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11 setembro 2021

SÃO FRANCISCO DO OESTE-RN: ITAUENSE MORRE VÍTIMA DE ACIDENTE DE MOTO NA BR-405

Um acidente de moto na BR-405, na noite deste sábado, 11 de setembro de 2021, vitimou de morte o itauense, Kadson Emanoel Montes, 28 anos, na curva da Aroeira, município de São Francisco do Oeste-RN.
Informações chegadas ao blog dão conta que ele seguia só em uma moto, quando sobrou na curva e bateu contra as grades de proteção da curva.
O Itep foi acionado para recolher o corpo.

*Informação: João Moacir

MOSSORÓ-RN: POLÍCIA FEDERAL DESATIVA LABORATÓRIO CLANDESTINO USADO PARA REFINO DE DROGAS

Policiais integrantes da Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado desativaram na tarde desta sexta-feira (10), no bairro Presidente Costa e Silva, em Mossoró, um laboratório clandestino utilizado para refino e fracionamento de drogas. O local também é apontado como esconderijo de um homem foragido da Justiça que responde pela acusação de estupro de vulnerável perante a 3ª Vara da Comarca de Pau dos Ferros. O suspeito não foi localizado.

Foram encontrados diversos objetos que caracterizam a manipulação e refino de droga, como balança de precisão, seringas, substâncias químicas e até uma prensa profissional para embalar o produto ilícito. Os policiais também apreenderam substâncias que se assemelham a entorpecentes, que serão pesadas e submetidas a exame pericial a fim de determinar a sua identificação.

A Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado (FTSP-Mossoró) é coordenada pela Polícia Federal e composta também por policiais civis, policiais militares, policiais penais estaduais e policiais penais federais, atuando em colaboração com a Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (SEOPI).

*Fim da Linha

NATAL-RN: COM APOIO DE HELICÓPTERO, PM PRENDE ASSALTANTES MINUTOS APÓS ARRASTÃO EM RESTAURANTE NA ZONA SUL

Policiais militares, com apoio aéreo do helicóptero Potiguar 1, da Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (SESED), prenderam na tarde deste sábado (11) assaltantes que haviam participado, minutos antes, de um arrastão em um restaurante no conjunto Mirassol, na Zona Sul de Natal.
Três criminosos foram interceptados no cruzamento das avenidas Nevaldo Rocha com São João, no bairro de Lagoa Seca. Na ocasião, os bandidos atiraram contra os policiais, que revidaram.
No confronto, dois bandidos foram atingidos e socorridos ao Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, mas não resistiram. Um deles usava tornozeleira eletrônica.
Um terceiro assaltante foi preso no local e conduzido à Delegacia de Plantão da Zona Sul.
A PM ainda apreendeu uma arma de fogo e munições usadas pelos assaltantes e recuperou objetos roubados, além do um carro tomado de um dos clientes do restaurante.

CORONAVÍRUS: RN REGISTRA 01 ÓBITO POR COVID-19 NAS ÚLTIMAS 24 HORAS; 44 NOVO CASOS

A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) atualizou os números do coronavírus neste sábado (11). São 366.265 casos totalizados. Na quinta-feira (09) eram contabilizados 366.025, ou seja, 240 novos casos em comparação com o dia anterior, destes, 44 confirmados nas últimas 24h horas.

Com relação aos óbitos no Rio Grande do Norte, são 7.296 no total, sendo 01 registrado nas últimas 24 horas, em Natal. Na sexta-feira (10) eram 7.295 mortes. A Sesap registrou não registrou mortes após resultados de exames laboratoriais de dias ou semanas anteriores. Óbitos em investigação são 1.350.

Recuperados são 259.107. Casos suspeitos somam 173.292 e descartados são 723.808. Em acompanhamento, são 99.862.

CEARÁ MIRIM-RN: SUSPEITOS DE MATAREM HOMEM DE 60 ANOS NA FRENTE DA FILHA MORREM EM CONFRONTO COM A POLÍCIA

Dois suspeitos de matar um homem de 60 anos, na frente da filha, em Ielmo Marinho, morreram em um confronto com a Polícia Militar. A troca de tiros aconteceu na noite dessa sexta-feira (10), na comunidade Primeira Lagoa, em Ceará-Mirim.

