Homem que agrediu motoentregador é professor do IFRN; Instituto diz que vai apurar caso

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) se pronunciou, por meio de nota, nesta segunda-feira (17) após o caso do professor da instituição agredir um motoentregador em Natal. O IFRN informou que vai apurar o caso, que aconteceu na tarde do último sábado (15) na frente do condomínio onde o professor mora, na Avenida Lima e Silva, em Lagoa Nova, Zona Sul da capital.

“Internamente, o caso será analisado pela Comissão de Ética, considerando que, conforme o Código de Ética do Servidor Público Federal, a conduta do servidor público, mesmo fora do exercício do cargo, integra-se à sua vida funcional”, diz a nota do IFRN.

Imagens que viralizaram nas redes sociais mostram Victor Anderson Veríssimo de Oliveira, aluno de uma academia de jiu-jitsu, agredindo o motoentregador Jonny Davis Barbosa do Nascimento. No vídeo, o lutador aplica um golpe conhecido como mata-leão e imobiliza o entregador, após uma discussão sobre uma entrega.

Ainda segundo a IFRN, os atos na vida privada podem impactar na reputação profissional, uma vez que ‘a função pública se integra na vida particular de cada servidor público’.
O que aconteceu

Em entrevista ao Via Certa Natal no sábado, o motoentregador disse que aceitou uma corrida para buscar e entregar uma encomenda. Porém, ao chegar ao local informado, o homem teria identificado que a mercadoria era pesada e não caberia na bolsa de trabalho.

Com isso, o entregador disse que não faria a entrega, devido à mercadoria ser pesada, e falou para o rapaz cancelar a corrida. Neste momento, os dois começaram a discutir, o que resultou na agressão física filmada.

Após a agressão, dezenas de motociclistas foram para a frente do prédio e fizeram um protesto. Parte dos envolvidos na manifestação derrubou o portão do condomínio.

Veja a nota completa
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte esclarece que está acompanhando os fatos envolvendo servidor da instituição, ocorrido no sábado (15).

Internamente, o caso será analisado pela Comissão de Ética, considerando que, conforme o Código de Ética do Servidor Público Federal, a conduta do servidor público, mesmo fora do exercício do cargo, integra-se à sua vida funcional. De acordo com o inciso VI das regras deontológicas, os atos verificados na vida privada podem impactar sua reputação profissional, uma vez que ‘a função pública se integra na vida particular de cada servidor público’.”

O IFRN reafirma que atos isolados não representam os valores institucionais. Nossa missão educacional está fundamentada no respeito à diversidade, na cultura de paz e na defesa dos direitos humanos. Mantemos nosso compromisso inabalável com a oferta de educação pública, gratuita, socialmente referenciada e de qualidade.