De janeiro a dezembro do ano passado, o Rio Grande do Norte enviou US$ 239 milhões em produtos para o país europeu. O valor representa 31% de todas as exportações do estado ao longo do ano.
Em 2022, a Holanda era o terceiro maior importador de produtos potiguares, com menos de US$ 58 milhões, que representaram 7,8% das exportações do RN naquele ano. À frente, estavam Singapura (45%) e Estados Unidos (13%).
Já no ano passado, os Países Baixos ficaram à frente das demais nações que importam produtos potiguares, seguido por Estados Unidos (21%), Singapura (11%), Espanha (9,5%) e Reino Unido (6,4%).
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte, Jaime Calado, o motivo do crescimento foi o fato de o porto de Roterdã, localizado nos Países Baixos, concentrar o recebimento de produtos muito exportados pelo Rio Grande do Norte, como uma entrada para a Europa.
"O porto de Roterdã passou a ser quase um hub de produtos que a gente exporta para distribuir na Europa. Esses produtos que mais aumentaram a produção aqui coincidentemente são os produtos que vão para Roterdã. Caso do combustível, do melão, do óleo bruto, que é o petróleo", disse.
Óleos combustíveis de petróleo e frutas foram os insumos mais exportados pelo Rio Grande do Norte ao longo de 2023. Juntos, os dois produtos representaram 68% das vendas do estado no mercado externo de janeiro a dezembro.
O Rio Grande do Norte exportou o equivalente a US$ 781,4 milhões e importou US$ 687,9 milhões, terminando o ano com um superávit de US$ 93,5 milhões. A exportações cresceram 6,1% em relação a 2022. Já as importações aumentaram 58%.
Somente com óleos combustíveis, o estado exportou US$ 332 milhões ao longo de 2023. O valor caiu pouco mais de 1% em relação a 2022. Ainda assim, o produto foi responsável por 42% das exportações estaduais.
O verdadeiro impulsionador do crescimento das exportações potiguares foi a fruticultura. A exportação de frutas frescas cresceu 23,5% na comparação com o ano anterior. Dessa forma, o produto representou 26% das exportações estaduais. Foram US$ 201 milhões negociados em um ano - o maior volume pelo menos desde 2019 - início da série histórica.
Segundo o secretário, a exportação de frutas potiguares tende a dobrar nos próximos anos, devido à entrada do melão brasileiro no mercado chinês e asiático como um todo. Segundo ele, a construção do Porto Indústria Verde em Caiçara do Norte, discutida pelo governo do estado, é a melhor solução para atender ao crescimento da demanda dos produtores locais.
*Do G1 RN