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01 julho 2023

Crise política da Ufersa é consequência do desprezo de Bolsonaro pela democracia

Foto: Reprodução/Redes sociais
Se rito das regras não escritas da democracia fosse respeitado a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Ufersa) estaria vivendo dias de calmaria como na maioria das instituições de ensino superior.

Mas o então presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu em 2020 não respeitar a vontade da comunidade acadêmica ufersiana que elegeu Rodrigo Codes reitor.

Bolsonaro preferiu a terceira colocada Ludimilla Oliveira. “Terrivelmente evangélica” e com um vice bolsonarista, o professor Roberto Pordeus, ela preenchia os requisitos políticos do critério do então presidente e estava respaldada pela lei, que estabelece qualquer integrante da lista tríplice pode ser nomeado.

A chegada de Ludimilla foi tumultuada e no tumulto se manteve pelos três anos seguintes. Some-se a isso o perfil da reitora não contribuiu para apagar a fervura no caldeirão que se tornou a Ufersa. Ela preferiu dobrar a aposta e jogar álcool flambando a crise.

A denúncia de plágio na tese de doutorado andou e no início de junho se converteu em anulação do título de doutora. Sem a titulação, Ludimilla está inapta para o cargo e agora enfrenta um processo de destituição.

Se não tivesse assumido um cargo sem a legitimidade do voto, a reitora estaria hoje dando suas aulas e longe da execração pública. Exposta graças a tecnologia de 2022 que facilita a identificação de plágio, o que foi feito em 2010 foi descoberto.

O que aconteceu na Ufersa talvez seja um exemplo extremo do que houve em outras universidades onde o mais votado não foi nomeado, quebrando uma tradição na democracia brasileira.

O desprezo de Bolsonaro pelas universidades é a raiz da crise na Ufersa.

*Blog do Barreto

06 julho 2022

Mais de 60 milhões de brasileiros sofrem com insegurança alimentar, diz FAO

Foto: Marcos Serra Lima - G1
A quantidade de brasileiros que enfrentou algum tipo de insegurança alimentar ultrapassou a marca de 60 milhões, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgado nesta quarta-feira (6).

Os números da publicação mostram que o número de pessoas que lidou com algum tipo de insegurança alimentar foi de 61,3 milhões - praticamente três em cada dez habitantes do Brasil, que tem uma população estimada em 213,3 milhões. Desse total, 15,4 milhões enfrentaram uma insegurança alimentar grave.

Os dados da FAO para o Brasil englobam o período de 2019 a 2021.

Os últimos números da instituição revelam uma piora alarmante da fome no Brasil. Entre 2014 e 2016, a insegurança alimentar atingiu 37,5 milhões de pessoas - 3,9 milhões estavam na condição grave.

Segundo a FAO, as definições para a insegurança alimentar são as seguintes:

Insegurança moderada: as pessoas não tinham certeza sobre a capacidade de conseguir comida e, em algum momento, tiveram de reduzir a qualidade e quantidade de alimentos.
Insegurança grave: as pessoas que ficaram sem comida e passaram fome e chegaram a ficar sem comida por um dia ou mais.

No ano passado, em todo mundo, 2,3 bilhões de pessoas enfrentavam um cenário de insegurança alimentar ou severa, 350 milhões a mais do que o observado antes da pandemia de coronavírus.

A pesquisa também mostrou que as mulheres sofreram mais com a insegurança alimentar.

Em 2021, 31,9% das mulheres no mundo enfrentavam um cenário de insegurança moderada ou grave, acima dos 27,6% apurados entre os homens. A diferença de quatro pontos percentuais também é maior do que a observada 2020, quando era de três pontos.

De acordo com as projeções da FAO, 670 milhões de pessoas passarão fome em 2030, o que é equivalente a 8% da população global.

*Do G1