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11 junho 2022

De Fernando Bezerra a Rogério Marinho, a história do voto livre no Rio Grande do Norte

A declaração do ex-senador José Agripino Maia na CBN, sobre o chamado ‘voto de cabresto’, quando o eleitor, principalmente do interior, vota em quem o líder manda, reforça o que o Blog vem perguntando a um número cada vez maior de prefeitos no Rio Grande do Norte.

Quando pergunto a quem eles podem garantir uma eleição nos pleitos estaduais a resposta é rápida: “deputados federais e estaduais”.

Sobre os votos para senador, governador e presidente, a maioria dos prefeitos atesta que não tem domínio sobre o eleitorado.

Poucos acham que, estando bem avaliados podem contar com os eleitores de seus municípios.

Aí vem à lembrança a campanha de reeleição do ex-senador do Rio Grande do Norte, Fernando Bezerra.

Bezerra era senador, líder do governo Lula no Congresso, tinha força junto a municípios, mandou muuuuito dinheiro para prefeituras, deixou sua marca registrada em todas.

Na reta final da campanha, reuniu a imprensa em um almoço no restaurante Abade para anunciar o número de prefeitos que apoiavam seu projeto.

Eram mais de 150.

Fernando era ontem o que Rogério Marinho é hoje: o maior abridor de portas do poder em Brasília.

Fernando perdeu a eleição. A senadora eleita foi Rosalba Ciarlini, até então, prefeita de Mossoró por 3 mandatos.

Rogério tem mais de 100 prefeitos apoiando seu projeto de chegar ao Senado.

Tem ainda o apoio do presidente Jair Bolsonaro.

Já Carlos Eduardo não tem prefeitos e não é simpático à população.

Carlos diz ainda contar com a ‘alta popularidade’ que tinha em Natal e Parnamirim, herança de quando foi prefeito da capital por 4 mandatos, e tem o apoio da governadora Fátima Bezerra e do PT.

Porém, Fátima conhece a limitação de prefeitos que apoiam, ao mesmo tempo, sua reeleição e a eleição de Carlos para o Senado.

Fátima e Carlos terão, na maioria de municípios, que fazer sua própria campanha.

No caso de Rafael Motta, o deputado que disputará o Senado chega hoje a mais de 120 municípios, onde tem apoios aleatórios: ex-prefeitos, ex-vereadores, vereadores, presidentes de Câmara…tudo aquele apoiador que seguirá no boca a boca, sem estrutura de poder para lhe garantir nada além da simpatia.

Rafael tem apoio de alguns prefeitos também, mas infinitamente menos do que Rogério.

No Rio Grande do Norte a vaga de senador, levando em consideração a tese de que o voto majoritário é de decisão do povo, será decidida pelo povo.

E deverá ganhar quem tiver mais povo do que poder.

*FONTE: thaisagalvao.com.br

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