A defesa de Érica de Souza Vieira Nunes, que entrou com um idoso morto dentro de uma agência bancária do Rio de Janeiro para pedir um empréstimo, disse nesta 4ª feira (17.abr.2024) que ela enfrenta problemas psiquiátricos e estava em um “surto psicótico” quando não reconheceu que o homem estava sem sinais vitais no banco.
“No momento oportuno, quando for discutido o mérito da questão, traremos elementos comprobatórios e documentais da idoneidade da Érika. Claro que é chocante em um 1º momento devido às imagens, mas é clara também a idoneidade da Érica em relação a acreditar, ainda que em um surto psicótico, nos dados vitais do Paulo”, disse a advogada Ana Carla de Souza em entrevista ao UOL.
Érica foi presa na 3ª feira (16.abr) depois de entrar com Paulo Roberto Braga, de 68 anos, sem vida em uma cadeira de rodas em agência do Itaú de Bangu, zona oeste do Rio. Segundo Ana Carla, Érica toma medicamentos controlados para lidar com um quadro psiquiátrico e possui laudo médico capaz de comprovar a afirmação.
“Sabemos que há doenças que são altamente psicológicas, outras que transitam para uma questão psiquiátrica e outras que beiram à loucura. Não é o caso dela. [No caso dela] são situações que transitam entre um abalo psicológico e uma questão de medicamentos controlados no campo psiquiátrico”, disse a advogada.
De acordo com Ana Carla, a confirmação da morte do idoso no local foi declarada “prematuramente” pelo Samu e será contestada.
“Acreditamos na inocência da Érica. Temos testemunhas de que o senhor Paulo chegou vivo à agência bancária. Embora tenha sido, de forma prematura, declarada a morte por uma emergência dos bombeiros e do Samu, isso será contestado. Estamos aguardando também a resposta do IML. Também temos provas documentais do abalo emocional da Érica”, afirmou a defesa.
*Fonte: Poder 360