Risco de colesterol elevado aumenta se a pessoa tiver hipertensão| Foto: ALEX RÉGIS/ TRIBUNA DO NORTE |
O colesterol é uma substância gordurosa presente em todas as células do corpo, e desempenha um papel crucial na formação das membranas celulares, produção de hormônios, síntese de vitamina D e ácidos biliares, ou seja, tudo que ajuda na digestão dos alimentos. O corpo produz todo o colesterol de que necessita, mas também o obtém por meio de alimentos de origem animal. O excesso da substância é o que pode desencadear os malefícios.
Antônio Amorim explica riscos de doenças cardiovasculares| Foto: Cedida
“Há dois tipos de colesterol que precisam ser equilibrados no organismo”, ressalta o cardiologista Antônio Amorim: o LDL é o colesterol “ruim”, relacionado ao acúmulo de placas de gordura nos vasos sanguíneos, contribuindo para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Já o HDL é o colesterol “bom”, pelo fato de ajudar a remover o excesso da substância nos vasos sanguíneos. “Esse equilíbrio é fundamental na saúde cardiovascular”, completa.
Segundo Amorim, cada vez mais os estudos mostram que o risco cardiovascular do paciente é mais elevado se ele já apresenta doenças estabelecidas ou presença de outros fatores de risco. “Esses estudos mostram a importância de se ter cada vez mais baixo o LDL nos pacientes que possuem um risco cardiovascular mais alto”, afirma.
Entre os fatores de risco estão o sedentarismo, tabagismo, obesidade, consumo de álcool, predisposição genética e alimentação rica em gorduras saturadas e trans. Essa combinação pode aumentar os níveis de colesterol LDL. Idade, sexo e condições médicas como diabetes e doenças renais também influenciam.
O cardiologista explica que, a longo prazo, o colesterol vai se concentrando nos vasos sanguíneos, facilitando a formação de placas que podem levar a doenças como infarto do miocárdio, aterosclerose, doença arterial coronariana, AVC, e doença arterial periférica. “O controle desse colesterol é feito de diversas formas, desde um estilo de vida saudável, com atividade física, alimentação saudável até a necessidade do uso de remédios”, ressalta o médico.
A redução do colesterol LDL está muito associada ao estilo de vida do indivíduo. “O sedentarismo contribui muito para o colesterol alto, mas a alimentação tem um papel ainda mais crucial. “Uma alimentação regular rica em frutas e verduras, com redução de gorduras saturadas, consumo de proteínas magras e redução na ingestão de álcool ajuda a elevar os níveis de colesterol HDL e reduzir o risco de doenças cardiovasculares”, diz.
Quando são combinadas, dieta e atividade física podem levar a uma redução de 15 a 25% do LDL. Uma dieta rica em gorduras saturadas, trans e colesterol pode aumentar os níveis de LDL, alimentos como frutas, vegetais, grãos integrais e peixes ricos em ômega-3 podem ajudar a reduzir os níveis de LDL e aumentar o HDL. Já a atividade física ajuda a manter um peso saudável, o que é importante para o controle do colesterol.
Cuidados
As estatinas são os medicamentos mais usados para baixar o colesterol. A medicação deve ser orientada pelo médico, levando em consideração os aspectos do paciente e resultados das dosagens. “Nem sempre só o estilo de vida é capaz de reduzir os valores do colesterol aos níveis desejados, principalmente quando o paciente tem risco cardiovascular elevado, que necessita de níveis muito baixos de LDL. São medicamentos seguros que tem um papel fundamental na redução da doença cardiovascular”, explica o cardiologista.
Alessandra Barreto alerta para os cuidados com o colesterol| Foto: Cedida
A endocrinologista Alessandra Barreto ressalta que não se deve esperar sinais de alerta para começar a cuidar do colesterol. “A prevenção é recomendada porque o processo de elevação do colesterol ruim geralmente é silencioso”, diz ela, referindo-se à dislipidemia, ou seja, o nível elevado de lipídeos (gordura) no sangue. Ela explica que alguns sinais podem chamar atenção, como erupções na pele, tontura e mal-estar.