Os militares foram acionados para atender a uma ocorrência de assalto na região. Segundo a corporação, a dupla cometeu vários assaltos utilizando uma motocicleta vermelha.

No caminho da ocorrência, os policiais deram de frente com os homens. Houve uma troca de tiros e os bandidos acabaram baleados. Eles foram socorridos para o Hospital Dr. Percílio Alves, em Ceará-Mirim, mas não resistiram e morreram.

Com eles, a PM encontrou um revólver calibre 32 e uma espingarda calibre 12, além da motocicleta utilizada nos crimes.

A Polícia Militar informou ainda, que eles são suspeitos do latrocínio contra Josemar da Conceição, na comunidade Lajinha, em Ielmo Marinho, na noite de quinta-feira (09). O homem foi morto na frente da filha adolescente.

Na ocasião, enquanto o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep-RN) era aguardado, um dos filhos da vítima ficou deitado e agarrado com o corpo do pai.

*Do BG

Influenciadora que não se vacinou contra a Covid grava vídeo antes de morrer: ‘Vá se vacinar’

A influenciadora americana Megan Alexandra Blankenbiller publicou um vídeo na rede social TikTok dias antes de morrer por Covid-19 pedindo, do hospital, que as pessoas se vacinem contra a doença.
Ela não havia tomado a vacina contra o coronavírus porque alegava que queria “pesquisar mais” sobre os imunizantes. O vídeo foi ao ar em 15 de agosto, e Blankenbiller morreu nove dias depois, aos 31 anos.
Eu não sou anti-vacina! Eu apenas queria pesquisar mais por mim mesma. Estava assustada e queria que eu e minha família pesquisássemos ao mesmo tempo”, disse a tiktoker na postagem gravada do leito de um hospital nos Estados Unidos.
Todos os imunizantes aprovados nos EUA e no Brasil têm eficácia e segurança atestada por estudos científicos e aprovados por agências reguladoras como a Anvisa, no caso do Brasil.
“Não espere, vá se vacinar. Porque, se você pegar o vírus, você não terminará no hospital como eu”, disse Blankenbiller.

*Do G1

MOSSORÓ-RN: IDOSO DE 74 ANOS, NATURAL DE SEVERIANO MELO, MORRE VÍTIMA DE ACIDENTE DE TRÂNSITO NA BR-304

O acidente aconteceu na manhã deste sábado, 11 de setembro de 2021, na BR 304 próximo à Porcelanatti em Mossoró na região Oeste do Rio Grande do Norte.
De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal, João Batista Sobrinho da Silva, 74 anos de idade, natural de Severiano Melo e morava no sítio Senegal, zona rural de Mossoró, trafegava de moto pela rodovia, nas proximidades da entrada do Conjunto Nova Mossoró, quando foi colhido por um veículo.
O idoso ainda chegou a receber os primeiros atendimentos médicos no local, mas morreu dentro da ambulância do SAMU, quando era levado para o Hospital Tarcísio Maia. Ainda não há informações sobre as causas do acidente fatal.
A Polícia Rodoviária Federal esteve realizando procedimentos no local e deverá emitir laudo apontando as causas do sinistro. A Segunda Delegacia Distrital deverá instaurar inquérito para investigar o caso.


*Fonte: Fim da Linha

NATAL-RN: COMERCIANTE É MORTO A TIROS NA ZONA OESTE DA CAPITAL

Um comerciante de 28 anos, identificado como Evangelista Cavalcante Monteiro Júnior foi assassinado no início da noite de sexta-feira (10), na travessa Padre Cícero, no bairro Felipe Camarão, zona Oeste de Natal. De acordo com a polícia ele recebeu um chamado através de uma ligação confidencial para entregar um galão de água em um endereço, porém acabou surpreendido por criminosos que efetuaram cinco tiros contra a vítima que morreu na hora.

Ainda segundo informações policiais a moto de “Juninho”, como era mais conhecido, foi levada, no entanto a equipe da DHPP (Divisão de Homicídio e Proteção a Pessoa), que apurou as circunstâncias do crime, acredita que a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), foge das evidências encontradas e relatadas no local. Evangelista era evangélico e não tinha envolvimento com atividades ilícitas.

