capita apresentam desempenho abaixo da média estadual no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). “Quando olhamos, por exemplo, para evolução do Ideb municipal (ensino fundamental) do RN, atingimos uma média de 4,5 pontos, mas os municípios que mais recebem royalties per capita atingiram uma média de 4,2,”, afirma.

A Fiern avalia que, para que os royalties impulsionem de forma mais eficaz o desenvolvimento, é necessário direcionar os investimentos para projetos estruturantes. “Os royalties do petróleo, quando bem aplicados na educação, podem ser um fator estratégico para impulsionar a competitividade industrial local. Investimentos na qualificação de professores, ampliação do ensino técnico e tecnológico, além da modernização da infraestrutura escolar, garantem a formação de uma mão de obra mais capacitada”, argumenta.

“Existem casos de sucesso no Brasil e no mundo que podem ser adaptados e utilizados no RN. Por exemplo, o Espírito Santo criou o Fundo Soberano, destinando parte dos royalties para investimentos de longo prazo, visando diversificar a economia. A Noruega criou o Government Pension Fund Global”, pontua.

Produção de petróleo cresce em janeiro no RN

A produção de petróleo e gás natural no Rio Grande do Norte registrou crescimento em janeiro de 2025, impulsionada pelo avanço dos programas de perfuração e recuperação de campos maduros conduzidos pelas duas principais operadoras do Estado. PetroReconcavo e Brava (ex-3R Petroleum), responsáveis por 98,3% da produção onshore potiguar, ampliaram as atividades no primeiro mês do ano.

A PetroReconcavo registrou produção média de 26,8 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/dia), um crescimento de 3,1% em relação a dezembro de 2024. No Ativo Potiguar, a produção totalizou 13,3 mil boe/dia, com aumento de 1,8%. Somente a produção de petróleo atingiu 8,5 mil barris por dia (bbl/dia), um avanço de 1,3%, puxado pelos campos de Sabiá da Mata e Janduí, além dos projetos de workover executados no mês. A produção de gás natural chegou a 4,7 mil boe/dia, crescendo 2,8% na comparação com o mês anterior, resultado das intervenções realizadas nos poços.

A Brava (ex-3R Petroleum), que opera o Complexo Potiguar, registrou produção de 22,3 mil bbl/dia de petróleo e 1,95 mil boe/dia de gás natural em janeiro. A medição fiscal da produção foi parcialmente impactada por restrições de escoamento ao ATI e pela manutenção da Refinaria Clara Camarão, concluída no início de fevereiro. Parte da produção acumulada nos polos Potiguar e Macau será escoada ao longo deste mês, compensando a limitação temporária de entregas.

*Tribuna do Norte

14 fevereiro 2025

Transações do Comércio Exterior do RN chegam a US$ 131,2 milhões

O comércio exterior do Rio Grande do Norte apresentou resultados expressivos em janeiro de 2025 com um volume total de transações comerciais de US$ 131,2 milhões, conforme dados divulgados pelo Boletim da Balança Comercial de janeiro de 2025 pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico nessa quarta-feira (12).

As exportações do estado somaram US$ 84,5 milhões, enquanto as importações atingiram US$ 46,7 milhões, representando um saldo positivo no comércio exterior do estado de US$ 37,8 milhões.

Entre os principais produtos exportados, os óleos combustíveis lideraram com US$ 27,4 milhões, seguidos por melões frescos US$ 21,7 milhões e melancias frescas US$ 11,7 milhões, reafirmando a importância da fruticultura para a balança comercial potiguar.

No campo das importações, destacaram-se as compras de outras gasolinas (exceto para aviação), com um montante de US$ 6,6 milhões, seguidas pelo trigo e misturas de trigo com centeio US$ 6,3 milhões e óleo diesel US$ 6,1 milhões.

Além disso, a aquisição de células fotovoltaicas no valor de US$ 3,8 milhões, demonstra a crescente relevância da energia renovável na economia estadual. As caldeiras aquatubulares com produção de vapor também aparecem nas importações, somando US$ 2,4 milhões.

Os principais destinos das exportações potiguares foram o Panamá, os Países Baixos, Espanha, Estados Unidos e o Reino Unido. Juntos, esses mercados representaram 89% do valor total exportado pelo estado, evidenciando a forte presença potiguar em mercados internacionais estratégicos.

No que tange às importações, a Rússia liderou como principal fornecedora do Rio Grande do Norte, com um volume de US$ 12,8 milhões com outras gasolinas, seguida pela China e Argentina.

Os Estados Unidos e a Espanha também figuram entre os principais fornecedores, com valores de US$ 6,1 milhões e US$ 2,3 milhões, respectivamente. Juntos, esses mercados foram responsáveis por 85,6% do total importado pelo estado.

*Saulo Vale

23 janeiro 2025

Dólar cai para R$ 5,94 e fecha no menor nível desde fim de novembro

Beneficiado pela moderação nas tarifas comerciais prometidas pelo novo presidente norte-americano, Donald Trump, o mercado cambial teve um dia de alívio. O dólar caiu para abaixo de R$ 6 e atingiu o menor nível desde o fim de novembro. A bolsa de valores não teve o mesmo desempenho positivo e caiu pela primeira vez após três altas seguidas.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira 22 vendido a R$ 5,946, com recuo de R$ 0,085 (-1,4%). A cotação caiu durante toda a sessão e passou a operar abaixo de R$ 6 a partir das 10h50. Na mínima do dia, por volta das 14h, chegou a R$ 5,91.

A moeda norte-americana está na menor cotação desde 27 de novembro. Em 2025, a divisa tem queda de 3,79%.

O mercado de ações teve um dia mais volátil. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 122.972 pontos, com queda de 0,3%. O indicador alternou altas e baixas durante toda a sessão, mas consolidou a tendência de baixa perto do fim da tarde, puxado por mineradoras.

Sem notícias relevantes na economia brasileira, o dólar foi influenciado pelo mercado internacional. A ausência de anúncios de elevação de tarifas comerciais para a América Latina pelo presidente Donald Trump beneficiou os países emergentes. O novo presidente norte-americano anunciou uma sobretaxa de 10% para os produtos da China e de 25% para os do México e do Canadá a partir de 1º de fevereiro.

Além da falta de menções à América Latina, os percentuais abaixo do esperado diminuíram as pressões sobre a inflação norte-americana. Isso diminui a necessidade de o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) congelar ou elevar os juros neste ano. Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu tarifas mais altas sobre os produtos chineses.

Taxas de juros menos altas em economias avançadas beneficiam países emergentes, como o Brasil. Isso porque os juros elevados da economia brasileira atraem capitais financeiros, reduzindo a pressão sobre o dólar e a bolsa.

*Agência Brasil

08 janeiro 2025

Exportações do RN crescem 42,6% e movimentação no comércio exterior bate recorde

As exportações do Rio Grande do Norte cresceram 42,6% em 2024 em relação ao ano anterior, chegando a US$ 1,1 bilhão. Com isso, ao longo de 2024, o comércio exterior do Estado alcançou um volume recorde de transações, atingindo US$ 1,7 bilhão — soma das exportações com as importações (US$ 595 milhões).

Esses números estão na mais recente edição do Boletim Econômico da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC), com as informações da Balança Comercial do RN, divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta terça-feira (07/01), por meio da plataforma “Comex Stat”.

Ao longo do ano, a pauta de exportação foi diversificada, com destaque para óleos combustíveis (US$ 558,7 milhões), melões frescos (US$ 120,1 milhões), óleo diesel (US$ 86,7 milhões) e melancias frescas (US$ 52,9 milhões).

