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05 novembro 2025

No Banco dos Réus: TJP julga acusado de tentar matar dois colegas de trabalho em Mossoró

O Tribunal do Júri Popular de Mossoró retomou, nesta quarta-feira (5), as sessões de julgamento no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins. O primeiro a ser julgado é José Jordão Martins Oliveira Veras, de 33 anos, acusado de tentar matar a tiros o colega de trabalho Thiago Nascimento Nunes, no dia 13 de agosto de 2024.

O crime ocorreu na BR-304, nas proximidades do Açaí Atacarejo, em Mossoró. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), José Jordão, movido por ciúmes, teria atacado Thiago por ele estar se relacionando com sua ex-mulher. A vítima estava em uma Fiat Strada junto com o colega Bruno Felipe Barbosa Oliveira Silva, quando foi surpreendida por disparos efetuados pelo acusado, que pilotava uma motocicleta Bros.

O ataque foi filmado por um popular, e as imagens integram o processo. A moto usada no crime pertencia ao pai do réu e já havia sido vista na empresa onde todos trabalhavam. Jordão foi reconhecido pelas vítimas e preso posteriormente com a arma do crime.

O julgamento, presidido pelo juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, teve início às 9h, com o sorteio dos sete jurados. Entre as testemunhas estão a ex-mulher do réu, Thiago Nunes e Bruno Felipe. A acusação é conduzida pelo promotor Ítalo Moreira Martins, enquanto a defesa está a cargo do advogado Francisco Simone Araújo Dantas.

Após os depoimentos e debates entre acusação e defesa, os jurados serão reunidos em sala secreta para decidir pela condenação ou absolvição de José Jordão. O julgamento deve se encerrar por volta das 16h desta quarta-feira.

*Fim da Linha 

APODI/RN: [VÍDEO] MOTOCICLISTA COLIDE COM VACA E ESCAPA POR POUCO DE NOVO ATROPELAMENTO NA BR-405

🚨ACIDENTE: Um grave acidente foi registrado na BR-405, próximo à entrada da Barragem de Santa Cruz, na zona rural de Apodi, envolvendo uma motocicleta e, aparentemente, um animal de grande porte (vaca).

O incidente chocou motoristas que passavam pelo local durante a noite. O vídeo gravado por um condutor mostra a motocicleta caída na pista, junto com o corpo de uma mulher (a motociclista) e o animal, ambos imóveis.

Risco Iminente: As imagens capturam o momento de extremo perigo quando um veículo que se aproxima, em sentido contrário, passa por cima do animal e de partes da motocicleta acidentada.

Segundo o relato, por uma fração de segundos, "por pouco outro veículo não pegou a mulher que estava acidentada". A vítima estava caída na via, aumentando o risco de um segundo atropelamento.

O vídeo exibe o motorista que registra o fato alertando para a situação crítica, exclamando: "Meu Deus do céu, ó! O carro pulou! Meu Deus do céu, velho, ó! Acabou de matar a vaca, quer dizer, a vaca já estava morta, ó!"

Ainda não há informações oficiais sobre o estado de saúde da motociclista e se a vítima fatal no local era a mulher acidentada ou apenas o animal. A presença do animal na pista, especialmente em um trecho de baixa luminosidade, reforça o alerta para os perigos de animais soltos nas rodovias da região.

Vídeo:

*GRUPO CIDADÃO 190

Em 12 anos, quase metade dos jovens do Bolsa Família deixou o Cadastro Único, revela pesquisa

Um estudo que acompanhou a trajetória de 15,5 milhões de jovens beneficiários do Bolsa Família revela que quase metade (48,9%) deixou completamente o Cadastro Único até 2024. A pesquisa “Determinantes da Saída do Cadastro Único: Evidências Longitudinais a partir dos beneficiários do Bolsa Família em 2012”, do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (Imds), acompanhou os jovens durante 12 anos e identificou os fatores que determinaram a permanência ou saída da rede de proteção social.

A pesquisa analisou pessoas que, em dezembro de 2012, tinham entre 7 e 16 anos e estavam registradas como dependentes na folha de pagamento do Programa Bolsa Família. O estudo escolheu 2012 por representar um momento de estabilidade institucional do programa e por ser o primeiro ano com microdados detalhados do Cadastro Único sistematicamente disponíveis.

Após 12 anos de acompanhamento, 48,9% dos jovens, o equivalente a 7,6 milhões de pessoas, saíram completamente do Cadastro Único. Outros 17,6%, cerca de 2,7 milhões de jovens, saíram do Bolsa Família e permaneceram apenas no Cadastro Único, sugerindo melhora relativa de renda, mas mantendo-os ligados à rede de proteção social.

A pesquisa registrou a permanência no programa em 33,5% da coorte, aproximadamente 5,2 milhões de pessoas, o que sinaliza a persistência de condições de vulnerabilidade.

Perfil inicial marcado por vulnerabilidade

Em 2012, o grupo da pesquisa era predominantemente composto por jovens pardos e pretos, que totalizavam 73,4% do total. Embora 96% frequentassem a escola, 27,4% estavam em defasagem idade-série. Uma parcela expressiva das famílias vivia em condições domiciliares precárias, 14,3% moravam em casas com materiais frágeis e menos da metade, 40,4%, possuía ligação à rede coletora de esgoto.

A análise revelou seletividade no desligamento do Bolsa Família com jovens que apresentavam melhores condições iniciais em 2012, tendo maior probabilidade de não serem encontrados no Cadastro Único em 2024. O sexo masculino foi o fator individual mais robusto, aumentando significativamente a chance de saída. Jovens alfabetizados em 2012 tiveram maior probabilidade de desvinculação, assim como aqueles que trabalhavam precocemente.

Segundo o estudo, as condições familiares também influenciaram a trajetória dos jovens. Responsáveis com maior escolaridade, especialmente aqueles com ensino médio completo ou superior, aumentaram a probabilidade de desligamento. A inserção em empregos formais também esteve associada à saída do programa, assim como a situação de famílias com renda per capita superior a R$ 140,00 em 2012.

Em contrapartida, fatores de vulnerabilidade estiveram associados à permanência na rede de proteção social. Jovens pretos e pardos apresentaram menor probabilidade de saída em comparação com jovens brancos. A permanência também esteve relacionada a condições precárias de moradia.

O tempo de permanência da família no Bolsa Família até 2012 influenciou diretamente o resultado em 2024. Famílias com curta exposição ao programa, de até dois anos, tiveram a maior probabilidade de desligamento.

O estudo demonstra que a trajetória dos jovens foi influenciada pela combinação de características individuais, familiares e contextuais. A permanência no Bolsa Família esteve ligada a situações de maior vulnerabilidade. Já a saída completa do Cadastro Único sugere trajetórias de mobilidade socioeconômica, geralmente favorecidas por maior capital humano inicial e melhores condições econômicas familiares.

*Assessoria de Comunicação – MDS