O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, afirmou em delação premiada sobre planos golpistas que integrantes do círculo mais próximo ao ex-presidente tinham para instalar uma ditadura no País, após a vitória de Lula (PT) em 2022. Parte do depoimento, homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em setembro de 2023 foi divulgado pelo colunista Elio Gaspari no último domingo 26.
Segundo a delação de Mauro Cid, Bolsonaro era influenciado por três grupos com diferentes visões sobre os rumos políticos do Brasil. Ele disse que o mais radical defendia a mobilização de um “braço armado” para viabilizar um golpe de Estado e, entre os integrantes do núcleo, citou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que teriam “instigado constantemente” o ex-presidente a adotar medidas golpistas.
Além de Michelle e Eduardo, integravam a ala que defendia um golpe militar os ex-ministros Onyx Lorenzoni e Gilson Machado, os senadores Jorge Seif (PL-SC) e Magno Malta (PL-ES), o assessor Filipe Martins e o general Mário Fernandes. Segundo Cid, eles instigavam Bolsonaro a agir, afirmando que ele tinha apoio popular e dos CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) para executar o golpe. Destes, apenas Filipe e Mário foram indiciados pela Polícia Federal no inquérito sobre a tentativa de golpe.
Outro grupo apontado por Cid foi denominado “conservadores” e pretendia transformá-lo em líder da oposição. O terceiro grupo era dos “moderados”, que reconheciam o resultado das urnas e rejeitavam intervenções radicais. Entre estes, estariam os generais Freire Gomes, então comandante do Exército, e Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa.
CRÍTICAS AO VAZAMENTO
A defesa de Bolsonaro classificou as revelações como “vazamentos seletivos” e expressou indignação com a divulgação do conteúdo da delação. Em nota, os advogados do ex-presidente declararam que as investigações estão sendo conduzidas de forma “semissecreta”, restringindo o acesso das defesas e prejudicando o direito à ampla defesa.
*Fonte: Agora RN
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28 janeiro 2025
22 janeiro 2024
Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco, fecha acordo de delação
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(crédito: Reprodução/Renan Olaz/CMRJ) |
Lessa, ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro, fez os disparos contra Marielle e Anderson. A delação do preso é vista como fundamental por investigadores para chegar aos nomes de possíveis mandantes dos assassinatos. O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que o caso terá um desfecho ainda neste primeiro trimestre de 2024.
Marielle foi morta a tiros em 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, localizado na região central da capital fluminense. A vereadora, que saía de um evento com mulheres negras, foi morta com quatro disparos na cabeça. Anderson Gomes, motorista do carro que a transportava pela cidade, foi atingido por três projéteis nas costas e também morreu.
Ronnie Lessa, que está preso desde março de 2019, é apontado como o principal suspeito da autoria dos assassinatos. Segundo Élcio de Queiroz, que dirigia o carro com Ronnie Lessa e já fez delação à PF no ano passado, Lessa foi o autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson.
Pelas redes sociais, a deputada Erika Hilton (Psol-SP) disse que o acordo de delação é a "peça que falta para solucionar o caso". "Já são 5 anos e 10 meses que queremos justiça por Marielle e Anderson. Que a delação de seu executor leve a polícia aos mandantes do crime", afirmou a parlamentar.
*Correio Brasiliense
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