Os principais produtos importados nos doze meses de 2024 foram células fotovoltaicas (US$ 129,1 milhões), “outras gasolinas” (US$ 92,2 milhões), grupos eletrogêneos de energia eólica (US$ 54,6 milhões), trigo e centeio (US$ 49,6 milhões) e óleo diesel (US$ 40,7 milhões).

Destinos

Os cinco principais destinos das exportações potiguares no período foram: Singapura (US$ 199,3 milhões), Países Baixos (US$ 189,2 milhões), Ilhas Virgens Americanas (US$ 187,8 milhões), Estados Unidos (US$ 66,1 milhões) e Reino Unido (US$ 52,2 milhões).

Nas importações, os principais parceiros foram: China (US$ 260,4 milhões), Estados Unidos (US$ 76,2 milhões), Suíça (US$ 44,1 milhões), Argentina (US$ 34,3 milhões) e Países Baixos (US$ 32,7 milhões).

*Saulo Vale

06 janeiro 2025

Indústria salineira do RN é incluída, por meio de Decreto, no PROEDI

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte incluiu, através do Decreto nº 34.264/2024, a indústria salineira no Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (PROEDI), atendendo a uma reivindicação histórica do setor.

“Com a inclusão da indústria salineira no PROEDI, atendemos a um pleito histórico, afirmou a governadora Fátima Bezerra.

O secretário de Desenvolvimento Econômico e vice-presidente da Federação das Indústrias do RN (FIERN), Sílvio Torquato, destacou que a decisão atende um pleito justo para a inclusão das salineiras no programa que tem dado resultados expressivos no RN.

“Terá um desdobramento positivo em um segmento que é fundamental para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte, uma vez que as empresas que atuam no Estado nessa atividade continuam com a liderança absoluta da produção de sal marinho no país e, até pela relevância histórica na economia do Estado, merecem esse estímulo”, afirmou Torquato, que acrescentou ainda que a inclusão do segmento no programa se trata de um benefício com desdobramento para toda uma cadeia produtiva.

O decreto, assinado pela governadora e pelo secretário Carlos Eduardo Xavier, da Secretaria da Fazenda, foi publicado no Diário Oficial com data de 27 de dezembro de 2024 e define as condições para as empresas do setor terem acesso ao benefício do PROEDI.

Administrado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), o PROEDI desempenha um papel central no fortalecimento da indústria potiguar. Atualmente, o programa beneficia 300 indústrias que juntas geram mais de 56 mil empregos no estado.

*Tribuna do Norte

26 dezembro 2024

Lula publica decreto nos próximos dias para corrigir salário mínimo; valor deve subir para R$1.518

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publica um decreto presidencial nos próximos dias para corrigir o valor do salário mínimo que, segundo interlocutores do governo, deve subir para R$ 1.518 em 2025. Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.412. Se confirmado o valor, o aumento será de R$ 106, o equivalente a um aumento de 7,5%. A correção valerá a partir de janeiro, com pagamento em fevereiro do ano que vem. O valor oficial do salário mínimo em 2025 só será confirmado com a publicação do decreto presidencial, prevista para ocorrer até o fim do ano. O aumento do salário mínimo em 2025 já considera a nova fórmula do salário mínimo, que foi limitado no fim do ano passado por conta do pacote de cortes de gastos proposto pela equipe econômica.

Pela nova fórmula de cálculo do salário mínimo, a correção se dá pela inflação (INPC) calculada em doze meses até novembro (4,84%), mais o crescimento do PIB de dois anos atrás, nesse caso 2023, mas limitado a 2,5%. No ano retrasado, o PIB avançou 3,2%. Entretanto, como há a limitação, será utilizado o teto de 2,5%. Por essa nova fórmula, já aprovada pelo Legislativo, o salário mínimo, arredondado, seria de R$ 1.517. Mas a informação de fontes do governo é de que o arredondamento será feito para cima, fixando o valor em R$ 1.518 para o ano de 2025. Pelo formato anterior de reajuste do salário mínimo, o valor deveria subir de acordo com a inflação de doze meses até novembro, ou seja, 4,84%, mais a variação do PIB de dois anos antes, ano de 2023, ou seja, 3,2%. Não havia, no formato anterior, a limitação de 2,5%. Com isso, o salário mínimo subiria para R$ 1.528.

Considerando a diferença entre a fórmula anterior de aumento do salário mínimo (R$ 1.528), já abandonada por conta do pacote de cortes de gastos aprovado pelo Congresso na semana passada, e o valor que deverá ser apresentado pelo presidente Lula em decreto (R$ 1.518), a perda será de R$ 10 mensalmente para os trabalhadores, aposentados e pensionistas em 2025. Com a nova proposta para o salário mínimo, o governo deixará de pagar em aposentadorias e benefícios sociais cerca de cerca R$ 4 bilhões em 2025. Isso porque, de acordo com cálculos do governo, a cada R$ 1 de aumento do salário mínimo se cria uma despesa de aproximadamente R$ 392 milhões. Pelos cálculos do governo, a nova regra vai implicar em um crescimento menor do salário mínimo nos próximos anos.

*Fonte: G1

10 dezembro 2024

RN movimenta R$ 1,5 bilhão no comércio exterior

O Rio Grande do Norte teve uma movimentação de R$ 1,5 bilhão nas transações de comércio exterior entre janeiro e novembro deste ano. Essa é a soma das exportações e importações potiguares no período.
O número está no Boletim Econômico nº 12, divulgado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (SEDEC) nesta sexta-feira (06), com informações da balança comercial do RN.
Apenas no mês de novembro, as exportações atingiram US$ 102,9 milhões, enquanto as importações somaram US$ 55,1 milhões. Com isso, o saldo em novembro ficou em US$ 47,8 milhões.
“Esse desempenho positivo no campo exportador está intrinsecamente relacionado à comercialização de produtos como óleos combustíveis e frutas tropicais, que seguem como pilares da pauta exportadora potiguar”, aponta a análise feita pela equipe técnica.
As exportações de óleo combustível, no mês de novembro, ficaram em US$ 52,3 milhões. Em sequência, os melões frescos contribuíram com US$ 20,7 milhões, seguidos pelas melancias frescas, com US$ 9,0 milhões.
Os principais destinos das exportações foram as Ilhas Virgens (Americanas), com um volume de US$ 55,3 milhões; os Países Baixos, com US$ 12,5 milhões; a Espanha, com US$ 9,3 milhões; os Estados Unidos, com US$ 7,0 milhões; e o Reino Unido, com US$ 6,9 milhões. Esses cinco mercados juntos responderam por 88,7% do total exportado pelo estado em novembro.
Nas importações, a China permanece como o principal fornecedor de produtos ao Rio Grande do Norte, com US$ 23,7 milhões em novembro, com destaque para células fotovoltaicas (US$ 14,1 milhões), conversores elétricos (US$ 2,6 milhões) e quadros e painéis (US$ 821,2 mil).

*Saulo Vale

04 dezembro 2024

Brasil atinge menor nível de pobreza e extrema pobreza da série histórica do IBGE

Em 2023, o Brasil alcançou os menores níveis de pobreza e extrema pobreza da série histórica iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados constam na pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2024, que traz análises sobre as condições de vida da população brasileira.

O parâmetro internacional para medir a pobreza, definido pelo Banco Mundial, é de uma renda de até US$ 6,85 por pessoa por dia. Assim, pessoas com renda abaixo disso, que equivale a cerca de R$ 665 por mês, são consideradas em situação de pobreza.

