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Foto: Paulo Martin/Inter TV Cabugi |
O corpo do menino José Carlos da Silva, de 8 anos, que passou mais de 20 dias desaparecido e foi encontrado morto, foi sepultado no final da manhã desta quinta-feira (19) no Cemitério Municipal de Igapó, na zona Norte de Natal. Familiares e amigos fizeram as últimas homenagens ao garoto. As investigações sobre a morte da criança seguem em sigilo. “O amor dele eu não vou esquecer. Ele me dava muito amor e carinho. Era um menino muito carinhoso comigo. Eu nunca vou esquecer dele. Todo mundo adorava ele lá na rua. Daqui pra frente, só Deus que vai me controlar”, relata a mãe de José Carlos, Ozenilda das Dores da Silva, que cobrou respostas dos investigadores.
“Eu quero justiça. A polícia não pode nem dormir, tem que procurar [o culpado], por que se fosse o filho deles? Eles já tinham prendido”, diz a mãe do garoto.
O sepultamento ocorreu uma semana após o corpo da criança ter sido encontrado enterrado em uma área de mata próximo à casa da família. Ele só foi liberado para a família após o Instituto Técnico Científico de Perícia confirmar a identidade e concluir os exames periciais na ossada.
O corpo foi encontrado na quinta-feira dia 12 de novembro, mais de 20 dias após a criança ter desaparecido. A confirmação da identidade, feita por exame de DNA, foi divulgada na última terça-feira (17).
Moradores da região onde a criança morava faziam buscas pelo garoto quando perceberam uma área de terra que estava mais funda, “fofa” e sob palhas. O corpo estava em uma área de matagal entre as comunidades da África, na Redinha, e Pajuçara, próxima à casa onde o menino morava.
Desaparecimento
José Carlos foi visto pela última vez no dia 21 de outubro, próximo ao Rio Doce, na zona Norte da capital potiguar, quando saiu de casa para levar um suco para o irmão que estava trabalhando no semáforo do cruzamento da Av. João Medeiros Filho com a Av. Moema Tinoco.
A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) passou a investigar o caso após o registro do boletim de ocorrência, em 22 de outubro. Porém, sem respostas sobre o desaparecimento, familiares fizeram vários protestos cobrando agilidade e realizaram buscas por conta própria em áreas da região.
No início de novembro, policiais civis e militares do Corpo de Bombeiros da Paraíba usaram cães farejadores para fazer buscas na região onde o menino foi visto pela última vez, mas nada foi encontrado.
Investigações
De acordo com o diretor geral do Itep, Marcos Brandão, uma amostra do DNA da criança ainda ficou armazenada para ajudar nas investigações, caso seja necessário. A investigação feita pela Polícia Civil corre em segredo. Segundo a corporação, nenhum suspeito foi preso.