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23 março 2025

Natal Atividades intelectuais ajudam na prevenção de Alzheimer e demências

Foto: Magnus Nascimento

*TRIBUNA DO NORTE 

Lucimar Pessoa, de 74 anos, encontrou nas palavras cruzadas uma forma simples e eficiente de manter a mente afiada.

Manter o cérebro ativo pode reduzir em até 30% o risco de desenvolver doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e demência, segundo uma pesquisa publicada no American Journal of Geriatric Psychiatry. A geriatra do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), Ângela Costa, aponta que atividades intelectuais, como leitura, jogos de estratégia (xadrez, quebra-cabeças, palavras cruzadas), aprendizado de novos idiomas, prática musical e cursos diversos ajudam a retardar o declínio cognitivo, promovendo um envelhecimento mais saudável. Além disso, hobbies que exigem criatividade, como pintura e escrita, também contribuem para a saúde cognitiva.

“Diversos estudos demonstram que o estímulo intelectual ao longo da vida está associado a um menor risco de demência. A teoria da reserva cognitiva sugere que pessoas com maior nível de escolaridade ou engajamento intelectual constante têm uma maior capacidade de compensar os danos cerebrais causados por doenças neurodegenerativas”, esclarece a geriatra.

Ângela explica que o estímulo intelectual promove a neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro criar novas conexões entre os neurônios. Da mesma forma, estimula a produção de neurotransmissores como a dopamina e a acetilcolina, essenciais para a memória e o aprendizado. Também há evidências de que pode retardar o acúmulo de proteínas anormais associadas ao Alzheimer.

Embora não elimine completamente o risco, a estimulação cognitiva pode desempenhar um papel fundamental no adiamento do início dos sintomas e na redução do impacto da demência. Especialistas destacam que manter o cérebro ativo, por meio de desafios intelectuais, pode fortalecer as conexões neurais e retardar o avanço da doença.

Para pessoas com histórico familiar de demência, esses estímulos são ainda mais importantes. A combinação de atividades cognitivas, exercícios físicos regulares e uma alimentação equilibrada, pode contribuir significativamente para a preservação das funções cerebrais. “Pessoas com histórico familiar de demência se beneficiam ainda mais de um estilo de vida que inclui desafios intelectuais, atividade física e uma boa alimentação”, enfatiza Ângela.

“Atividades intelectuais ajudam a preservar funções cognitivas e podem retardar a progressão de déficits leves. Exercícios de memória, aprendizado de novas habilidades e até mesmo a socialização podem melhorar o desempenho cognitivo e a qualidade de vida desses idosos. Alimentação equilibrada, sono de qualidade, atividade física regular, controle de doenças crônicas (hipertensão, diabetes) e socialização são fundamentais. Esses fatores contribuem para a circulação sanguínea no cérebro e reduzem processos inflamatórios que aceleram o envelhecimento cerebral”,

descreve a especialista.
Costa ressalta que não há idade limite para que essas práticas façam efeito. A geriatra relata que o cérebro é plástico e pode responder aos estímulos em qualquer fase da vida. Mesmo idosos que nunca tiveram o hábito de se desafiar intelectualmente podem se beneficiar ao começar atividades estimulantes.Ângela Costa aponta que atividades intelectuais ajudam a retardar o declínio cognitivo | Foto: Magnus Nascimento

Como começar?

“O ideal é associar essas práticas a interesses pessoais e tornar o processo prazeroso”, aponta Ângela. Jogos que envolvem desafios leves, leituras sobre temas de interesse, cursos interativos e atividades em grupo costumam ser boas estratégias. Mostrar exemplos de outras pessoas da mesma faixa etária que começaram e os benefícios que obtiveram também pode se tornar algo inspirador.
O envelhecimento pode tornar algumas atividades intelectuais mais difíceis, causando maior lentidão no processamento de informações e dificuldades de memorização. Entretanto, a persistência, o uso de técnicas de aprendizado (como repetição e associação) e a adaptação das atividades ao ritmo do idoso ajudam a superar essas dificuldades. “O importante é manter a consistência e o prazer na atividade escolhida”, enfatiza.

A socialização também é um fator de proteção cognitiva, por estimular diferentes áreas do cérebro, melhorar o humor e reduzir o risco de depressão.

Ângela aponta que participar de grupos que envolvem aprendizado e troca de experiências potencializa os benefícios da estimulação intelectual e torna a prática mais motivadora e consistente.

Lucimar Pessoa, de 74 anos, encontrou nas palavras cruzadas uma forma simples e eficiente de manter a mente afiada. “Me desopila mais, é bom. Eu gosto muito de fazer. É bom para a mente da pessoa. É até um divertimento”, descreve. Ela que costuma fazer principalmente à noite ou quando tem um tempo livre durante o dia, também se dedica ao crochê, tudo isso contribuindo para manter o cérebro ativo.
“Quando eu faço, que termino é muito bom pra mim, eu me sinto bem. Melhorou muito. Eu fico mais esperta para fazer (as coisas)”, conta Lucimar.