Já o parâmetro global para a extrema pobreza é de uma renda de até US$ 2,15 por dia, cerca de R$ 209 mês.
Veja a variação:Pobreza: Entre 2022 e 2023, 8,7 milhões de pessoas saíram da pobreza no país. O número total desse público recuou de 67,7 milhões para 59 milhões — menor contingente desde 2012. Em proporção, passou de 31,6% para 27,4% da população.
Extrema pobreza: No mesmo período, 3,1 milhões de pessoas saíram dessa situação. O público total recuou de 12,6 milhões para 9,5 milhões, chegando ao menor patamar desde 2012. Em termos percentuais, a queda foi de 5,9% para 4,4% da população.

“A queda na pobreza em 2023 é resultado, principalmente, do dinamismo no mercado de trabalho e do aumento na cobertura de benefícios sociais”, diz Leonardo Athias, gerente de Indicadores Sociais do IBGE.

Conforme a pesquisa, as crianças e adolescentes de zero a 14 anos são a população mais atingida pela pobreza: 7,3% são extremamente pobres e 44,8%, pobres.

Entre os grupos por idade, os idosos têm os menores índices: 2% estão em situação de extrema pobreza, enquanto 11,3% estão em condição de pobreza.
Diferenças regionais, de gênero e cor:

Conforme a pesquisa, as regiões Norte e Nordeste têm as maiores proporções de pessoas pobres e extremamente pobres. Quando observados gênero e cor, mulheres e pessoas pretas e pardas são as mais atingidas.

Mulheres e homensA pobreza atinge 28,4% das mulheres, enquanto a proporção entre os homens é de 26,3%.
Já a extrema pobreza afeta 4,5% das mulheres e 4,3% dos homens.

Pessoas brancas, pretas e pardasA pobreza atinge 35,5% das pessoas pardas e 30,8% das pessoas pretas. Enquanto isso, a proporção entre as pessoas brancas é de 17,7%.
Já a extrema pobreza afeta 6% das pessoas pardas, 4,7% das pessoas pretas e 2,6% das pessoas brancas.

Regiões do paísA pobreza atinge 47,2% da população do Nordeste e 38,5% do Norte. Nas outras regiões, as proporções são: Sudeste (18,4%), Centro-Oeste (17,8%) e Sul (14,8%).
Já a extrema pobreza afeta 9,1% da população do Nordeste e 6% do Norte. Completam os dados: Sudeste (2,5%), Centro-Oeste (1,8%) e Sul (1,7%).

01 dezembro 2024

Indústria, construção e serviços lideram criação de empregos no melhor trimestre em 12 anos

A Pnad Contínua de agosto a outubro de 2024 trouxe a menor taxa de desocupação entre os 152 trimestres móveis que compõem a sua série histórica, iniciada em janeiro / março de 2012, ou seja, quase 13 anos: 6,2% da força de trabalho do país, o equivalente a 6,8 milhões de pessoas em busca de emprego.

Este, por sua vez, foi o menor número de pessoas desocupadas em uma década ou, mais precisamente, desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.

A menor desocupação da série histórica foi consequência dos recordes no número de pessoas ocupadas no país. São 103,6 milhões de trabalhadores (recorde), sendo 53,4 milhões de empregados no setor privado (recorde), dos quais 39,0 milhões tinham carteira assinada (recorde) e 14,4 milhões eram empregados sem carteira (recorde). O número de empregados no setor público (12,8 milhões) também foi recorde. Com isso, a proporção de pessoas com 14 anos ou mais de idade que estavam trabalhando (nível de ocupação) chegou ao maior percentual da série histórica da Pnad Contínua: 58,7%.

“O menor índice de desemprego da série histórica, de 6,2%, não acontece por geração espontânea nem por acaso”, afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. “É fruto de trabalho, de boas políticas públicas. É resultado de todo esse trabalho, e tem tudo a ver com esse nosso encontro de hoje (29/11)”, disse Alckmin, durante evento com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB). No Palácio do Planalto, o Governo Federal anunciou contratos de R$ 10 bilhões em investimentos do BNDES na infraestrutura de mobilidade do estado.

Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, “A recorrente expansão da ocupação em 2024 tem gerado esses recordes, que ultrapassaram os anteriormente registrados – como no caso do Nível da Ocupação, cujo valor máximo até agora havia ocorrido em 2013 (58,5%)”.
Empresariado reconhece

Durante esta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de encontros setoriais da indústria de transformação e da indústria da construção civil. Neles, Lula destacou os investimentos coordenados pelo Governo Federal para impulsionar os dois setores. Em ambos, os próprios empresários destacaram o papel indutor do Estado, sob coordenação de Lula. “Este setor acredita em sua liderança e no trabalho de sua equipe”, destacou Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção.

Um dia depois, o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Ricardo Alban, destacou que o Governo tem sido sensível às demandas dos empresários e vem adotando medidas essenciais para o fortalecimento da indústria. Entre elas, a Letra de Crédito de Desenvolvimento, o Programa Brasil Mais Produtivo e o Plano Mover. “O Brasil é a bola da vez. Não tenho dúvida disso. Nós todos somos os responsáveis por isso e não podemos deixar que esse trem passe”, enfatizou Alban,

A retomada da industrialização do País tem sido um dos carros-chefe do atual governo, como forma de criar empregos formais, promover desenvolvimento e ampliar a capacidade de investimentos. ” É urgente interromper o processo de desindustrialização. Estamos criando as condições para que o nosso mercado interno de consumo recupere o vigor”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em recente evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Indústria, Construção e Outros serviços puxam novo recorde

Três dos dez grupamentos de atividade investigados pela PNAD Contínua do IBGE puxaram a alta da ocupação frente ao trimestre móvel anterior (maio a julho). A população ocupada na Indústria cresceu 2,9% (mais 381 mil pessoas), a Construção cresceu 2,4% (mais 183 mil pessoas) e o número de trabalhadores em Outros serviços subiu 3,4% (mais 187 mil pessoas). Juntas, essas atividades econômicas ganharam mais 751 mil trabalhadores, no trimestre

“Esses 3 grupamentos de atividades responderam por quase metade do crescimento de total da ocupação no trimestre (1,6 milhão), sendo o destaque para a Construção que registrou sua maior expansão em 2024”, explica Adriana.

Em relação ao mesmo trimestre móvel de 2023, sete grupamentos aumentaram seu número de trabalhadores: Indústria (5,0%, ou mais 629 mil pessoas), Construção (5,1%, ou mais 373 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,3%, ou mais 623 mil pessoas), Transporte, armazenagem e correio (5,7%, ou mais 316 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,5%, ou mais 563 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,4%, ou mais 802 mil pessoas) e Outros serviços (7,2%, ou mais 382 mil pessoas). Houve redução em Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-5,3%, ou menos 446 mil pessoas) e estabilidade em dois grupos: Serviços domésticos e Alojamento e alimentação.
Taxa de informalidade foi de 38,9% no trimestre

A taxa de informalidade (proporção de trabalhadores informais na população ocupada) foi de 38,9%, o que equivale a 40,3 milhões de trabalhadores informais, o maior contingente da série, iniciada em 2016. Essa taxa superou a do trimestre móvel anterior (38,7 %) e foi menor que a do mesmo trimestre de 2023 (39,1 %).

A alta na informalidade foi puxada pelo novo recorde de trabalhadores sem carteira assinada, uma vez que o número de trabalhadores por conta própria (25,7 milhões) manteve estabilidade nas duas comparações: trimestral e anual.
Massa de rendimento dos trabalhadores cresce 2,4%

O rendimento real habitual de todos os trabalhos chegou a R$ 3.255, sem variação estatisticamente significativa frente ao trimestre e com alta de 3,9% no ano. Já a massa de rendimento real habitual (a soma das remunerações de todos os trabalhadores) chegou a R$ 332,6 bilhões, crescendo 2,4% (mais R$ 7,7 bilhões) no trimestre e 7,7% (mais R$ 23,6 bilhões) no ano.