A mãe da vítima foi a primeira familiar a chegar no local e já encontrou o filho sem vida. A Polícias Civil vai iniciar o trabalho investigativo ouvindo pessoas ligadas a Evangelista e tentar descobrir a verdadeira razão para o assassinato. O corpo do comerciante que trabalhava com o pai e os irmão em um depósito de distribuição de água foi levado para a sede do ITEP no bairro da Ribeira onde será necropsiado e liberado para o sepultamento.

*Portal BO

APODI-RN: NOTA DE FALECIMENTO

Passou a estar com o Senhor, a irmã Antônia de Freitas Gurgel, conhecida como, Sula de Nerim

A sua passagem verificou-se hoje, 11 de setembro, e o seu sepultamento ocorrerá amanhã, 12 de setembro, depois da cerimônia fúnebre, que acontecerá na nossa Catedral da Esperança, na Praça da Redenção 100, às 08:00 horas. 

Convidamos a todos os irmãos e amigos para participarem. 

À família, as consolações da palavra, que diz: “Bem-aventurados os que desde agora dormem no Senhor, sim, diz o Espírito, para que descansem de suas fadigas e as suas obras os acompanhem”.

*Pastor Davi Marroque

NATAL-RN: HOMEM MORRE ATROPELADO NA ZONA NORTE; MOTOCICLISTA FICA FERIDO

Um homem morreu após ser atropelado por uma moto na noite desta sexta-feira (10), na Avenida Tomaz Landim, uma das mais movimentadas da Zona Norte de Natal. O acidente ocorreu por volta das 18h30.

O homem de 43 anos tentava atravessar a via a cerca de 10 metros de uma faixa de pedestres quando foi atingido por uma moto. O condutor do veículo ficou ferido e foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), sendo levado para o hospital.

A Polícia Militar também esteve no local e isolou a área do acidente. O tráfego de veículos no sentido Zona Norte/Centro ficou bloqueado temporariamente, mas logo a PM fez a liberação de uma faixa para os usuários. O trânsito ficou complicado na região.

O porteiro Marcos Andrade, morador do bairro Jardim Lola, disse que esse tipo de acidente é comum na região. "É corriqueiro. O DNIT prometeu colocar quatro passarelas aqui na Avenida Tomaz Landim, que está sendo considerada a 'avenida da morte'. Essas faixas (de pedestres) não vão resolver a situação. A população do Jardim Lola não aguenta mais".

O pastor Marmens Tavares, que também estava próximo ao acidente, destacou que "falta sinalização" para os motoristas na via e pediu uma maior atenção das autoridades de Natal e São Gonçalo do Amarante.

*Do G1 RN

GUAMARÉ-RN: Após duas explosões em seus postos de combustíveis, rede tem caminhão envolvido em acidente nesse sábado no RN; veja vídeo

Um caminhão carregado com combustível (produto inflamável) se envolve em acidente na Estrada do Óleo, sentido Guamaré-RN. O local é conhecido por motoristas que trafegam naquela região como “estrada da morte”.

O veículo envolvido nesse acidente, que o blog Jair Sampaio teve acesso às imagens com exclusividade, pertence à empresa Domingos, rede de postos que teve dois empreendimentos explodidos por bandidos em oito dias.

O motorista do caminhão, conhecido como Gilmar, foi socorrido e passa bem, e segundo os seus companheiros de estrada, ele não corre risco de morte. “Ainda vai morrer muitos motoristas aqui”, reclama um trabalhador.

O local, segundo informações apuradas por este canal, já teve inúmeros registros de acidente do tipo, e é uma área de muito tráfego de caminhões de transporte de cargas perigosas (produto inflamável), mas sem fiscalização.

Maré baixa, infelizmente, para a Rede Domingos.

VÍDEO https://youtube.com/shorts/7nvKTzyeMeE?feature=share

*Fonte: Jair Gomes

Pandemia causa impactos na alfabetização de crianças, aponta IBGE

Pelo PNE, Brasil deve zerar taxa de analfabetismo até 2024

Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil - Brasília

No Brasil, 11 milhões de pessoas são analfabetas. São pessoas de 15 anos ou mais que, pelos critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não são capazes de ler e escrever nem ao menos um bilhete simples.

Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005/2014, que estabelece o que deve ser feito para melhorar a educação no país até 2024, desde o ensino infantil até a pós-graduação, o Brasil deve zerar a taxa de analfabetismo até 2024.

No Dia Mundial da Alfabetização, celebrado hoje (8), a Agência Brasil conversou com professores que trabalham com a alfabetização de crianças sobre os impactos da pandemia na etapa de ensino e sobre a rotina desses profissionais.

Sem tempo para cansaço
O professor do terceiro ano do ensino fundamental da Escola Classe Comunidade de Aprendizagem do Paranoá, no Distrito Federal, Mateus Fernandes de Oliveira diz que ainda não conseguiu parar para sentir o cansaço que todo o período de pandemia causou até aqui. Nos últimos 18 meses, ele precisou lidar com diversas situações, incluindo famílias de estudantes com fome. Foi preciso que a escola se organizasse para distribuir cestas básicas nas casas dos alunos.

"A gente estava falando de falta de alimentos em casa. Famílias passando por necessidades. Não era possível cobrar de uma família que estava preocupada com alimentação que desenvolvesse um processo de escolarização em um momento como este. A gente entendeu que a escola pública, como parte do Estado, tem responsabilidade social. O Estado deveria cuidar das necessidades básicas, mas não estava dando conta. A escola teve que se mobilizar".

Enquanto a escola esteve fechada, o professor chegou até mesmo a visitar os estudantes pessoalmente, levar para eles as atividades e verificar como estavam. A maior parte dos alunos não tinha acesso à internet e acabava não participando das aulas online. Agora a escola voltou em um modelo híbrido, intercalando ensino presencial e ensino remoto.

Oliveira percebe que as desigualdades se acentuaram. Aqueles alunos que vêm de um contexto familiar em que a leitura faz parte do cotidiano, em que há livros e revistas em casa, chegam agora ao terceiro ano do fundamental sabendo ler e escrever. Aqueles que moram em casas com pouca ou nenhuma leitura, às vezes sem mães e pais alfabetizados, acabam tendo um conhecimento aquém do esperado para crianças com 8 ou 9 anos de idade.

"Não dá para considerar este ano como só este ano. É pensar este ano e o seguinte como duas coisas contínuas, porque senão a gente se exaspera e atropela os processos. Atropela o tempo de entender o que a gente sentiu e o que está sentindo e de perceber que caminhos pode trilhar. A gente pode acabar até gerando o contrário do que gostaria. Em princípio, é preciso ter calma e, ao mesmo tempo, saber que não temos tempo a perder".

Trabalho redobrado

Em Corumbá (MS), foi com cachorrinhas que a professora da Escola Municipal Almirante Tamandaré, Sonia Bays, conquistou os alunos e conseguiu medir o que eles haviam aprendido em um ano de pandemia. Ela dá aula para o primeiro ano do ensino fundamental, estudantes de 6 anos, que estão começando a ser alfabetizados. "Queria fazer algo mais lúdico. Acredito que as crianças são penalizadas por estar longe da escola. Criança em fase de alfabetização precisa da escola", diz.

Diante das dificuldades de ensinar a distância e por meio de tecnologias, ela gravou um vídeo apresentando os próprios animais de estimação e pediu que os pais estimulassem os filhos a fazer o mesmo com seus bichinhos. "Na fase da alfabetização, a criança precisa de oralidade. Ela fala e depois transfere para o papel. É preciso estimular essa espontaneidade, essa fala das crianças".

Ao pequeno grupo que estava sendo atendido presencialmente em horários especiais na escola, ela pediu que desenhasse e, se soubesse, escrevesse os nomes dos animais. Foi assim que avaliou o que os alunos sabiam e aquilo em que tinham dificuldades. Com base nas atividades desenvolvidas com as crianças, surgiu o trabalho Alfabetização e Infância em Tempos de Pandemia, apresentado em agosto no 5º Congresso Brasileiro de Alfabetização.

A maior parte dos alunos de Sonia está em situação de vulnerabilidade. Não é raro que as famílias tenham apenas um celular com acesso limitado à internet. A estratégia muitas vezes, durante mais de um ano de pandemia, era mandar vídeos por whatsApp, para que os responsáveis baixassem usando a internet do trabalho e, depois, mostrassem para as crianças.

