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21 dezembro 2022

FCDL RN afirma que reajuste do ICMS dificulta o desenvolvimento econômico do RN

Lamentavelmente o projeto de lei de autoria do executivo estadual que aumenta a alíquota modal do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) como medida de reequilíbrio fiscal e das contas públicas foi aprovado na assembleia legislativa com 12 votos a favor e 11 contra.

O resultado preocupa os empresários que veem como reflexo da medida o aumento de preço dos produtos, alta da inflação e encolhimento do poder de compra do consumidor.

O projeto aprovado hoje teve duas emendas impositivas encartadas. A primeira estabelece o aumento da alíquota de 18% para 20% pelo período de abril a dezembro de 2023. A segunda, determina que caso o Governo Federal efetue a reposição das perdas ocorridas em função das perdas incidentes sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações , o projeto fica inócuo. Resta agora à classe empresarial e aos contribuintes em geral, torcer para que o governo federal realize o pagamento das reposições, para que não seja a população mais uma vez penalizada a pagar impostos .

A Federação das Câmara de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Norte, entidade que congrega 36 CDLs no RN, classifica a decisão do aumento como incompatível para um Estado que precisa crescer e desenvolver a economia. Reforça ainda que não existe perda de arrecadação do ICMS no RN. Baseado em dados da próprio SET/RN , ficou comprovado que durante o ano de 2022, mesmo com a redução do ICMS dos combustíveis, o aumento de arrecadação deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado ,até novembro, é de crescimento de 6,1% e não perda. Portanto, não há justificativa real para esse aumento.

Afrânio Miranda

Presidente da FCDL RN

16 junho 2022

Governadores, reunidos em Natal, criticam redução do ICMS sobre combustíveis

Governadora Fátima Bezerra recepcionou os governadores do Nordeste
A redução das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o aumento dos casos de Covid-19 foram as principais preocupações dos governadores nordestinos na reunião do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, realizada nesta quinta-feira (16) no Hotel Barreira Roxa, em Natal.

Pela estimativa dos governadores, a mudança no ICMS conforme o Projeto de Lei Complementar 18/2022 aprovado no Congresso, vai provocar perda de arrecadação de R$ 17,2 bilhões nos nove estados da região. No Rio Grande do Norte essa perda será R$ 1,2 bilhão, com prejuízos para a Saúde, Educação e municípios e impacta também os programas de combate à pobreza. O ICMS é a principal fonte de financiamento das políticas públicas nos Estados.

"Os governadores e governadoras do Nordeste, reunidos em Natal, por ocasião da realização da 1ª Feira Nordestina de Agricultura Familiar e Economia Solidária, denunciam o grave risco ao arranjo federativo brasileiro e à consecução das políticas públicas por parte dos governos estaduais gerado pela proposta do PLC 18/2022 que fixa a alíquota de ICMS sobre combustíveis, telecomunicações, energia em 17%", diz um trecho da "Carta de Natal", divulgada ao final do encontro.

"Em nosso entendimento, a questão do ICMS é um processo que precisa ser discutido com os Estados, mas infelizmente não aconteceu. Isso fere direitos básicos da Federação, vai provocar perdas financeiras enormes e não resolve o problema do aumento de preço dos combustíveis", disse o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, presidente do Consórcio Nordeste. "A verdadeira causa da explosão de preços dos combustíveis é a política da Petrobras indexada ao dólar. O presidente da República deveria ter a coragem e a determinação de fazer a mudança na raiz do problema", reforçou a governadora Fátima Bezerra.

Assessorados pela presidenta da Fiocruz, Nísia Trindade, e por Sérgio Rezende, coordenador do Comitê Científico de Combate ao Covid-19, os governadores reforçaram a importância da vacinação, do uso de máscaras e demais medidas de redução da propagação do vírus. "É necessário ampliar a convocação e reforçar a busca ativa para que as pessoas que ainda não completaram o esquema vacinal o façam o quanto antes", defendeu Fátima, ao cobrar do governo federal o lançamento de uma campanha de vacinação. Está comprovado que a vacina salva."

Os governadores também demonstraram preocupação com o aumento da miséria, que colocou o Brasil novamente no Mapa da Fome e apontaram a Agricultura Familiar como uma das alternativas para levar comida à mesa dos brasileiros. "Temos de ter políticas públicas que cheguem na ponta e discussões como a que estão sendo feitas hoje nesta reunião (do Consórcio) no Rio Grande do Norte são importantes para isso", enfatizou Paulo Câmara.

Participam da reunião os governadores Fátima Bezerra (RN), Paulo Câmara (PE), João Azevedo (PB), Regina Sousa (PI), Paulo Velten (interino- Maranhão) e Eliane Aquino (vice-Sergipe); Antenor Roberto, (vice-governador do RN) e os senadores Jean-Paul Prates (RN) e Humberto Costa (PE); Carlos Gabas, secretário executivo do Consórcio Nordeste; Décio Padilha, presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz); Sérgio Rezende, coordenador do Comitê Científico.

LEIA A CARTA NATAL

Os governadores e governadoras do Nordeste, reunidos em Natal, por ocasião da realização da 1ª. Feira Nordestina de Agricultura Familiar e Economia Solidária, denunciam o grave risco ao arranjo federativo brasileiro e à consecução das políticas públicas por parte dos governos estaduais gerado pelo PLC 18/2022, recém aprovado, que reduz a arrecadação de ICMS sobre combustíveis, telecomunicações e energia.

Tal medida é ineficaz e revela a preocupação de manter os altos lucros da Petrobras e o rendimento de seus acionistas, permitindo assim, a continuidade do sucateamento dos ativos de refino. É importante dizer que a principal responsável pelos preços dos combustíveis é a atual política de paridade de preços de importação, sobre a qual nenhum governador tem capacidade de intervenção.

Se sancionado, haverá prejuízo imediato, para o Nordeste, de R$ 17,2 bilhões, afetando, principalmente, saúde, educação, cultura, segurança pública e assistência social. Com a participação da presidenta da FIOCRUZ Nísia Trindade e de Sérgio Rezende, coordenador do Comitê Científico de Combate ao Covid-19, governadoras e governadores reforçaram a importância da vacinação, do uso de máscaras e demais medidas de redução da propagação do vírus.

Alertaram ainda para a queda na imunização de outras doenças, o que reforça a importância dos estados do Nordeste se alinharem em amplas campanhas de conscientização a respeito da importância das vacinas e seu papel na proteção individual e coletiva. Pelo Brasil e pelo Nordeste, seguimos juntos
.

Paulo Câmara

Presidente Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste

*Fonte: Blog do César Santos