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Shutterstock/Martin Prochazkacz
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Não se trata de propagar o pânico. Entretanto, análise de risco, a
partir de fontes científicas, admite a possibilidade remota de um
“tsunami” atingir o nordeste do Brasil, e, particularmente, o Rio Grande
do Norte.
Na última sexta feira, 18, verificou-se tremor de magnitude 6.9 na
“escala Richter”, nas proximidades do arquipélago São Pedro e São Paulo,
que significa risco de destruição num raio de até 100 quilômetros. A
confirmação foi do Laboratório Sismológico da UFRN (LabSis/UFRN).
Registrou-se o epicentro a aproximadamente 816 km a nordeste
de Fernando de Noronha, 1.184 km a nordeste de São Miguel do Gostoso
(RN), 1.193 km a nordeste de Natal, 1.338 km a norte-nordeste de Recife e
1.405 km a nordeste de Fortaleza.
Eventos desse tipo podem eventualmente originar “tsunami”, desde que
alcancem a magnitude entre 7 e 7.9 graus e o movimento na falha
geológica seja do tipo reverso, o que causaria levantamento, ou
afundamento brusco do soalho oceânico. São propícios à destruição de
edifícios, produzem fendas e danificação de toda tubulação contidas no
subsolo.
Além de 8 graus, os eventos destroem pontes e construções existentes.
Hipoteticamente, se houvesse um terremoto de 12 graus, a terra seria
partida ao meio.
A magnitude de tais fenômenos é medida pela “escala Richter”, que expressa as consequências de cada terremoto, ou tsunami.
O Rio Grande do Norte é o estado mais exposto, por localizar-se em
seu território a maior falha geológica do Brasil, que tem extensão de 38
km por 4 km de largura e corta os municípios de Parazinho, João Câmara,
Poço Branco e Bento Fernandes, com profundidade de 9 km. Essa falha
denominada de “Samambaia” é a ruptura de blocos de rochas, que acumulam
energia e podem liberar essa energia, causando terremotos e até
“tsunamis”.
Um dos eventos sísmicos de maior proporção no Brasil teve a
denominação do “sismo de João Câmara”, ocorrido no Rio Grande do Norte e
consistiu numa série de abalos, no ano de 1986. O terremoto principal
foi no dia 30 de novembro, com magnitude de 5.1, seguido por milhares de
réplicas. Um dos tremores alcançou a cidade de Natal, no grau 4.3 na
Escala Richter.
Recentemente, no final de agosto, pessoas saíram às ruas em Amargosa,
no estado da Bahia ”, face as notícias de casas abaladas e rachadura
vertical na Igreja de um distrito. De acordo com o Serviço Geológico dos
Estados Unidos confirmou-se tremor de terra, que alcançou 4.6 na escala
Richter, tendo sido o maior abalo sísmico no Estado, tanto pela
magnitude, como em extensão, cerca de 400 km² de raio, atingindo parte
do Recôncavo.
No mesmo horário da Bahia, a terra balançou na região de Pedra Preta, no RN (magnitude 2.2).
Os fatos demonstram os riscos existentes no RN e na BH. Cabe aos
governos não descuidarem do trabalho de conscientização. É o único meio
capaz de evitar desastres de grandes proporções, já várias vezes
pré-anunciados.
*Fonte: blogdoneylopes.com.br