Comentarista de política e economia da GloboNews |
Bolsonaro já tomou a decisão de trocar Maurício Valeixo, nome de confiança de Sergio Moro na diretoria-geral da PF. Ao ser comunicado pelo presidente, o ministro da Justiça avisou ao chefe que sua permanência ficaria insustentável – e devolveu a bola para Bolsonaro.
Diante do impasse, assessores palacianos entraram em campo na busca de um acordo entre os dois, para evitar uma saída do ministro da Justiça.
Se Bolsonaro topar essa "operação", um dos nomes que Moro pode indicar para substituir Valeixo é o do diretor do Departamento Penitenciário Nacional, o delegado da PF Fabiano Bordignon.
Essa solução respeitaria a decisão de Bolsonaro de trocar Valeixo, evitando que o presidente saísse da disputa desautorizado. Ao mesmo tempo, o novo diretor-geral seguiria tendo a confiança de Moro, mantendo o atual ministro no cargo.
A sugestão não conta com o apoio de um grupo de aliados do presidente, que defende a indicação de um nome da confiança de Bolsonaro. A ideia, neste caso, seria ter um controle maior sobre as investigações em curso na Polícia Federal.
Algumas dessas investigações têm como suspeitos esses mesmos aliados do presidente, além de familiares de Bolsonaro. Além disso, há agora um novo inquérito para investigar quem organizou e financiou os atos antidemocráticos ocorridos no último domingo (19). A apuração, já autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, também incomoda defensores do presidente que estão por trás destas manifestações de rua.
*Por Valdo Cruz
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