A mudança afetará as regras de conteúdo político do Google Ads, ferramenta utilizada por anunciantes para impulsionar conteúdos em serviços como a Busca e o YouTube. O Google afirma que há uma dificuldade técnica em cumprir as obrigações estipuladas pela resolução do TSE, publicada em fevereiro deste ano.
A resolução do TSE exige que plataformas que realizam impulsionamento de conteúdo eleitoral mantenham um repositório para acompanhar informações dos anúncios em tempo real e disponibilizem ferramentas de pesquisa para consulta de anúncios por palavras-chave e nomes de anunciantes, além de coletar dados sobre os anúncios de forma automatizada.
O Google argumenta que a definição do TSE sobre conteúdo político é ampla demais e o cumprimento dessas obrigações seria praticamente inviável, podendo resultar em multas para a empresa. Por isso, decidiu proibir a veiculação de anúncios políticos no Brasil a partir de maio.
Apesar da proibição, a empresa manterá no ar o arquivo de anúncios eleitorais já veiculados em seus serviços, porém, a ferramenta deixará de ser atualizada devido à proibição para esse tipo de conteúdo.
O Google reiterou seu compromisso com a integridade das eleições e afirmou que continuará dialogando com autoridades sobre o assunto.
Veja a nota do Google na íntegra:
“As eleições são importantes para o Google e, ao longo dos últimos anos, temos trabalhado incansavelmente para lançar novos produtos e serviços para apoiar candidatos e eleitores. Para as eleições brasileiras deste ano, vamos atualizar nossa política de conteúdo político do Google Ads para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país. Essa atualização acontecerá em maio tendo em vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024. Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto.”
*Com informações G1