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21 abril 2020

Governo quer comprar 46 milhões de testes para coronavírus, diz ministro da Saúde

O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, anunciou nesta segunda-feira (20) que o governo federal aumentou para 46 milhões a previsão de compras de testes para detectar o novo coronavírus. Testagem em massa vai possibilitar rever distanciamento social. O Ministério esperava anteriormente comprar 24 milhões de testes.

Teich afirmou que a maior testagem vai possibilitar rever as políticas de distanciamento social. A questão do distanciamento social era um dos pontos de atrito entre o presidente Jair Bolsonaro, defensor do relaxamento, e o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.

“Isso é muito importante para o nosso processo que está sendo desenhado, de usar os testes para melhor entender a doença, a evolução e fazer um planejamento, um projeto, que já está sendo feito, para a revisão do distanciamento social”, disse o ministro em vídeo divulgado pelo ministério.

O ministro afirmou que a nova previsão de aquisição de equipamentos vai servir para colocar em prática a testagem em massa da população. Teich, no entanto, disse que testar em massa não significa aplicar os exames em todos os brasileiros.

“Só para a gente criar uma analogia em relação ao teste de massa, ele é a mesma coisa que acontece quando você faz uma pesquisa de opinião, que você define qual é a amostra ideal da sociedade que você vai usar, para que ela reflita essa sociedade, para que você entenda o que está acontecendo, para que você possa tomar sua decisão, desenhar sua política e desenhar suas ações da forma mais segura e organizada possível”, afirmou.

O Ministério também fechou hoje um contrato para o processamento de testes, com a capacidade de 30 mil por dia. O ministro afirmou que o contrato prevê um total de 3 milhões de testes.

Em uma outra frente, também foi anunciada a aquisição de 3.300 respiradores mecânicos para doentes da Covid-19. Desse total, 1.500 equipamentos serão entregues no próximo mês. O ministro afirmou que a compra dos equipamentos terá um custo de R$ 78 milhões.

“A gente está atuando em três braços que são fundamentais”, afirmou o ministro. “Um: entender melhor a doença, fazer o diagnóstico, entender a evolução. A segunda coisa: preparar a infraestrutura para o tratamento, para que, nesse tempo em que a gente está afastado, vai ser usado para melhorar, preparar para o cuidado. E o terceiro, com essa preparação, desenhar esse programa de saída progressiva, estruturada e planejada do distanciamento social”, afirmou.

*FolhaPress/G1/JBelmont

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