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20 outubro 2024

Lula embarca para a Rússia para participar da 16ª Cúpula do Brics

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca neste domingo 20 para a Rússia, onde participará da 16ª Cúpula do Brics, que ocorrerá em Kazan entre os dias 22 e 24 de outubro. Ele estará acompanhado por ministros e será recepcionado no dia 22 em um jantar oficial oferecido pelo presidente russo, Vladimir Putin.

Durante o evento, Lula pretende reforçar a necessidade de reformular o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), buscando o apoio da Rússia e da China para essa causa. Em seu discurso, o presidente defenderá que a ONU passe por uma reforma até 2025, ano em que a Carta das Nações Unidas completará 80 anos, argumentando que a estrutura da organização precisa refletir as atuais dinâmicas globais.

Lula defende que a reforma inclua a ampliação do número de países com poder de veto no Conselho de Segurança, que atualmente é limitado a cinco membros: França, Reino Unido, Estados Unidos, Rússia e China. O apoio de Rússia e China é considerado crucial para que o Brasil consiga se tornar um membro permanente desse conselho, embora ambos os países ainda não tenham se mostrado favoráveis a essa mudança.

Por outro lado, França e Estados Unidos já indicaram apoiar a inclusão do Brasil como membro permanente. Além do Brasil, Alemanha e Japão também têm reivindicado essa posição há anos, enquanto Índia e África do Sul somam-se a esse movimento.

Lula comentará sobre conflito Rússia X Ucrânia
Durante a viagem, Lula também pretende abordar a questão de um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia. Em maio, Brasil e China apresentaram uma proposta conjunta para a abertura de negociações, envolvendo ambos os governos russo e ucraniano.
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, e Vladimir Putin, presidente da Rússia. Fotos: President.gov.ua/Kremlin.ru
Tanto o Brasil quanto a China defendem que a Rússia deve ser incluída nas discussões para se alcançar uma solução pacífica para o conflito. Esse entendimento foi formalizado em uma reunião realizada em Pequim, onde Celso Amorim, chefe da assessoria de assuntos internacionais da Presidência brasileira, se encontrou com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi.

*Agora RN

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