Criticado por Getúlio Batista, superintendente potiguar do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), por supostamente “atropelar” o órgão local ao divulgar detalhes sobre a obra de duplicação da Reta Tabajara, Henrique afirmou que tem apenas o objetivo de “ajudar” o Estado.
“Seria trágico se não fosse cômico eu estar disputando prestígio depois da minha vida, minha história. Não tem o menor sentido. Não quero questionar. Quero ajudar na informação”, declarou Henrique Alves, ressaltando que, apesar de não ter mandato, cultiva amizade dos tempos do MDB, como os ministros Renan Filho (Transportes) e Jader Filho (Cidades).
“São pessoas amigas minhas”, disse Henrique. “Esse trato é de uma vida, uma história. Não é questão de mostrar prestígio”.
Em entrevista à 98 FM, Henrique reafirmou o que disse pelas redes sociais e reiterou que foi informado de que Renan Filho virá ao RN no próximo dia 28 para a inauguração de mais um trecho da duplicação da Reta Tabajara. A informação foi divulgada inicialmente por Henrique três dias após ele se reunir em Brasília com o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, o número 2 da pasta, George Santoro.
Henrique disse, ainda, que essa agenda teria sido combinada com a governadora Fátima Bezerra (PT), que teria interesse de levar o ministro à Festa de Sant’Ana em Caicó. “Era muita imaginação eu estar criando uma história com tantos detalhes. Era este o programado”, afirmou o ex-deputado.
A participação de Henrique na articulação desagradou ao chefe do DNIT no RN. “O ex-deputado não tem mandato. Com todo o respeito ao deputado Henrique, ele não pode falar pelo DNIT. Na hora que eu digo que não será dia 28, eu estou desmentindo o ex-deputado. Eu respondo pelo DNIT no Estado do Rio Grande do Norte. Na hora que você não tem mandato, vai lá, colhe informações, traz, divulga e traz a repercussão que deu, ele pode estar querendo usar de política, mas dentro do DNIT não tem como, porque ele não é nomeado superintendente, diretor-geral. Fica bem complicado até minha situação de ter que falar isso. Mas não procede, eu não sei de onde ele tirou isso”, declarou Getúlio Batista.
Durante a entrevista nesta sexta-feira, Henrique Eduardo Alves destacou, ainda, que não quer tumultuar a articulação, e sim ajudar pleitos do Rio Grande do Norte.
“Eu vou me negar a isso? Não vou negar. Pode reclamar quem quiser reclamar, ter ciúme quem quiser ter. Se eu puder ajudar meu estado, por que não vou fazer? Rafael Motta está fazendo também, José Agripino é outro. Não têm mandato, mas estão ajudando”, finalizou.
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