Porém, mais do que os sintomas, Alessandra alerta que fatores como a idade do paciente e suas comorbidades devem ligar o alerta para o maior acompanhamento dos níveis de colesterol. “Se o paciente é diabético precisa fazer exame a cada três meses, mas se ele não tiver nenhuma doença e for jovem, uma vez por ano basta”, analisa.
Segundo a endocrinologista, à medida em que se vai envelhecendo, a chance de ter o colesterol elevado aumenta. E ainda mais se a pessoa for portadora de vícios como tabagismo, tiver hipertensão arterial ou dislipidemia. “Mas, como eu já disse, não se deve esperar os sinais de alerta para dosar o colesterol ou para fazer os exames, porque muitas vezes é é um processo silencioso no organismo”.
Para saber se o paciente precisará de tratamento medicamentoso, segundo Alessandra Barreto, será preciso fazer uma estratificação de risco desse indivíduo. “Se para um paciente sem nenhuma doença associada está bom o nível de, por exemplo, 130 de LDL, para um paciente que já infartou e é diabético esse mesmo LDL precisa estar abaixo de 50, então a gente recorre a um cálculo de estratificação de risco cardiovascular para saber se o paciente é de alto risco, moderado risco, ou baixo risco cardiovascular”, explica.
Além das estatinas, outros medicamentos para tratar do distúrbio incluem inibidores de absorção de colesterol, resinas de troca iônica e fibratos. O acompanhamento dos níveis de colesterol, por exames de sangue, é feito para avaliar a eficácia do tratamento. “Mas na maioria das vezes, uma mudança de rotina com dieta mais equilibrada, diminuição de carboidratos e exercícios físicos já são bem eficientes”, conclui.
Tribuna do Norte - Tádzio França
A endocrinologista Alessandra Barreto ressalta que não se deve esperar sinais de alerta para começar a cuidar do colesterol. “A prevenção é recomendada porque o processo de elevação do colesterol ruim geralmente é silencioso”, diz ela, referindo-se à dislipidemia, ou seja, o nível elevado de lipídeos (gordura) no sangue. Ela explica que alguns sinais podem chamar atenção, como erupções na pele, tontura e mal-estar.
Porém, mais do que os sintomas, Alessandra alerta que fatores como a idade do paciente e suas comorbidades devem ligar o alerta para o maior acompanhamento dos níveis de colesterol. “Se o paciente é diabético precisa fazer exame a cada três meses, mas se ele não tiver nenhuma doença e for jovem, uma vez por ano basta”, analisa.
Segundo a endocrinologista, à medida em que se vai envelhecendo, a chance de ter o colesterol elevado aumenta. E ainda mais se a pessoa for portadora de vícios como tabagismo, tiver hipertensão arterial ou dislipidemia. “Mas, como eu já disse, não se deve esperar os sinais de alerta para dosar o colesterol ou para fazer os exames, porque muitas vezes é é um processo silencioso no organismo”.
Para saber se o paciente precisará de tratamento medicamentoso, segundo Alessandra Barreto, será preciso fazer uma estratificação de risco desse indivíduo. “Se para um paciente sem nenhuma doença associada está bom o nível de, por exemplo, 130 de LDL, para um paciente que já infartou e é diabético esse mesmo LDL precisa estar abaixo de 50, então a gente recorre a um cálculo de estratificação de risco cardiovascular para saber se o paciente é de alto risco, moderado risco, ou baixo risco cardiovascular”, explica.
Além das estatinas, outros medicamentos para tratar do distúrbio incluem inibidores de absorção de colesterol, resinas de troca iônica e fibratos. O acompanhamento dos níveis de colesterol, por exames de sangue, é feito para avaliar a eficácia do tratamento. “Mas na maioria das vezes, uma mudança de rotina com dieta mais equilibrada, diminuição de carboidratos e exercícios físicos já são bem eficientes”, conclui.
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