Paralelamente a isso, a rotina de Dona Lucimar também inclui convívio social e momentos de lazer com os amigos da igreja, onde costuma participar de orações, passeios e jogos como dominó. Para manter os hábitos de estimulação intelectual, a aposentada conta com um apoio importante no dia a dia: o neto Rafael Pessoa.
“É uma coisa simples, mas sei que faz bem para ela. Sempre estou dando apoio a ela para continuar fazendo, às vezes até comprando (as palavras cruzadas). A gente já jogou um dominó algumas vezes. Isso é muito bom pra ela, porque estimula o cérebro dela, ela já tá numa certa idade mais avançada. Com certeza (isso) melhora o dia a dia dela, até para outros afazeres também”, disse o neto.

O estudante de Tecnologia da Informação percebe um impacto positivo no dia a dia diante da prática recorrente de atividades de estimulação cognitiva e socialização. Rafael demonstra felicidade em ver a animação da avó, principalmente quando acerta alguma palavra. “Ela é mais ativa e mais esperta para algumas ações”, pontua.

“Eu sempre falo pra minha avó fazer palavras cruzadas. Ajuda demais a
mente dela, deixa o raciocínio afiado e ainda distrai. Fico incentivando diretamente, dando aquela força, porque acho massa ver ela se animando quando acerta uma palavra”, completa o estudante.

Brasil: Há 92 anos, surgia a Carteira de Trabalho no Brasil

No dia 21 de março de 1932, um decreto instituiu a Carteira Profissional, que mais tarde se tornaria a atual Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). A medida fazia parte da política de proteção ao trabalhador implementada pelo então presidente Getúlio Vargas.

Naquele período, o Brasil passava por uma transformação econômica, deixando de ser essencialmente agrário para se tornar mais industrializado. Com isso, surgia a necessidade de regulamentar as condições de trabalho no meio urbano, garantindo direitos aos trabalhadores.

A Carteira de Trabalho se tornou um dos principais documentos do cidadão brasileiro, assegurando benefícios como registro formal de emprego, previdência social e acesso a direitos trabalhistas.

Atualmente, além da versão física, existe a Carteira de Trabalho Digital, que substitui o documento impresso para a maioria das situações. Ela foi implementada para facilitar o acesso às informações trabalhistas e agilizar processos como contratação e consulta de vínculos empregatícios.

A versão digital está disponível pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital (para Android e iOS) ou pelo Portal Gov.br. Com ela, o trabalhador pode verificar dados como contratos anteriores, anotações e benefícios sem precisar do documento físico.

A Carteira Digital se integra ao eSocial, permitindo que os empregadores façam registros eletrônicos, eliminando a necessidade de anotações manuais. No entanto, para algumas situações específicas, como contratos antigos ou admissões que não utilizam o sistema eletrônico, a versão física ainda pode ser necessária.

*Difusora de Mossoró 

UEPB abre processos seletivos para técnico-administrativos com salários de até R$ 3,5 mil

A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), publicou o edital para a reposição do quadro de servidores técnicos administrativos( as) devido aos mais diversos tipos de afastamentos, abriu dois Processos Seletivos Simplificados para o preenchimento de vagas temporárias para recompor os quadros em vários Campus da Instituição.

Os Processos Seletivos Simplificados oferecem 13 vagas, sendo oito no primeiro edital e mais cinco no segundo, para as funções de nível médio e técnico completo, além de nível superior completo.

No primeiro certame, são oferecidas vagas para os cargos de assistente administrativo no Câmpus V, em João Pessoa; duas vagas para o cargo de assistente administrativo no Câmpus VIII, em Araruna, uma vaga para auxiliar de biblioteca no Câmpus VI, em Monteiro, e uma vaga para o técnico em Estúdio e Multimídia para o Câmpus I, de Campina Grande.

Para as funções de nível superior completo, o certame oferece, uma vaga para arquivista no Câmpus I; uma vaga para bibliotecário no Câmpus III, em Guarabira; e uma vaga para bibliotecário no Câmpus VI. Os salários variam de R$ 2.514,07 a R$ 3.566,25. A jornada será de 40h.

O Processo Seletivo Simplificado, de caráter eliminatório e classificatório e destinado ao recrutamento e seleção de candidatos(as) para provimento de vagas para as funções técnicas e administrativas temporárias será de responsabilidade da Comissão Permanente de Concurso (CPCon). As inscrições serão realizadas no período de 27 de março e 27 de abril, de forma on-line e para efetuar a inscrição o(a) candidato(a) deverá acessar este link.