Adriana Beringuy explica que, “embora o rendimento médio não tenha mostrado variação estatisticamente significativa frente ao trimestre móvel anterior, a massa de rendimentos cresceu nas comparações trimestral e anual, devido ao aumento do número de pessoas trabalhando e recebendo rendimentos”.
Mais sobre a pesquisa

A Pnad Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho do Brasil. Sua amostra abrange 211 mil domicílios, espalhados por 3.500 municípios, que são visitados a cada trimestre. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham nesta pesquisa, integrados às mais de 500 agências do IBGE em todo o país.

Em função da pandemia de Covid-19, o IBGE implementou a coleta de informações da pesquisa por telefone a partir de 17 de março de 2020. Em julho de 2021, houve a volta da coleta de forma presencial.

É possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante.

Consulte os dados da PNAD no Sidra . A próxima divulgação da PNAD Contínua Mensal, referente ao trimestre encerrado em novembro, será em 27 de dezembro.

*Com informações do IBGE/Gláucia Lima

30 novembro 2024

Empregos gerados por micro e pequenas empresas no RN crescem 31% em 2024, aponta Sebrae

O Rio Grande do Norte registrou um aumento de 31% no número de empregos gerados por Micro e Pequenas Empresas (MPE) de janeiro a outubro de 2024, com um total de 23.266 novas vagas, em comparação com 17.787 no mesmo período de 2023. Os dados são do relatório Mapa do Emprego de Outubro, elaborado pelo Sebrae-RN, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
O saldo acumulado de empregos no período saltou de 21.937 vagas em 2023 para 34.493 em 2024. Desse total, 70,51% das novas vagas foram geradas por pequenos negócios, com destaque para as microempresas, responsáveis por 21.175 postos de trabalho, seguidas pelas pequenas empresas, que criaram 2.091 vagas, e as médias empresas, com 1.057.
O crescimento foi particularmente expressivo entre as pequenas empresas, que aumentaram o saldo de 339 para 2.091 vagas, um crescimento de 517%. Já as microempresas apresentaram uma variação de 17.448 para 21.175 postos. Os setores com maior geração de empregos foram serviços (17.228 vagas), construção (6.449 vagas) e indústria (4.905 vagas).
Em outubro de 2024, o saldo de empregos foi de 2.847, resultado de 21.330 admissões e 18.483 desligamentos. Este número representa o quarto melhor desempenho histórico para o mês, ficando atrás de 2020, 2021 e 2019. Natal liderou as admissões no mês, com 1.292 novas vagas, seguida por Currais Novos (457) e Açu (376). Por outro lado, os maiores números de desligamentos foram registrados em Espírito Santo (-249), Touros (-114) e Goianinha (-64).
No ranking do Nordeste, o Rio Grande do Norte ocupou a quarta posição em geração de empregos, atrás de Pernambuco, Alagoas e Ceará.

*Agora RN

26 novembro 2024

Fórum Estadual Mineral começa nesta quinta 28 com discussão estratégica para o desenvolvimento do RN

O 5º Fórum Estadual Mineral será nesta quinta 28.11 e sexta-feira 29.11, no auditório do Idema, com palestras e mesas redondas que terão a participação de diretores das agências reguladoras e de fomento à inovação no setor, especialistas de algumas das principais instituições de pesquisa da área, diretores de empresas internacionais e gestores de órgãos públicos com investimentos em projetos de infraestrutura com repercussão na mineração nacional e do Rio Grande do Norte.

O Fórum é promovido pelo Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC), instituições e empresas parceiras, no auditório do IDEMA, com o tema “A importância dos minerais críticos e estratégicos para o desenvolvimento do RN”. A abertura está programada para as 15h da quinta-feira 28.

Ao chegar nessa 5ª edição, o Fórum está consolidado entre os principais eventos do setor no país, e reúne anualmente a comunidade científica e acadêmica da área, além de autoridades, entre os quais dirigentes da Agência Nacional de Mineração (ANM) e do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), além de empreendedores, dirigentes de empresas e pesquisadores.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Sílvio Torquato, afirma que o êxito do Fórum Estadual Mineral é uma demonstração do interesse pela retomada do setor no estado. “Na medida em que a atividade mineral no Rio Grande do Norte confirma uma retomada nestes últimos cinco anos, o Fórum, que anualmente vem sendo promovido neste período, é um sucesso com a promoção de discussões técnicas em um segmento tão importante para o crescimento com geração de oportunidades e empregos no estado”, afirmou.

Ele ressaltou que em uma das edições do Fórum houve o lançamento dos mapas de Geologia e de Recursos Naturais, uma iniciativa relevante para contribuir nos estudos e possibilidade de novos empreendimentos no RN. Ele recordou que “antes dessas iniciativas, há vinte anos, não se tinha programas coordenados para essa área, na qual o estado tem potencial e já mostrou vocação em outros períodos de sua história econômica”.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, um aspecto relevante é que foram identificadas reservas de lítio com potencial de desenvolvimento e que, com isso, o estado pode receber empreendimentos. Ele observou que esse, certamente, será um dos assuntos tratados nessa edição do Fórum. “Teremos oportunidade de um debate construtivo sobre a mineração no estado, sempre na perspectiva do fortalecimento dessa atividade que tanto pode contribuir com nosso crescimento”, disse.

Na quinta-feira, após a abertura do Fórum, às 15h, haverá uma palestra sobre “pesquisa em minerais estratégicos/críticos no Brasil para alavancar a descarbonização e o bem-estar social”, com Roberto Perez Xavier, diretor executivo na Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro. Em seguida, será aberta a Feira Mineral.

A programação da sexta-feira começará às 8h. A palestra das 9h40 será sobre o Porto Indústria Verde do RN, ministrada por Hugo Fonseca, secretário adjunto da SEDEC/RN.

A partir das 16h10, haverá um Talk Show sobre a “Importância dos Minerais Críticos e Estratégicos para o Desenvolvimento do RN”, com Francisco Valdir da Silveira, diretor de Geologia e Recursos Minerais no Serviço Geológico do Brasil (SGB); Alexandre Magno Rocha da Rocha, professor do IFRN; e Carlos Nogueira da Costa Junior, diretor de Relações Governamentais na 4Bmining Corp.

*Agora RN

04 novembro 2024

Economia do RN cria 4.981 novos empregos formais em setembro

Impulsionada pelo setor de serviços e pela construção civil, a economia do Rio Grande do Norte abriu em setembro 4.981 novas vagas de trabalho com carteira assinada. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, assim como maio, junho, julho e agosto, todos os grupamentos econômicos registraram saldos positivos em setembro, numa indicação do aquecimento da economia potiguar.

Foi o nono mês seguido em que o número de admissões superou o de demissões, elevando para 31.488 o total de novos empregos formais criados neste ano, 59,6% a mais do que no mesmo período de 2023.

Com isso, o estoque de empregos no RN, isto é, o número de pessoas ocupando postos de trabalho regidos pelo regime celetista, subiu para 533.409 em setembro, dos quais, 85.197 na Indústria, conforme o cadastro de Empregado Geral de Empregados e Desempregados (Caged). É o maior estoque de empregos no setor industrial do RN desde que o Novo Caged foi instituído em 2020.

Dos 85.197 empregados no setor industrial, 51.891 estão vinculados a empresas beneficiadas pelo Proedi, Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte, criado pela governadora Fátima Bezerra em dezembro de 2019 em substituição ao antigo Proadi.

