Estudantes do CEEP ) Professor Francisco de Assis Pedrosa desenvolveram projeto do ‘cocanudo’ (Foto: Cedida) |
Loise Santos, Khyara Luanny e João Lucas Duarte são alunos do 3º ano do Ensino Médio do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Professor Francisco de Assis Pedrosa, uma das duas escolas públicas de Mossoró que tiveram projeto selecionado para o evento que reúne quase 300 trabalhos finalistas de originários de todas as regiões do Brasil. O grupo conta com a orientação da professora Kelvilâne Queiroz.
Loise Santos explica que a ideia do projeto “Canudo biodegradável à base de fibra da fibra de coco: cocanudo” surgiu após a percepção do grupo sobre a problemática recorrente do plástico no meio ambiente. “Em 2019 surgiu a ideia de fazer uma alternativa que fosse de baixo custo e acessível para o canudo”, conta.
A ideia ganhou reforço após a viralização do vídeo que mostra um canudo plástico sendo retirado do nariz de uma tartaruga. As questões eram como desenvolver o canudo e com que material?
A estudante conta que o grupo queria desenvolver uma alternativa que fosse nacional e com produtos disponíveis no Nordeste. Khyara percebeu a grande quantidade de cascas de coco verde descartada nas praias.
De acordo com Loise, 6,7 milhões de toneladas de casca de coco são descartadas por ano no mundo e o Brasil é quarto maior de coco verde, sendo o Nordeste o maior produtor do País. O grupo resolveu utilizar o resíduo orgânico para atenuar a problemática do resíduo plástico.
O ‘cocanudo’ é produzido a partir da casca do coco verde, gelatina sem sabor e vinagre. O produto dura, em média, 1 hora e 10 minutos em água ou refrigerante e se degrada em 17 dias, quando descartado no solo, em quatro dias em água torneiral e apenas quatro horas na água do mar. Um canudo de plástico demora centenas de anos para se decompor. Além disso, o cocanudo tem um custo inferior a R$ 0,26.
‘Cocanudo’ se decompõe em 17 dias, quando descartado no solo, e não causa prejuízos ao meio ambiente (Foto: Cedida) |
Agora o grupo estuda os efeitos do produto no solo, pois, segundo Loise, pelas pesquisas a fibra do coco tem potencial para nutrir o solo. Eles também estão pensando em uma versão vegana, produzida com gelatina de origem não-animal para contemplar todos os públicos.
Antes de participar da Feira Brasileira de Jovens Cientistas, o grupo ficou em primeiro lugar na Feira de Ciências do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Professor Francisco de Assis Pedrosa, participou da Feira de Ciências da 12ª Diretoria Regional de Educação e Cultura (12ª DIREC) e da Feira de Ciências do Semiárido Potiguar, promovida pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) e já pensa em participar de outros eventos.
Mais informações sobre o projeto estão disponíveis no link https://fbjc.com.br/mostraDetalhes.php?projeto=462.
Couro vegetal
Outro projeto de escola pública de Mossoró que participa da Feira Brasileira de Jovens Cientistas é o de ‘Reaproveitamento de resíduos de madeira na fabricação de bioplásticos, destinados à confecção do couro vegetal’, do estudante Lucas Gabriel Alves de Morais, da Escola Estadual Professor Hermógenes Nogueira da Costa, que já foi divulgado pelo Blog e que está detalhado no link link https://fbjc.com.br/mostraDetalhes.php?projeto=224.
Outro projeto, dessa vez da rede privada de Mossoró, também foi selecionado para o evento.
Acompanhe a FBJC
Os projetos selecionados para a Feira Brasileira de Jovens Cientistas concorrem em uma votação popular, cujo resultado será conhecido pela internet. A premiação será no domingo, 28, às 19h. Para acompanhar as informações sobre a o evento, valorizar as iniciativas dos jovens cientistas e votar em um dos projetos, a população pode acompanhar o evento online no site da Feira https://fbjc.com.br.
*Bruno Barreto/Passando na Hora
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