Francisca Maria de Fátima tinha 67 anos e aguardava por leito internada no setor de reanimação no Hospital Santa Catarina, na Zona Norte.
Francisca Maria de Fátima dos Santos, de 67 anos, morreu com coronavírus à espera por leito de UTI em Natal — Foto: Cedida pela família |
Diagnosticada com Covid-19, Francisca Maria de Fátima dos Santos, 67 anos, morreu na noite desta segunda-feira (8) em uma sala improvisada do Hospital Santa Catarina, na zona Norte de Natal, onde estava internada, esperando ser transferida para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). A unidade de saúde, mesmo não sendo uma referência no tratamento contra o coronavírus, tem internado pessoas com a doença nas últimas semanas.
Francisca era hipertensa, diabética e tinha quadro de osteoporose, o que agravava sua situação. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap), ela estava na prioridade 2 da fila de espera - que são pacientes que precisam de internação em leito crítico.
Segundo a família, a paciente deu entrada na unidade no dia 2 de junho e foi colocada no oxigênio. Sem apresentar melhoras, os médicos afirmaram que ela precisava de uma UTI. Os profissionais então improvisaram um leito com alguns equipamentos no setor de hemodiálise, onde ela ficou em isolamento. Depois de alguns dias, ela foi transferida para outra sala improvisada, no setor de reanimação, para que a hemodiálise pudesse ser liberada.
"Eles montaram uma espécie de UTI improviada, mas ela não tinha acesso a médico nefrologista, nem fisioterapeuta, que ela teria em uma UTI de verdade. E eles não queriam colocá-la na UTI geral do hospital, para não contaminar os outros pacientes, já que lá não é hospital especializado em Covid", disse o genro de Francisca, Grei Xavier.
"O que mais dói para a família é o descaso, implorar e não conseguir a vaga. Faltou ter esse suporte", declarou ele
Francisca Maria de Fátima dos Santos, 67 anos, era funcionária pública federal aposentada. Trabalhou no setor administrativo do Hospital Universitário Onofre Lopes, como recepcionista. Deixou marido, um casal de filhos e dois netos.
Segundo a família, o falecimento ocorreu às 19h45, mas o corpo ainda estava no hospital na manhã desta terça (9), porque a funerária tinha 28 sepultamentos a serem realizados antes do enterro dela, previsto para ocorrer às 16h.
Pelo menos 51 pessoas confirmadas ou com suspeita de coronavírus estavam na fila de espera por um leito de UTI, às 9h47 desta terça-feira (9), segundo o Regula RN - um sistema usado pelo estado para gerenciar os leitos disponíveis na rede pública. Eram 4 pessoas na prioridade 1 e 47 na prioridade 2. Ainda há pacientes das prioridades 3 e 4 que também precisam de leitos, porém, mais simples, clínicos. Nestes últimos grupos, são 72 pessoas.
Francisca era hipertensa, diabética e tinha quadro de osteoporose, o que agravava sua situação. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap), ela estava na prioridade 2 da fila de espera - que são pacientes que precisam de internação em leito crítico.
Segundo a família, a paciente deu entrada na unidade no dia 2 de junho e foi colocada no oxigênio. Sem apresentar melhoras, os médicos afirmaram que ela precisava de uma UTI. Os profissionais então improvisaram um leito com alguns equipamentos no setor de hemodiálise, onde ela ficou em isolamento. Depois de alguns dias, ela foi transferida para outra sala improvisada, no setor de reanimação, para que a hemodiálise pudesse ser liberada.
"Eles montaram uma espécie de UTI improviada, mas ela não tinha acesso a médico nefrologista, nem fisioterapeuta, que ela teria em uma UTI de verdade. E eles não queriam colocá-la na UTI geral do hospital, para não contaminar os outros pacientes, já que lá não é hospital especializado em Covid", disse o genro de Francisca, Grei Xavier.
"O que mais dói para a família é o descaso, implorar e não conseguir a vaga. Faltou ter esse suporte", declarou ele
Francisca Maria de Fátima dos Santos, 67 anos, era funcionária pública federal aposentada. Trabalhou no setor administrativo do Hospital Universitário Onofre Lopes, como recepcionista. Deixou marido, um casal de filhos e dois netos.
Segundo a família, o falecimento ocorreu às 19h45, mas o corpo ainda estava no hospital na manhã desta terça (9), porque a funerária tinha 28 sepultamentos a serem realizados antes do enterro dela, previsto para ocorrer às 16h.
Pelo menos 51 pessoas confirmadas ou com suspeita de coronavírus estavam na fila de espera por um leito de UTI, às 9h47 desta terça-feira (9), segundo o Regula RN - um sistema usado pelo estado para gerenciar os leitos disponíveis na rede pública. Eram 4 pessoas na prioridade 1 e 47 na prioridade 2. Ainda há pacientes das prioridades 3 e 4 que também precisam de leitos, porém, mais simples, clínicos. Nestes últimos grupos, são 72 pessoas.
*G1 RN