O Processo Seletivo Simplificado será realizado em duas fases, sendo a primeira delas constituídas de avaliação de conhecimentos através de provas escritas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório para todas a s funções. A segunda fase será constituída de avaliação de habilidades através de prova de títulos, de caráter classificatório, para as funções de arquivista, bibliotecário e técnico em Estúdio e Multimídia. A prova escrita objetiva para todos os cargos será aplicada no dia 18 de maio. Já a publicação do edital de convocação para prova de títulos está marcada para o dia 2 de junho.

O segundo Processo Seletivo Simplificado vai oferecer mais cinco vagas distribuídas nos Câmpus de Campina Grande e Patos. Para todos os cargos, o salário é de R$ 2.824,80 e a jornada de trabalho será de 40 horas. Para as funções de nível médio/técnico completo estão sendo oferecidas uma vaga para técnico em Laboratório (Física) no Câmpus VII, em Patos; uma vaga de técnico em Laboratório (Histopatologia Oral); uma vaga de técnico em Laboratório (Manutenção de Equipamentos Odontológicos) e mais duas vagas para técnico em Laboratório (Saneamento), todas no Câmpus de Campina Grande.

As inscrições também serão realizadas no período de 27 de março a 27 de abril, de forma on-line. O primeiro passo que o(a) candidato(a) terá que dar para efetivar a inscrição será é acessar a área do candidato do SIGEPS, neste link e depois seguir os demais passos.

O certame também será realizado em duas etapas, sendo a primeira fase constituída de avaliação de conhecimentos através de provas escritas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório para todas as funções. A segunda fase será constituída de avaliação de habilidades através de prova prática, de caráter eliminatório e classificatório, para as funções de Técnico em Laboratório (Saneamento), Técnico em Laboratório (Histopatologia Oral), Técnico em Laboratório (Manutenção e Equipamentos Odontológicos) e Técnico em laboratório (Física).

A prova escrita objetiva para todos os cargos será realizada no dia 18 de maio. O resultado final dos dois processos seletivos será divulgado no dia 23 de junho. Todas as publicações do certame serão disponibilizadas neste endereço eletrônico.

ÓTICAS GOMES! O BEM ESTAR DA SUA VISÃO!!!


CRÔNICA: O RÁDIO VAI ACABAR?

Foto: reprodução
Os prognósticos têm mais características de palpites que de previsão. Mas há indicadores preocupantes para os que cresceram com o rádio e criaram um hábito indelével com esse símbolo da cultura de seu tempo. O vaticínio já foi feito com o surgimento da televisão, mas o rádio tinha a grande vantagem da instantaneidade e fez disso, pelo menos no primeiro momento, sua maior salvaguarda. A notícia vinha antes que a TV pudesse mostrar e bem mais antes ainda que pudesse sair no jornal escrito. O rádio precisou mudar, mas as mudanças não foram muito grandes em relação ao que se fazia no final dos anos 1950, quando o próprio receptor dependia de uma rede elétrica para funcionar, até que o transístor trouxe a novidade do “rádio de pilha” que funcionava sem precisar ligar em uma tomada.

O rádio tradicional era formal, circunspecto em relação ao estilo. A locução tinha impostação especial no modo de ler as notícias dependendo do efeito, trivial ou impactante, que ela deveria causar. O modo particular de narrar futebol persiste praticamente igual até hoje. Não se costumava monitorar a opinião do ouvinte. Não porque não importasse agradá-lo, pelo contrário. Mas porque o veículo em si já contava com a adesão incondicional desse ouvinte. Se era essencial para informação, para ouvir música no cotidiano era praticamente a única opção. A outra era o aparelho toca-discos acessível apenas à classe econômica privilegiada. Ainda assim, a rádio possuía uma discoteca impossível a uma família em particular, embora repetisse sempre meia dúzia de músicas, conforme o momento.

A realidade atual é mais complexa porque os fatos não precisam de qualquer veículo ou instituição convencional de comunicação para sua divulgação. As pessoas envolvidas ou alguém próximo geram e transmitem a notícia pelas redes sociais, de qualquer lugar e a qualquer hora. A música está totalmente disponível em inúmeras plataformas digitais. A estratégia do rádio é usar a mesma rede social a seu favor transformando o ouvinte em colaborador. Tem funcionado, talvez porque esse ouvinte com a memória do charme do velho rádio, sente-se agora parte ativa da programação que se limitava a ouvir. Mas há riscos. A nova modalidade não pode simplesmente substituir, sem tratamento criteriosamente jornalístico, informações antes apuradas e editadas por profissionais, sob pena de a solução transformar-se em algo pior que a própria extinção: a queda precedida pela perda de dignidade.

O que se espera, entretanto, é que o rádio busque na arte e criatividade de seus pioneiros a essência de sua sobrevivência. E continue a ser para futuras gerações o companheiro que tem sido para essa humanidade ainda caminhante.

*Portal do RN