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18 outubro 2025

[VÍDEO] “Fiquei entre a vida e a morte”, conta Rafael Motta sobre acidente de kitesurf Rafael passou por duas cirurgias emergenciais em Natal e outras quatro em São Paulo, somando seis procedimentos em apenas nove dias

Foto: Maria Trigueiro
Cinquenta e cinco dias depois de sofrer um acidente de kitesurf nas imediações do Forte dos Reis Magos, em Natal, o ex-deputado federal Rafael Motta fala sobre o que aconteceu naquela tarde de 22 de agosto. Para Rafael, as chances de sobrevivência dele neste acidente eram “mínimas”. “Eu fiquei realmente entre a vida e a morte. Era uma chance real de não sobreviver”, relata.
O acidente aconteceu no fim da tarde, por volta das 17h. Motta, que pratica o esporte há cerca de 20 anos, sofreu duas quedas. Na primeira, ele foi lançado de uma altura de aproximadamente dez metros após uma rajada de vento. Rafael caiu sobre a areia, em alta velocidade, e perdeu a consciência. Rafael explica que havia tentado controlar o equipamento para que conseguisse cair na água, mas o vento forte não permitiu.
A queda causou múltiplas fraturas, e entre elas, duas vértebras torácicas, uma cervical, o esterno, o punho e a escápula, além de um hematoma no coração e o rompimento do brônquio.
A segunda queda foi quando ele estava desacordado na areia. “Quando um amigo meu foi socorrer, ele colocou o kite que estava na areia para outro lado. Aí o vento veio de novo e muito forte, e eu dei outro salto, digamos assim: ‘desacordado’, e de três metros de altura, que não foi tão violento quanto o primeiro”, relatou.
“Foi um impacto tão grande que, se tivesse atingido a aorta, eu teria morrido ali mesmo. Era só me levar para o enterro”, diz.
Quando retomou a consciência, já na praia, foi socorrido por um médico do Samu que estava no local. “Na hora do acidente, tinha um médico do Samu na praia. Ele me atendeu rapidamente e, em minutos, eu já estava sendo levado para o Walfredo [Hospital Walfredo Gurgel]. Tudo aconteceu de forma tão precisa que não tem como não chamar de milagre”, afirma Motta
No hospital, a gravidade das lesões se revelou ainda mais complexa. Segundo Rafael Motta, o rompimento do brônquio poderia ter causado insuficiência respiratória fatal.
Rafael passou por duas cirurgias emergenciais em Natal e outras quatro em São Paulo, somando seis procedimentos em apenas nove dias. No corpo, hoje carrega dezenove parafusos, duas hastes nas costas, três placas no tórax, uma no punho e outras cinco no rosto. “Estou mais biônico agora”, brinca.
Mesmo com a gravidade dos ferimentos, ele não teve sequelas neurológicas. “Um dos médicos me mostrou que eu só não perdi os movimentos das pernas por causa de um milímetro. Um milímetro. Era o que separava a vértebra da medula. É impossível não reconhecer que houve a mão de Deus ali”, afirma.
O ex-deputado destacou o papel fundamental da equipe médica do Hospital Walfredo Gurgel. “Eu só estou vivo hoje por causa dos profissionais do Walfredo. Técnicos, enfermeiros, maqueiros, seguranças e médicos. Todos eles foram incríveis. Eu fui salvo pelo SUS”, reforça.
Segundo ele, a decisão de ser transferido para São Paulo foi tomada em conjunto com a equipe médica e a família, com o objetivo de acelerar as cirurgias complementares. “Em Natal, eu precisaria esperar entre uma cirurgia e outra. Em São Paulo, consegui fazer tudo em sequência, o que contribuiu para uma recuperação mais rápida”, revelou.

*98 FM de Natal

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