No ano passado, ela chegou a conhecer os alunos pessoalmente, antes do fechamento das escolas por causa da pandemia. A turma desse ano, no entanto, era uma lista com 23 nomes e contatos. Sonia fez questão de entrar em contato com cada um por ligação e conversar com alunos e famílias. A logística não foi simples, alguns estudantes precisaram ir para uma área com wifi aberto, para receber a videochamada.

A escola foi retomando aos poucos o ensino presencial. Primeiro, apenas uma vez por semana para atender aos alunos que não tinham acesso a aulas remotas. Agora, a escola voltou às aulas presenciais em esquema de revezamento, com turmas reduzidas.

"Os professores, cada um de uma série, selecionaram os conteúdos que seriam prioritários, que seriam essenciais. Não vamos ter como dar conta de tudo. Estamos focando em leitura e escrita", diz e acrescenta: "Os alunos não perderam o ano, eles ganharam a vida. Se antes já tínhamos déficit de aprendizagem, agora também temos, ainda maior. Teremos que redobrar o trabalho para vencer isso".

Da sala para a tela
Professor Ricardo Fernades - Michell Albuquerque/SME
Depois de oito anos nas salas de aula no Rio de Janeiro, o professor Ricardo Fernandes assumiu, em 2019, o cargo de assistente de Gerência de Alfabetização e Anos Iniciais da Secretaria Municipal de Educação. No ano passado, com a pandemia, Fernandes passou a gravar aulas e podcasts para os estudantes da rede municipal, por meio da prefeitura, para garantir a educação remota. Ele, de repente, passou a alcançar um público muito maior.

"Acaba que você, que está produzindo uma vídeoaula, você não vira só o professor de uma turma. A sensação que dá é que você vira professor de muitas turmas. Essa foi uma estratégia muito importante para muitas crianças que estavam em casa", diz.

Foi preciso, segundo Fernandes, recriar, com tecnologia, espaços alfabetizadores. Além de o formato ser um desafio, foi preciso também repensar o conteúdo de alfabetização, incluindo as famílias. "Todas as vezes que a gente pensa um material agora, a gente pensa que essa família vai assistir junto, vai ajudar na mediação desse conteúdo. Então as aulas agora são pensadas na perspectiva mais coletiva. Quem está escutando o que essa criança fala? Quais as perguntas que essa criança pode fazer para essa pessoa? É esse processo de uma educação coletiva que traz para a alfabetização um novo caráter".

O professor conta que, durante a pandemia, as trocas entre os professores da rede de ensino ajudaram a desenvolver novas estratégias para chegar aos alunos e também ajudaram os próprios profissionais a não se sentirem isolados. Fernandes ressalta, no entanto, que mesmo com o esforço, há estudantes que precisarão de mais atenção. "A gente sabe que existe um público que historicamente está alijado do contexto de alfabetização e de educação, e esse contexto foi intensificado com a pandemia".

Estudo encomendado ao Datafolha pela Fundação Lemann, o Itaú Social e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), divulgado em junho deste ano, mostra que mais da metade (51%) das crianças em processo de alfabetização na rede pública brasileira ficaram no mesmo estágio de aprendizado, ou seja, não aprenderam nada de novo durante a pandemia. Entre os estudantes brancos, 57% teriam aprendido coisas novas, segundo a percepção dos responsáveis. Entre os estudantes negros, esse índice cai para 41%.

Como responsável pela produção de materiais para a alfabetização, Fernandes diz que um dos objetivos é que os estudantes se sintam representados. "Não se pode alfabetizar sem olhar para a favela, sem olhar para o bairro desse aluno, sem olhar para o ritmo desse aluno, sem entender que é um sujeito que aprende quando está em casa, quando está em contato com outros sujeitos. Não se pode negar os aspectos culturais da cidade", defende.

Unindo forças
Para a presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) no Paraná, Marcia Baldini, é necessária a união de forças de gestores, Poder Público, professores e familiares para garantir o ensino e a aprendizagem das crianças brasileiras. Marcia, que coordena o Grupo de Trabalho sobre Alfabetização da Undime, diz que a pandemia causou um prejuízo muito grande à alfabetização.