O programa consiste na implementação de regime de incentivos fiscais voltado para o fortalecimento da indústria local, oferecendo isenções e reduções tributárias em troca de contrapartidas em geração de empregos, investimentos e desenvolvimento tecnológico.

O Boletim Proedi de agosto, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, informa que são 32,1 mil empregos diretos e 19,7 mil terceirizados nos segmentos têxtil, mineração, transformação, alimentação, química e bioquímica, máquinas e equipamentos e construção.

“O Proedi tem um papel estruturante, não só na manutenção dos investimentos pelas empresas optantes, mas na ampliação desses investimentos. Com o Proedi viramos a página dos empregos que estavam indo embora do nosso Estado. Os empregos não só permaneceram, como estamos ampliando cada vez mais as oportunidades”, diz a governadora Fátima Bezerra.

SALDO DO CAGED
  • Setembro de 2024
  • Serviços: 1.898
  • Construção: 1.021
  • Agropecuária: 793
  • Indústria: 747
  • Comércio: 522
  • Total no mês: 4.891
  • Total no ano: 31.488
Desde a criação do Novo Caged: 105.561

Estoque por grupamento econômico

Número total de empregos por setor no RN
  • Agropecuária: 20.529
  • Indústria: 85.197
  • Construção: 43.073
  • Comércio: 132.589
  • Serviços: 252.028
  • Total: 533.409
*Fonte: Governo do RN

03 novembro 2024

Potencial da fibra de caju na produção de alimentos é destacado em oficina do Sebrae

Oficina capacitou grupo na utilização da matéria-prima para diversificar a cajucultura e gerar renda. | Fotos: Allan Phablo
Amplamente conhecido no Brasil pela produção de amêndoas, sucos e doces, o caju, fruta nativa do país, também se destaca como uma alternativa viável à proteína animal na gastronomia, especialmente por meio do beneficiamento de sua fibra.

Essa descoberta foi revelada em uma oficina gastronômica realizada em Mossoró, no dia 30 de outubro, em parceria entre a Embrapa Agroindústria Tropical e o Sebrae do Rio Grande do Norte. O evento, ocorrido no Senac local, capacitou um grupo que busca diversificar a cajucultura e gerar renda.

Durante a oficina, os participantes aprenderam a produzir empadas e coxinhas recheadas com fibra de caju, além de pães feitos com o suco da fruta. A chef e empresária paraibana Maiara Souza, responsável pela capacitação, destacou o potencial do produto, afirmando que já testaram mais de 20 receitas substituindo a proteína animal pela fibra de caju com resultados excepcionais.

“Isso mostra o quão elevado é o potencial desse produto e o quanto pode contribuir para a sustentabilidade da cajucultura”, detalhou.

A utilização da fibra de caju não apenas oferece uma alternativa saudável na produção de alimentos, mas também se apresenta como uma solução eficaz para o desperdício do pedúnculo do caju, que atualmente é descartado em aproximadamente 90% de sua produção, segundo estimativas da Embrapa.

Monalisa Azevedo, uma das participantes da oficina e produtora de caju na Serra do Mel, ressaltou a importância de aproveitar a matéria-prima: “Temos muita fibra que na maioria é desperdiçada, e agora vamos poder aproveitar mais e comercializar os alimentos”.
Caju: Inovação e Tecnologia

O aproveitamento da fibra de caju é possível graças à tecnologia desenvolvida pela Embrapa, que transforma os resíduos da agroindústria de sucos e polpas em um coproduto reconhecido pelo elevado teor de fibras, em torno de 60%.
Segundo estimativas da Embrapa, cerca de 90% do pedúnculo do caju produzido é descartado. | Foto: Allan Phablo
Aline Teixeira, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa, afirmou que o desenvolvimento da fibra de caju visa fortalecer a cajucultura ao ampliar o acesso à tecnologia. “Isso mostra ao produtor que ele pode rentabilizar mais sua produção, não apenas com a castanha, mas também com o pedúnculo”, destacou.

O Sebrae RN, que apoia a realização da oficina, busca estimular a diversificação e a agregação de valor aos produtos resultantes da cajucultura. Paulo Miranda, gerente da Agência Sebrae Oeste, enfatizou as amplas possibilidades que o caju oferece em diversos preparos, incentivando os produtores a explorarem essas oportunidades.

A oficina fez parte da programação da segunda edição do Caju Conecta, que ocorreu de 29 a 31 de outubro em Mossoró, discutindo os rumos da cajucultura nacional por meio de palestras, mesas-redondas e visitas técnicas.

*Agora RN

30 outubro 2024

Economia: Bandeira tarifária para a conta de luz voltará a ser amarela em novembro

Após dois meses no nível vermelho, a bandeira tarifária para novembro será amarela, com cobrança extra de R$ 1,885 na conta de luz para cada 100 quilowatts-hora (kWh) de energia elétrica consumidos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reduziu a bandeira tarifária.

Em outubro, a bandeira estava no nível vermelho patamar 2, a mais cara de todas, com a cobrança de R$ 7,877 por 100 kWh. Desde agosto de 2021 que a tarifa mais alta não era acionada.

Segundo a Aneel, um dos fatores que determinaram a redução da bandeira tarifária para amarela foi a melhoria nas condições de geração de energia no país. A agência reguladora, no entanto, informou que a previsão de chuvas e de vazões nas regiões das hidrelétricas continua abaixo da média, o que justifica o acionamento da bandeira tarifária para cobrir os custos da geração termelétrica para atender às necessidades dos consumidores.

Uma sequência de bandeiras verdes, sem a cobrança de tarifas extras, foi iniciada em abril de 2022. A série foi interrompida em julho deste ano, com a bandeira amarela, seguida da bandeira verde em agosto, e da vermelha patamar 1, em setembro. Com as ondas de calor e as fortes secas no início do segundo semestre, a Aneel acionou a bandeira vermelha patamar 2 em outubro.

Bandeiras tarifárias
Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos de R$ 1,885 (bandeira amarela), R$ 4,463 (bandeira vermelha patamar 1) e R$ 7,877 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. De setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, vigorou uma bandeira de escassez hídrica de R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.

O SIN é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Praticamente todo o país é coberto pelo SIN, à exceção de algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima. Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. A demanda por energia nessas regiões é suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel.

Segundo a Aneel, as bandeiras permitem ao consumidor um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. “Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta”, avalia a agência

*Fonte: Agência Brasil

27 outubro 2024

G20: governo e empresários se alinham sobre reforma da OMC

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, recebeu nesta sexta-feira 25, na capital paulista, a última versão das recomendações do fórum empresarial B20 para a 19ª reunião de cúpula do G20 no Brasil, que ocorrerá em novembro, no Rio de Janeiro.

O Business 20 (B20), que esteve reunido em São Paulo, nessa quinta-feira 24 e hoje 25. no B20 Summit Brasil, é o fórum oficial de diálogo do G20 com a comunidade empresarial. O grupo é composto por cerca de mil representantes empresariais dos países do G20, de países convidados e organizações internacionais.

Alckmin ressaltou que o governo está alinhado com as propostas apresentadas pelos empresários, como a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), investimentos em infraestrutura verde e inovação tecnológica, e a promoção da equidade de gênero.

“Essas recomendações se alinham diretamente com as metas do G20 de construir um sistema econômico global mais justo, que não só promova o crescimento, mas também a equidade social e a sustentabilidade ambiental. Juntos, B20 e G20 compartilham uma visão comum, reformar o sistema de comércio global para responder aos desafios do século XXI, criando um mundo mais conectado, sustentável e inclusivo”, disse Alckmin.

