Outro médico vítima da Covid-19 no RN. É o quinto a morrer nessa cruzada contra a pandemia. Dessa feita, Samir Assi João, 62, como se reporta o médico, professor e escritor Francisco Edilson Leite Pinto Júnior, que posta crônica sobre o óbito e sua relação de amizade com ele. Veja abaixo:
“O destino pronunciou sua sentença e contra essa sentença não há apelação”… Acabo (domingo, 28) de perder um amigo, o professor Samir Assi João.
Em 1993, entramos na Universidade Federal do RN (UFRN) no mesmo concurso para professor do Departamento de Cirurgia. Demos muitos plantões juntos no Hospital Walfredo Gurgel, operamos muitos pacientes juntos…
Mas, o último encontro foi dentro de uma sala de aula, o nosso templo sagrado. Para mim, foi um dia inesquecível: eu como professor e ele como aluno… Na verdade, nesse dia, aprendi mais do que ensinei. Pois era sempre assim a nossa amizade.
Samir era um daqueles amigos, que mesmo à distância estava sempre por perto. Sua gratidão e lealdade eram inigualáveis. Samir era 100% coração. Não sei o que dizer, mas um coisa é certa: estou menor hoje. E muito triste.
No entanto, aprendi com Guimarães Rosa:”Deus nos dá pessoas e coisas, para aprendermos a alegria…Depois, retoma coisas e pessoas para ver se somos capazes da alegria sozinhos…Essa… a alegria que ele quer”…
Vá em paz, meu amigo. A saudade, que é o amor que fica, vai ser grande demais…
*Carlos Santos
“O destino pronunciou sua sentença e contra essa sentença não há apelação”… Acabo (domingo, 28) de perder um amigo, o professor Samir Assi João.
Em 1993, entramos na Universidade Federal do RN (UFRN) no mesmo concurso para professor do Departamento de Cirurgia. Demos muitos plantões juntos no Hospital Walfredo Gurgel, operamos muitos pacientes juntos…
Mas, o último encontro foi dentro de uma sala de aula, o nosso templo sagrado. Para mim, foi um dia inesquecível: eu como professor e ele como aluno… Na verdade, nesse dia, aprendi mais do que ensinei. Pois era sempre assim a nossa amizade.
Samir era um daqueles amigos, que mesmo à distância estava sempre por perto. Sua gratidão e lealdade eram inigualáveis. Samir era 100% coração. Não sei o que dizer, mas um coisa é certa: estou menor hoje. E muito triste.
No entanto, aprendi com Guimarães Rosa:”Deus nos dá pessoas e coisas, para aprendermos a alegria…Depois, retoma coisas e pessoas para ver se somos capazes da alegria sozinhos…Essa… a alegria que ele quer”…
Vá em paz, meu amigo. A saudade, que é o amor que fica, vai ser grande demais…
*Carlos Santos