"É necessário ter políticas públicas nesse sentido, voltar o olhar para isso, porque se não tivermos nas nossas escolas um olhar focado em relação ao professor alfabetizador, a formação continuada, condições de trabalho, a conscientização das famílias para que esse aluno possa aprender, os prejuízos serão imensuráveis nos anos seguintes na educação fundamental, no ensino médio e até mesmo na educação superior, em que vamos formar os famosos analfabetos funcionais".

Marcia explica que a alfabetização exige a mediação do professor. Isso porque gestos, movimentos labiais e materiais didáticos têm impacto na aprendizagem. Esses elementos acabam se perdendo no ensino remoto. "Os alunos que estão retornando [para o ensino presencial] apresentam muitas dificuldades, há alunos que esqueceram até mesmo como se escreve o nome". Os dados mostram muito claramente, nos primeiros anos da educação infantil e do ensino fundamental, prejuízos sociais, econômicos, educacionais, que vão se estender ao longo da vida.

Retomada

Neste semestre, as escolas estão, aos poucos, com o avanço da vacinação no país, retomando as aulas presenciais, ainda que mescladas ao ensino remoto, no chamado ensino híbrido. Será preciso ainda, segundo a oficial de educação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Julia Ribeiro, localizar os estudantes que não conseguiram assistir às aulas na pandemia.

"Fazer busca ativa desses meninos e meninas que não tiveram condição de se manter aprendendo durante a pandemia. Os dados apontam isso, a pandemia atingiu meninos e meninas que já eram mais vulneráveis. Quem já estava fora da escola ficou cada vez mais longe, e quem estava na escola, mas sem condições de aprender em casa, acabou sendo excluído desse direito".

Pesquisa divulgada este ano pelo Unicef mostra que o número de crianças e adolescentes sem acesso à educação no Brasil saltou de 1,1 milhão em 2019 para 5,1 milhões em 2020. Desses, 41% têm entre 6 e 10 anos, faixa etária em que ocorre a alfabetização.

"A alfabetização é fundamental para a manutenção desse menino ou menina na escola. É nessa faixa etária que é criado maior vínculo, inclusive com a escola. Ciclos de alfabetização que são incompletos podem acarretar reprovações e abandonos escolares nas demais etapas, nas etapas subsequentes", ressalta.

Para Júlia, sobretudo na pandemia, quando as crianças tiveram aprendizagens diferentes, todas as etapas escolares devem se comprometer a garantir o aprendizado dos estudantes, garantir que aprendam a ler e escrever.

"A gente precisa de uma corresponsabilização de todo o sistema educacional no sentido de garantir que cada criança e adolescente, independentemente de idade, tenha as oportunidades necessárias que lhe garantam alfabetização completa, que lhe possibilite que esses meninos e meninas tenham maior liberdade, maior autonomia, que estejam incluídos na sociedade, que tenham mais acesso a oportunidades profissionais e pessoais, que tenham acesso a seus direitos".

Ministério da Educação
No dia 30 de junho deste ano, o MEC lançou o Sistema Online de Recursos para a Alfabetização, apelidado de Sora. A plataforma foi desenvolvida para apoiar professores e trabalhadores da educação no planejamento e execução de atividades de ensino para alunos que estão aprendendo a ler e escrever.

O sistema traz estratégias de ensino ou como o conteúdo pode ser ensinado. Elenca também propostas de atividades a serem aplicadas em salas de aula, ferramentas que são utilizadas na consolidação da apreensão dos conteúdos.

A plataforma disponibiliza recursos adicionais diversos que auxiliam os professores. Podem ser acessadas, por exemplo, imagens que ajudam a fixar as letras do alfabeto. Será incluído também um módulo com sugestões de avaliações para verificar a aprendizagem do conteúdo.

*Fonte: Defato.com

MINUTOS DE SABEDORIA!!!!

JAMAIS desanime!
Embora sua dor pareça insuportável e sem remédio, ela há de terminar, e a alegria voltará a brilhar em seu coração.
Não há noite eterna à qual não sucedida a luz de um dia radiante.
Dos sofrimentos passados, conservamos apenas uma lembrança quase apagada.
Assim acontecerá amanhã com os sofrimentos de hoje.
Entregue tudo ao tempo, que, com sua mãocompassiva, balsamizará todas as suas dores.