As recomendações do B20 desdobram-se em cinco princípios orientadores: promover o crescimento inclusivo e combater a fome, a pobreza e as desigualdades; acelerar uma transição justa para emissões líquidas zero; aumentar a produtividade por meio da inovação; reforçar a resiliência das cadeias globais de valor; e valorizar o capital humano.

De acordo com Alckmin, o governo brasileiro, como anfitrião do G20, tem defendido um sistema multilateral de comércio que garanta que as regras sejam aplicadas de forma justa e que os fluxos de comércio e investimentos beneficiem tanto as economias mais avançadas quanto as mais vulneráveis.

“As recomendações do B20 sobre o fortalecimento do comércio e dos investimentos sustentáveis convergem perfeitamente com os esforços do G20”, disse o vice-presidente.

Um dos princípios orientadores do documento apresentado pelos empresários é o de promover o crescimento inclusivo e combater a fome, a pobreza e as desigualdades. No texto, o B20 destaca que, até 2030, há a previsão de que quase 600 milhões de pessoas estejam cronicamente subnutridas no mundo, sendo que as mulheres e os moradores de áreas rurais serão desproporcionalmente mais afetados pela insegurança alimentar.

“Tema que permeou as discussões do G20 e que encontra eco nas recomendações do B20 é a inclusão de mulheres no comércio internacional. A experiência de programas brasileiros tem demonstrado que a capacitação e o suporte de lideranças femininas são fundamentais para criar um ambiente mais diverso e inclusivo nos negócios. É importante destacar que, pela primeira vez na história, esse tema foi pautado como prioridade no contexto do comércio e de investimentos do G20”, ressaltou Alckmin.

O B20 Summit Brasil contou com a participação de lideranças empresariais que coordenaram as forças-tarefas do fórum do setor privado e que resultaram em recomendações para o G20. Participaram Ricardo Mussa, CEO da Raízen; Francisco Gomes Neto, CEO da Embraer; Gilberto Tomazoni, CEO da JBS; Fernando de Rizzo, CEO da Tupy; Paula Bellizia, VP Latam da AWS Services; Luciana Ribeiro, cofundadora da EB Capital; Walter Schalka, conselheiro da Suzano; e Claudia Sender, executiva de conselhos empresariais.

“Ficou claro para todos vocês como o B20 e o G20 estão próximos nessa edição. Tivemos a chance de apresentar ao governo brasileiro e aos representantes do G20 ao longo do tempo as nossas propostas e claramente estamos bastante alinhados, esperamos que isso leve às suas propostas, nossas propostas conjuntas, que sejam bem consideradas pelo G20, pelos seus representantes e líderes, quando se reunirem no mês que vem no Brasil”, disse o Chair do B20, Dan Ioschpe.

O documento, na íntegra, pode ser visto aqui.

*Agência Brasil/Agora RN

01 outubro 2024

Indústria da fruticultura e a agricultura familiar engrossam doações do Mesa Brasil

Com uma doação diversificada de frutas produzidas pela indústria de fruticultura do Rio Grande do Norte, bem como alimentos produzidos pela agricultura familiar, as doações do Mesa Brasil Sesc no Estado são feitas por várias empresas e órgãos governamentais, possibilitando arrecadações múltiplas e de qualidade para as instituições beneficiadas. Em 20 anos de atividades, o programa mantido pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (Fecomércio-RN), já arrecadou e distribuiu mais de 25 milhões de quilos de alimentos.

Segundo dados do Mesa Brasil enviados à TRIBUNA DO NORTE, entre os 10 maiores doadores da história do programa no Rio Grande do Norte, oito deles são fazendas, um supermercado e por fim, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que lidera o top-10 das doações com 3.302.201,63 de quilos de alimentos doados. No caso da Conab, a totalidade dos alimentos é adquirida através do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), sendo 100% dos itens comprados de agricultura familiar. Em 2023, foram doados 20.419 quilos de alimentos pela Conab-RN.

“Esse alimento que compramos ele vai, através de doação, para as entidades da rede socioassistencial. A Conab fomenta a produção, organiza as cooperativas e associações, compra esse produto e precisa escoá-lo. As doações vão para CRAS, escolas, igrejas, maternidades. O Sesc com toda sua experiência de logística e estrutura para poder fazer esse alimento sair da fazenda diretamente para a mesa das pessoas que precisam, isso facilita bastante essa parceria que possuímos: Conab/cooperativas fornecendo e o Sesc recebendo. É uma parceria de sucesso. Ninguém faz nada sozinho”, explica o superintendente regional da Conab-RN, Arruda Júnior.

Uma das fazendas com mais doações no Estado é a Agrícola Famosa, tendo doado 609.567,00 quilos de alimentos, segundo dados do Mesa Brasil Sesc RN. Entre as doações estão principalmente frutas como melão e melancia, principais produções da fazenda, que é uma das maiores produtoras e exportadoras do RN. Segundo o gerente de Recursos Humanos da Agrícola Famosa, Gerson Dantas, a logística para arrecadação é semanal, com cerca de 4 a 8 toneladas de doações por semana. A Famosa participa do programa desde 2007, tendo iniciado as doações no Mesa Brasil Sesc do Ceará e posteriormente entrando no RN.

“Semanalmente, o Mesa Brasil entra em contato conosco e organizamos em quais fazendas eles farão a coleta, que é de melão e melancia de diversas variedades, carros chefe do que produzimos. O mercado europeu é muito exigente com relação a qualidade. Quando falamos de qualidade está ligado ao layout da fruta, a aparência externa dela. A fruta que não vai para a Europa é a que direcionamos para a doação, sendo a mesma que comercializamos no mercado nacional. São frutas que, em termo de sabor e qualidade no geral, é a mesma que compramos no supermercado”, explica.

Luciano Morais, gerente de Produção da Fazenda Finobrasa, explica que o desperdício sempre foi um incômodo. “Sabíamos que a destinação dessa fruta podia ser mais nobre, como por exemplo, doações a creches e orfanatos. Foi com esse espírito que adotamos a parceria com o Mesa Brasil, que tem feito um papel excelente e muito importante na assistência as pessoas mais necessitadas”, destaca.

A empresa, que é um braço do Grupo Vicunha, voltado para produção de frutas tipo exportação, especialmente, manga e uva nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco, foi a maior doadora em 2023, com mais de 116 mil quilos de alimentos entregues ao Mesa Brasil. “Esperamos que nossas doações ajudem, de forma anônima, a aliviar a fome de muitas pessoas e, através desse gesto, substituir a palavra desperdício dos nossos indicadores, por solidariedade”, comenta Luciano Morais.

Anualmente, são produzidas nas fazendas da empresa mais de 15 mil toneladas de manga, com destaque para Fazenda Ubarana em Ipanguaçu-RN, que responde por mais de 50% dessa produção. A fruta descartada para exportação também é vendida no mercado interno, principalmente nos Ceasa de Natal, Recife e Fortaleza, e para fruteiros que abastecem feiras livres e pequenos comércios locais.

Segundo o diretor de Programas Sociais do Sesc-RN, Ivanaldo Júnior, as parcerias feitas com supermercados, fazendas e instituições que repassam alimentos são fundamentais para que o programa alcance números expressivos. O Mesa Brasil possui parcerias ainda com produtores de eventos, corridas, campeonatos de futebol e shows, gerando todo um ecossistema de doações e arrecadações.

O presidente do Sistema Fecomercio-RN, Marcelo Queiroz, aponta que o Mesa Brasil Sesc possui toda uma estrutura preparada e qualificada para trabalhar na arrecadação, seleção e distribuição de alimentos, de maneira que cada instituição beneficiada receba as quantidades e as doações de maneira adequada para a sua realidade.

