A história é seguinte: alguns alunos não conseguem pagar as mensalidades nesta instituição que custam em média R$ 12 mil/mês. Então um agenciador oferece um diploma com garantia de reconhecimento pelo Conselho Regional de Medicina de Sergipe (CREMESE). No entanto, o diploma é fornecido pela Universidade de Taubaté (Unitau).
O aluno larga o curso na instituição privada de Mossoró no meio da graduação e afirma que está indo concluir em Taubaté, mas na verdade se muda para Aracaju onde vai “dar um tempo” para voltar como “médico”.
O Blog do Barreto teve acesso com exclusividade ao inquérito policial envolvendo o mossoroense C. J. da C. A., que requereu ao CREMESE a autorização para clinicar (o CRM) usando um diploma da Unitau.
Cristiano tinha cursado até o quinto período em Mossoró e assumiu que estava portando documentos falsos para tirar o CRM. Ele disse ter conseguido o diploma com uma pessoa identificada como “Jonatan”, mas se recusou a dar informações básicas como contato telefônico, o que dificultou o trabalho da Polícia Federal.
O inquérito concluído no último dia 27 de junho apontou indiciamento de C. com base no artigo 304 do Código Penal, na forma do § 6º do artigo 2º da Lei 12.830/13.
A Polícia Federal entendeu que o mossoroense apresentou uma versão fantasiosa sobre a história além de assumir que tentou exercer a medicina por meio de um diploma falso.
Extraoficial
O que o Blog do Barreto apurou para além do relatório é que o custo do diploma gira em torno de R$ 400 mil. Quem topa paga R$ 10 mil de entrada e o restante parcelado a partir do momento em que consegue um emprego como médico, o que é 100% garantido quando se recebe o CRM.
Para quem decide praticar o crime há uma sensação de que compensa exercer a medicina sem o devido preparo porque começa a ter ganhos imediatos em vez de ficar mais três ou quatro anos pagando mensalidades.
*Blog do Barreto