|
Itep chega ao local onde corpo foi encontrado para fazer perícia, na
Zona Norte de Natal (Arquivo) — Foto: Ayrton Freire/Inter TV Cabugi |
O Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) confirmou que o corpo encontrado enterrado em uma área de mata na Zona Norte de Natal, na quinta-feira (12), é do menino José Carlos da Silva, de 8 anos, que estava desaparecido desde 21 de outubro na capital potiguar. A confirmação foi oficializada nesta terça-feira (17), após exames de DNA. Os peritos compararam uma amostra da ossada com uma amostra colhida da mucosa da boca da mãe e confirmaram que os ossos eram do garoto. Ainda de acordo com o Itep, os técnicos ainda deverão fazer uma comparação com uma mancha de sangue encontrada em uma folha, no local onde a ossada foi encontrada.
Segundo o diretor geral do Itep, Marcos Brandão, o resultado do exame será acrescentado ao laudo sobre a morte de José Carlos. Ainda de acordo com ele, equipes ainda trabalham com antropologia forense para tentar identificar a causa da morte da criança. Os peritos analisam a ossada para tentar identificar possíveis fraturas, por exemplo.
|
Marcos Brandão, diretor do Itep — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi |
De acordo com Brandão, a amostra do DNA da criança ainda ficou armazenada, para ajudar nas investigações, caso seja necessário. Ele não informou, porém, quando o corpo deverá ser liberado para a família fazer o sepultamento. "É um trabalho muito minucioso. O corpo vai ser liberado com o esgotamento de todos os exames que possam elucidar o caso", afirmou. O diretor afirmou que as roupas encontradas junto ao corpo passaram por exame de luz forense, que pode identificar, por exemplo, manchas de sangue ou sémen. "Ainda não sei a resposta. Mas se algo foi encontrado, passará também por exame de DNA", afirmou.
A investigação feita pela Polícia Civil corre em segredo. Procurada pelo G1, a corporação informou que ninguém foi preso como suspeito pela morte da criança.
Corpo achado
Moradores da região faziam buscas pelo garoto, na manhã da quinta-feira (12), quando perceberam uma área de terra que estava mais funda, "fofa" e sob palhas. Segundo vizinhos, a camiseta no corpo era a mesma com a qual o menino foi visto pela última vez antes de desaparecer no dia 21 de outubro.
O corpo estava em uma área de matagal entre as comunidades da África, na Redinha, e Pajuçara, próxima à casa onde o menino morava. A polícia, os bombeiros e o Itep foram acionados ao local.
*Do G1 RN