“Temos carros e caminhões que estão sempre à disposição, e equipes treinadas para buscar e selecionar os alimentos. Uma determinada fazenda que deixa de exportar uma fruta, por causa de 1cm fora do padrão, precisa desocupar o espaço, se não tiver quem vá buscar, ele vai descartar. Então estamos lá fazendo essa colheita e entregando no tempo mais rápido possível para esse produto não deteriorar”, explica Marcelo Queiroz.

Para doadores, apoio logístico desafoga equipes
Para muitos doadores, o apoio logístico do programa Mesa Brasil é, além da garantia de que os alimentos arrecadados vão chegar ao destino adequado, uma forma de não sobrecarregar suas equipes. O Corpo de Bombeiros Militar tem feito doações robustas para o Mesa Brasil, através do projeto Caminhada da Mãe Potiguar, realizado anualmente no mês de maio. Só no ano passado foram 9.282 quilos de alimentos doados, segundo levantamento do Sesc-RN, e não fosse a estrutura do Mesa Brasil não alcançaria a mesma dimensão.

“Esse apoio logístico de caminhões e de profissionais do Mesa Brasil é fantástico, é extraordinário, senão eu teria que tirar nossos militares do operacional para fazer esse serviço. Com o programa, eu mantenho o nosso efetivo operacional onde ele deve estar, que é no atendimento ao socorro e à urgência, e a equipe do Mesa Brasil faz esse trabalho, digamos, da área administrativa, da área logística, que é a arrecadação desses alimentos, o que é formidável”, afirma o tenente-coronel Cristiano Couceiro, coordenador da caminhada Mãe Potiguar.

O Corpo de Bombeiros possui uma parceria com o Mesa Brasil há cerca de 10 anos. “Nós entendemos que dessa forma, além de dar o maior dinamismo e organização na coleta desses alimentos, nós temos a confiabilidade do selo Mesa Brasil e do Sistema Fécomércio, de que esses alimentos de fato irão para quem está mais precisando”, avalia.

Ele considera importante o amplo cadastro de instituições carentes do Mesa Brasil, desde instituições que envolvem crianças, pessoas especiais até idosos. “Algo que eu destaco no Mesa Brasil é o cuidado que a equipe tem em coletar todos esses materiais e selecionar esses alimentos que são recebidos, porque eles conseguem fazer uma contabilidade rápida e ágil, verificando para a gente a questão das validades dos alimentos, e dando um melhor direcionamento a esses alimentos. Eles conseguem selecionar o valor nutritivo do alimento mais adequado para cada instituição”, afirma.

*Ícaro Carvalho - Tribuna do Norte

18 setembro 2024

Apex assina convênios de R$ 537 milhões para incentivar exportação

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) apresentou, nesta terça-feira 17, os 23 convênios assinados com entidades empresariais e o acordo firmado com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para apoio às exportações do país, com a atração de investimentos e a promoção de empresas brasileiras no exterior. As iniciativas setoriais envolvem R$ 537 milhões em recursos e devem beneficiar quase 19 mil empresas nos próximos dois anos.

O acordo com o Sebrae visa incentivar cooperativas, micro e pequenas empresas (MPE), especialmente das regiões Norte e Nordeste, a iniciar ou aperfeiçoar estratégias voltadas para a exportação. Serão aproximadamente R$ 175 milhões para o desenvolvimento de novos produtos e metodologias para suprir lacunas na jornada do empreendedor que quer exportar, ações alinhadas à Política Nacional da Cultura Exportadora.

Em evento no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou as parcerias e reafirmou a importância de fazer o dinheiro circular nas mãos da população para alavancar a economia. “A palavra mágica é você transformar as pessoas em pequenos consumidores”, disse.

“Eu só penso em consumo porque não tem indústria se não tiver consumo. Ninguém vai investir numa indústria se não tiver mercado para vender o seu produto. Então o milagre é a gente criar condições para que todas as pessoas tenham um pouco”, acrescentou Lula, defendendo a política de valorização do salário mínimo como política de distribuição de renda no país.

No mesmo sentido, o presidente defendeu a oferta de crédito aos pequenos e médios empresários. “É muito mais fácil para um gerente de um banco atender um cara só que quer pedir R$ 1 bilhão emprestado, e ainda vai fumar um charuto, se receber o empréstimo, do que você receber mil pessoas de sandália Havaiana, com o pé cheio de craca, que quer pedir apenas 50 mil emprestados”, disse.

“Se levou tanto tempo nesse país se falando de pequena e média empresa, se não fossemos nós [os governos do PT]. não tinha a lei geral da micro e pequena empresa, não tinha o MEI, não tinha o Ministério da Pequena e Média Empresa que nós criamos, a Apex não existia, porque tudo isso foi feito para criar condições de colocar os invisíveis visíveis. E, quando a gente consegue fazer com que os invisíveis sejam enxergados, a coisa melhora”, afirmou.

Por meio dos atos firmados nesta terça-feira, serão realizadas ações como promoção dos negócios brasileiros em feiras internacionais, rodadas de negócios com compradores estrangeiros, missões com importadores ao Brasil para conhecer a produção brasileira, além de estudos de mercado, defesa de interesses e acesso a mercados.

Economia exportadora
Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a exportação pode ser “o carro-chefe” do bom ciclo econômico que o Brasil vive. Segundo Haddad, a reforma tributária vai eliminar a cumulatividade de tributos, “que é um mal da economia brasileira”, do atual sistema tributário. “Quando nós virarmos a chave e eliminarmos a cumulatividade, vocês vão poder trabalhar com o preço real da mercadoria, em condições de igualdade competitiva com os seus concorrentes que estão instalados em outros países. Isso vai ser um ganho de produtividade para a economia brasileira.”

Haddad afirmou também que o governo vem atuando na oferta de crédito e na formação de fundos garantidores para financiar os pequenos exportadores, como é ofertado aos grandes.

“Essa questão – tributo, crédito e seguro – é um tripé muito importante que o Brasil nunca encarou, definitivamente, para transformar. O Brasil sempre pensou no mercado interno – a gente foi o campeão de substituição de importações. Só que esse modelo esgotou, esgotou faz muito tempo. Ou nós nos transformamos numa plataforma de exportação ou nesse mundo novo que nós estamos vivendo, com a inteligência artificial, com transição ecológica, é muito desafiador o que está colocado”, disse.

“Nós precisamos, portanto, nos repensar e olhar mais para fora. E, sem esse tripé, é muito difícil competir. Nós temos que ter um novo sistema tributário, um novo sistema de crédito e um novo sistema de garantias para dar aos empreendedores brasileiros as melhores condições de disputar. Não falta talento no Brasil, não falta criatividade no Brasil, isso nós já sabemos. Nós precisamos de instituições mais sólidas, de apoio, de suporte a esse empreendedor e nós vamos colher os frutos dessa iniciativa muito rapidamente”, completou Haddad.

Pequenos

De acordo com o governo, cooperativas, micro e pequenas empresas representam cerca de 41% do total das empresas exportadoras brasileiras, mas o montante comercializado por este segmento não chega a 1% do total de recursos movimentados no país, que em 2022 somaram US$ 3,2 bilhões. Além disso, quase 60% das exportações das MPEs são para as Américas.

O presidente do Sebrae, Décio Lima, lembrou ainda que o setor de MPE representa quase 95% das empresas brasileiras e, só em empregos formais, é responsável por 80% da empregabilidade do país. Para ele, é possível o Brasil superar os seus problemas com uma economia compartilhada.

