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24 agosto 2024

RN registra R$ 507 milhões de produção mineral em 2023, aponta Sedec

A produção mineral do Rio Grande do Norte em 2023 foi de R$ 507 milhões, maior desempenho para um ano desde 2013. Os números estão contidos no Boletim Mineral Série Histórica, divulgados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) nesta sexta-feira (23).

Desde 2013, o desempenho no setor somou R$ 3,1 bilhões. Entre os minérios, a secretaria destaca a produção de calcário, tungstênio, gemas, água mineral e rochas britadas.

“Os números do documento apontam um crescimento expressivo no número de alvarás de pesquisa e requerimentos de lavra aprovados, sinalizando um cenário favorável para o desenvolvimento de novos empreendimentos minerais no estado”, afirmou o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Hugo Fonseca.

No período de 10 anos, o Rio Grande do Norte registrou mais de R$ 121 milhões em investimentos em pesquisa mineral, com picos significativos nos anos de 2019 (R$ 15,3 milhões) e 2020 (R$ 19,9 milhões), impulsionados pela pesquisa de minério de ferro e ouro.

O Boletim é desenvolvido pela Coordenadoria de Desenvolvimento de Recursos Minerais (CODEM), compila as informações sobre o setor mineral e seus impactos econômicos com dados extraídos do Anuário Mineral Brasileiro Interativo da Agência Nacional de Mineração (ANM).

O Boletim é desenvolvido pela Coordenadoria de Desenvolvimento de Recursos Minerais (CODEM), compila as informações sobre o setor mineral e seus impactos econômicos com dados extraídos do Anuário Mineral Brasileiro Interativo da Agência Nacional de Mineração (ANM). Com isso, oferece uma visão abrangente e atualizada para investidores, pesquisadores e os demais interessados nestas informações.

*Do G1 RN

01 julho 2023

Vale do Lítio: conheça os benefícios para os mineiros

Foto: Cristiano Machado/Imprensa MG
Um metal de coloração branco-prateada, denominado lítio, é responsável por muitas facilidades do nosso dia a dia, como o funcionamento de um notebook, um smartphone, uma câmera fotográfica e, até mesmo, de um veículo elétrico.


Mas, antes de virar um componente de uma bateria – que liga, por exemplo, nossos dispositivos portáteis – o lítio é o responsável por provocar uma revolução: está impulsionando localidades do Norte e Nordeste de Minas Gerais e inserindo o estado no mapa internacional da cadeia do metal altamente especializado, usado por setores como tecnologia da informação, automotivo e de energias renováveis.

Uma nova realidade para região

É no Vale do Jequitinhonha e na região Norte do estado que se encontra a maior reserva comprovada de lítio do Brasil, de acordo com a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).

Com essa descoberta e a chegada de empresas para a extração do mineral e comercialização para todo o mundo, os municípios de Araçuaí, Capelinha, Coronel Murta, Itaobim, Itinga, Malacacheta, Medina, Minas Novas, Pedra Azul, Rubelita, Salinas, Teófilo Otoni, Turmalina e Virgem da Lapa, vivem uma nova fase e podem virar um vale da tecnologia com foco na produção de baterias.

Coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) do Governo de Minas Gerais, o projeto econômico-social Vale do Lítio (Lithium Valley Brazil) prevê uma transformação da realidade local, levando toda cadeia produtiva do lítio para essas regiões.

Além da extração, graças aos cerca de 45 depósitos, segundo estudos realizados pelo Serviço Geológico do Brasil, o projeto construído por meio da Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Invest Minas) viabiliza a instalação de empresas para fabricar as baterias que vão abastecer mercados em todo o mundo.

Utilizado em diversas aplicações, de medicamento para estabilizar o humor até a composição de baterias de longa duração, o lítio também tem papel fundamental na transição energética, porque proporciona boa parte do armazenamento da energia nas baterias dos carros elétricos, essenciais para um futuro sustentável da indústria automobilística – que caminha para a substituição dos veículos movidos por combustíveis fósseis.
Foto: Divulgação/Sigma Lithium

Benefícios da cadeia mineira do lítio

Para entender melhor todo o potencial do lítio brasileiro e seus diferenciais, listamos abaixo alguns benefícios da produção no Vale do Jequitinhonha e na região Norte de Minas Gerais. Confira:


●O lítio encontrado lá é de alta pureza, com grande potencial no mercado de baterias mais potentes.


●Tem muito valor. Em seu estado bruto, o metal é cotado em até US$ 70 a tonelada, podendo chegar a até US$ 6 mil a tonelada quando processado.


●É mais sustentável, extraído da rocha com uso de menos água que o modelo tradicional e com baixa emissão de CO2.



●Utiliza fonte de energia hidroelétrica da região, gerando menos custos e o consumo de energia limpa em toda produção.


●A região está localizada em rotas de escoamento, com proximidade a aeroportos e portos.


●Conta com a infraestrutura das cidades do entorno e com o conhecimento dos campi universitários.


●A existência de 45 jazidas, com grande potencial econômico, pode aumentar em 20 vezes as reservas comprovadas do mineral na região, garantindo o fornecimento da matéria-prima por um longo prazo.


●A consolidação do Vale do Lítio aumenta a geração de empregos, o PIB local e transforma, direta ou indiretamente, o panorama socioeconômico de mais de 980 mil habitantes em 55 municípios.


A partir de um decreto federal de julho de 2022, os investimentos para extração do lítio no Vale do Jequitinhonha e na região Norte do estado foram facilitados e o comércio exterior de minerais e minérios de lítio e de seus derivados ganharam força.


Já há três companhias atuando na região e, até o fim de 2023, o governo estadual prevê que novos projetos de investimento serão formalizados com empresas estrangeiras.

*Por Governo do Estado de Minas Gerais