A magistrada determinou, ainda, que o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema) acompanhe e fiscalize o cumprimento das obrigações impostas ao Município, garantindo a efetividade das medidas de preservação ambiental.
De acordo com os autos, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) instaurou um Inquérito Civil Público com o objetivo de apurar o fato de que a Administração Pública Municipal realiza destinação inadequada dos resíduos sólidos urbanos produzidos na cidade.
O MPRN alega que todo o lixo proveniente da região é despejado de maneira indiscriminada, a céu aberto, em uma comunidade denominada “Vaca Morta”. Tal depósito, popularmente conhecido como lixão, é operado pelo ente municipal, bem como por terceiros que têm acesso livre ao ambiente. Sustenta, com isso, que a ausência de local para disposição final ambientalmente adequada decorre da conduta omissiva do Município de Lajes.
Isto porque, segundo órgão acusador, ao longo de toda a existência do Município, nunca foi adotado um aterro sanitário e nem outros mecanismos corretos para o depósito dos resíduos sólidos. Além disso, o Ministério Público estadual solicitou uma inspeção ao Idema, onde foi encaminhado pelo órgão estatal um relatório sobre a situação do lixão, ocasião em que a prefeitura municipal foi notificada para realizar as devidas adequações ao local, mas segundo o MPRN nenhuma medida foi tomada.
Nesse sentido, o Ministério Público requereu que o Município de Lajes passe a adotar medidas de gestão adequada de resíduos, e que o Idema realize o acompanhamento e fiscalização do cumprimento dessas medidas. O Idema, por sua vez, alegou que atua apenas como órgão fiscalizador, sem resistência aos pedidos do Ministério Público, de modo que não haveria pretensão resistida em relação a ele.
*Saulo Vale

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