“Não há mais volta em imaginarmos um modelo econômico, mesmo dos pequenos, que não seja globalizado […]. Os pequenos negócios, agora, neste momento, com esse acordo junto com a Apex, vão se inserir também de forma a ter um processo programático e protetivo das pequenas economias no mundo da globalização”, afirmou.

O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, destacou que a entidade criou recentemente a Bolsa Exportação para apoiar os empreendedores do Rio Grande do Sul, afetados pela enchente histórica que atingiu o estado no mês de maio.

“Nós, da Apex, não achamos justo que as empresas do Rio Grande do Sul deixassem de participar dos eventos programados, internacionais, das feiras, por falta de recursos em decorrência do drama que nós vivemos lá”, disse Viana, explicando que a agência vai pagar passagem e estadia para que essas participações continuem a ocorrer.

Acordos
Dos R$ 537 milhões que serão investidos por meio dos convênios com as entidades setoriais, R$ 287 milhões serão aportados pelo governo brasileiro, pela ApexBrasil, e R$ 250 milhões pelo setor privado. Os acordos têm expectativa de gerar mais de R$ 281 bilhões em negócios internacionais, entre exportações e investimentos estrangeiros a serem aplicados em projetos estratégicos do Brasil.

A Apex firmou 14 convênios na área de indústria e serviços, voltados à internacionalização de setores estratégicos da economia brasileira, totalizando um investimento de mais de R$ 278 milhões.

No agronegócio são sete convênios para ampliar a presença em mercados internacionais dos setores de arroz beneficiado; chocolate, balas, doces e amendoim; carne bovina; frutas e polpas congeladas; máquinas, equipamentos, insumos e tecnologia para produção de etanol e açúcar; etanol e farelo de milho; e produtos para animais de estimação. O total de investimentos chega a R$ 75 milhões.

Já o convênio da ApexBrasil e a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital pretende atrair investimentos estrangeiros em torno de R$ 24,5 bilhões nos próximos dois anos. A parceria foca na captação internacional de recursos para fundos de investimentos brasileiros em participação, que, por sua vez, investirão em empresas e projetos, incluindo oportunidades relacionadas à Nova Indústria Brasil (NIB) e ao Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Os acordos contemplam ainda o setor de móveis, com R$ 33,6 milhões para apoiar o segmento de modo a ampliar e fortalecer sua presença em mercados internacionais.

*Agência Brasil/Agora RN

06 julho 2024

RN tem crescimento de 83% nas exportações no primeiro semestre, aponta SEDEC

O Rio Grande do Norte teve um primeiro semestre neste ano com resultado positivo na “balança comercial”, ou seja, as exportações somaram valores que ultrapassaram as importações potiguares. Entre janeiro e junho de 2024, o saldo da balança comercial chegou a 238,4 milhões de dólares. As exportações corresponderam, nos primeiros seis meses do ano, a 484,1 milhões de dólares, o que significa um aumento de 83,1% em relação ao mesmo período de 2023.

Os números integram a 7ª Edição de 2024 do Boletim de análises econômicas da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (SEDEC).

Conforme o boletim, que resume e sistematiza os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços, referentes ao Rio Grande do Norte, predominaram na pauta de exportações potiguar, entre janeiro de junho, óleos combustíveis (321 milhões de dólares), frutas e castanhas (74,2 milhões de dólares), seguidos de açúcares (19,4 milhões de dólares), produtos da indústria de transformação (15,5 milhões de dólares) e tecidos de algodão (13,7 milhões de dólares).

Em relação ao destino dos produtos exportados pelo Rio Grande do Norte, os destaques foram: Singapura (119,4 milhões de dólares), Holanda (81,5 milhões de dólares), Emirados Árabes Unidos (47,1 milhões dólares), Ilhas Virgens Americanas (36,5 milhões de dólares) e Estados Unidos (30,3 milhões dólares).

“O comercial exterior do Rio Grande do Norte culminou, no primeiro semestre, com uma movimentação financeira que, na soma das exportações e importações, chegou ao valor de U$ 729,8 milhões, isso representa uma alta de 33,3%, no que se refere ao mesmo período do ano passado”, destacou o secretário adjunto da SEDEC, Hugo Fonseca.

“O que explica esse fato são as exportações de óleos combustíveis terem crescido 255% quando comparado ao ano passado. Além disso, houve um aumento das transações comerciais dos açúcares e melaço de 392%”, observa.

Ele aponta que esses dois produtos geraram um aumento significativo na balança comercial do RN. “É necessário ressaltar que a parceria entre Rio Grande do Norte e os Países Baixos (Holanda), representou um aumento de 232,1%, assim como a parceria com os Emirados Árabes Unidos apresentou um acréscimo de 1.041,3% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Logo, todos esses fatores impactaram para que o saldo da balança comercial se fizesse positivo em 83,1%, pois toda essa conjuntura refere-se às exportações.

“Os desemprenho da exportação do RN mostram também que mercado árabe vem se tornando uma nova fronteira de oportunidades para os produtos do Estado e que podem ser melhor aproveitados pelas empresas potiguares”, disse Hugo Fonseca.

No mês de junho deste ano, houve um crescimento da aquisição de combustível do mercado externo para atender a demanda interna. Com isso, as importações ficaram em 39,35 milhões de dólares. As exportações somaram 26,7 milhões de dólares. O saldo foi, portanto, negativo em 12,48 milhões de dólares.

“No que diz respeito à balança comercial referente a junho de 2024, um dos principais motivos que puxou a alta das importações nas transações comerciais, referente a junho, foram os combustíveis e os óleos lubrificantes, que apareceram na balança para complementar a demanda interna”, constatou Hugo Fonseca.

“Ademais, cabe ressaltar que essa demanda é periódica, pois a cada trimestre ocorre um grande volume de compra desse produto para atender ao mercado interno. Além disso, é valoroso destacar que, no mês de março de 2024, houve uma compra recorrente do mesmo produto, que gerou em valores percentuais um aumento de 31% em relação a março do ano corrente, isso justifica o saldo negativo na balança comercial do mês de junho”, analisou.

Nas exportações, em junho, os principais produtos foram combustíveis e derivados de petróleo (13,34 milhões de dólares), seguido de tecidos de algodão (2,7 milhões de dólares), frutas secas e castanhas (1,9 milhão de dólares), sal marinho (1,5 milhão de dólares) e lagosta (1,1 milhão de dólares)

Os principais destinos, também em junho, foram Holanda (13,32 milhões de dólares), Estados Unidos (3,15 milhões de dólares), Colômbia (1,8 milhão de dólares), China (1,4 milhão de dólares ) e México (1,1 milhão de dólares).

*Agora RN

03 julho 2024

Lula diz que responsabilidade fiscal é compromisso do governo e será mantida à risca

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou cerimônia de lançamento do Plano Safra para a agricultura familiar, nesta quarta-feira 3, para afirmar que a responsabilidade fiscal é um compromisso de seu governo.
“A gente vai ter uma política econômica sem causar sobressalto a ninguém, a gente vai ter uma política econômica que vai fazer esse país crescer, a gente vai continuar fazendo transferência de renda, e a gente ao mesmo tempo vai continuar com a responsabilidade que nós sempre tivemos”, disse Lula.
“Responsabilidade fiscal não é uma palavra, é um compromisso deste governo desde 2003, e a gente manterá ele à risca”, acrescentou.
A fala ocorre após uma disparada do dólar nos últimos dias em meio a uma desconfiança do mercado com a situação fiscal do país e desconforto com declarações do presidente sobre o Banco Central (BC).


*Com informações da CNN Brasil