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19 outubro 2025

Sobretaxa dos EUA ameaça liderança do Brasil no mercado global de café

O alerta é do diretor executivo do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos - Foto: Reprodução

A tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos importados do Brasil ameaça a posição do país como principal fornecedor de café ao maior mercado consumidor do mundo. O alerta é do diretor executivo do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos, que teme a substituição do Brasil por concorrentes como México, Honduras e Colômbia.

Segundo Matos, a sobretaxa já reduziu as exportações brasileiras para os EUA, que caíram 52,8% em setembro, totalizando 332.831 sacas. Com isso, o país deixou de ser o principal destino do café brasileiro e foi ultrapassado pela Alemanha. “Há um prejuízo enorme com postergação, suspensão e cancelamento de contratos”, afirmou.

De janeiro a setembro, o Brasil exportou 29,1 milhões de sacas, queda de 20,5% em relação a 2024, embora a receita tenha crescido 30%, chegando a US$ 11 bilhões. Parte da produção foi redirecionada a mercados europeus, árabes e asiáticos.

O setor defende que o café seja incluído na lista de exceções ao tarifaço e vê com otimismo a reabertura do diálogo entre os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. Para o Cecafé, o aumento do preço do café nos EUA — o maior desde 1997 — e o fim dos estoques locais podem pressionar pela isenção da tarifa.

Mesmo com o impacto das sobretaxas, o Brasil segue buscando diversificar destinos, com destaque para a China e a Austrália, enquanto os preços internacionais do grão devem permanecer elevados até o fim do ano.

*Gláucia Lima 

PRF prende 83 pessoas por crimes contra mulheres durante a Operação Alerta Lilás

Foto: PRF/Divulgação
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu 83 pessoas entre os dias 3 e 10 de outubro deste ano, em todas as regiões do país, por crimes cometidos contra mulheres. As detenções ocorreram no âmbito da Operação Alerta Lilás, realizada em alusão ao Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher, celebrado em 10 de outubro.

Essa foi a primeira operação nacional da PRF voltada exclusivamente ao enfrentamento da violência de gênero nas rodovias federais. As prisões foram efetuadas em cumprimento de mandados judiciais contra condenados por crimes como feminicídio, estupro, agressão e tentativa de homicídio, entre outros.

Durante a apresentação do balanço da operação, nesta segunda-feira (13), o diretor-geral da PRF, Antonio Fernando Oliveira, destacou a importância da iniciativa.

“Os crimes contra as mulheres devem ser combatidos, sim, de forma prioritária porque é alguém mais vulnerável, com mais dificuldade de defesa, sendo atacada por alguém que deveria protegê-la. Para nós, da PRF, é algo verdadeiramente reprovável, que precisa ter atenção na repressão desses crimes”, disse.