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07 março 2025

MOSSORÓ/RN: POETA ZÉ LIMA LUTA PELA VIDA EM UTI DO TARCÍSIO MAIA

Artista encontra-se intubado em face de complicações cardíacas e pulmonares
Zé Lima poeta, cantor, compositor, e dono de uma voz inconfundível, encontra se internado numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) em Mossoró. Informações de familiares dão conta de que o poeta está com o quadro de saúde bastante debilitado. Zé se encontra intubado por causa de complicações cardíacas e pulmonares.

Natural de Santana do Matos, onde viveu até os 15 anos de idade, Zé Lima está em Mossoró desde então. Atualmente, apresenta o programa Coisas do Sertão, na TV Cabo Mossoró (TCM).

O poeta tem vários cordéis publicados e um livro pronto “Viola, versos e repentes”. Zé Lima já ganhou vários festivais de música além de vários títulos de A Mais Bela Voz de Mossoró e região.

Os familiares amigos pedem orações nesse momento delicado da vida do poeta Zé Lima.

*Portal Na Boca da Noite

30 dezembro 2024

Brasil avança nas ações de cidadania e diversidade cultural

Considerada uma das mais importantes políticas de valorização da diversidade cultural do país, a Cultura Viva completou 20 anos em julho de 2024. Esse marco foi celebrado com o maior investimento da história, a repactuação com a sociedade civil e os gestores públicos, além da ampliação do Cadastro Nacional de Pontos e Pontões de Cultura.

Entre 1º de janeiro e 8 de dezembro, o Ministério da Cultura (MinC) certificou, por meio da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC), 2.646 coletivos e entidades culturais, em 1.600 municípios. Foi o maior número de reconhecimentos em toda a trajetória da Política Nacional de Cultura Viva (PNCV), que passou a contar com mais de sete mil Pontos e Pontões de Cultura registrados. O cadastro, que está em processo de atualização e qualificação dos dados, permite aos grupos culturais o acesso aos recursos destinados à Cultura Viva.

Ampliação

A ampliação da rede resultou principalmente das ações de fomento direto do MinC e da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), que garantiu pela primeira vez um piso de investimento aos Pontos e Pontões de Cultura. O valor mínimo destinado da PNAB à PNCV era de R$ 388 milhões, com a vinculação de 396 municípios, mas pode ter alcançado R$ 450 milhões em 1.424 municípios, além das 27 Unidades da Federação.

Também foi fundamental para esse crescimento da rede a recomposição da Comissão de Certificação paritária entre o Poder Público e a Sociedade Civil e a nomeação inédita da Comissão de Gestão do Cadastro, responsável pela qualificação dos dados.
Foto: Filipe Araújo/ MinC

Para ativar, mapear e fazer o diagnóstico das redes territoriais e temáticas da Cultura Viva, foram firmadas neste ano parcerias com 42 Pontões de Cultura selecionados em edital, envolvendo 270 Pontos de Cultura em comitês gestores e a formação de 570 Agentes Cultura Viva (jovens de 18 a 24 anos). O total investido foi R$ 28 milhões.

Em 2024, o MinC deu continuidade à execução dos editais Sérgio Mamberti e Construção Nacional Hip-Hop, que somaram R$ 39 milhões para premiar 1.442 iniciativas culturais, incluindo coletivos sem CNPJ, entidades com CNPJ, pessoas físicas, mestras e mestres.. Além da premiação, os editais possibilitaram o mapeamento e a certificação como Pontos de Cultura das candidaturas selecionadas como instituições com CNPJ ou grupos/coletivos.
Confira retrospectiva de ações do Governo Federal em 2024 e seus resultados para o Brasil

No âmbito da PNCV, foi lançado em setembro deste ano o Edital de Patrocínio sob a Forma de Apoio Cultural às Rádios Comunitárias, em parceria com Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR). Com 446 veículos habilitados, essa iniciativa marcou uma ação inédita para fortalecer a participação das rádios comunitárias na PNCV.

Já o edital Prêmio Retomada Diversidade Cultural Rio Grande do Sul garantiu o apoio financeiro de R$ 30 mil a todos os Pontos de Cultura, Pontos de Memória, Pontos de Leitura, Escolas Livres, bibliotecas comunitárias e comunidades quilombola atingidos pelas enchentes, que devastaram o estado no começo deste ano.
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Foto: Filipe Araújo/ MinC
Celebração

Ponteiros/as de cultura, gestores e gestoras públicas e pesquisadores e pesquisadoras se reuniram em Salvador para comemorar e refletir sobre as duas décadas da Cultura Viva, de 3 a 6 de julho, no encontro organizado pelo MinC em parceria com o Consórcio Universitário formado pelas Universidades Federais da Bahia (UFBA), do Paraná (UFPR) e Fluminense (UFF). O mês de aniversário dessa política foi marcado ainda por mais de 800 atividades organizadas pela própria rede, a partir do convite feito pelo MinC e a Comissão Nacional dos Pontos de Cultura (CNPdC).

A celebração das políticas culturais de base comunitária ultrapassou as fronteiras do Brasil. Isso porque o IberCultura Viva – programa de cooperação internacional criado a partir da experiência brasileira com a Cultura Viva – completou 10 anos em 2024. Hoje, 13 países da região ibero-americana integram essa iniciativa, que está sob a presidência do Ministério da Cultura no período de 2024 a 2026. Para marcar a data, foi realizado em Brasília o seminário comemorativo dos 10 anos do Ibercultura, entre 27 e 29 novembro.
Foto: Luciele Oliveira/ MinC
Culturas Populares

O Ministério da Cultura deu neste ano um passo significativo para a elaboração e implementação da Política Nacional para as Culturas Tradicionais e Populares. Foi instituído o Grupo de Trabalho (GT) responsável por produzir os subsídios dessa política, que é coordenado pela Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural e composto pelo Sistema MinC, além de ter como convidados representantes de outros órgãos, entidades públicas e privadas, especialistas no tema, mestras e mestres, grupos, coletivos e instituições ligadas às culturas tradicionais e populares.

A construção da Política Nacional foi amplamente debatida na 4ª Conferência Nacional de Cultura (4ª CNC), em março deste ano. A instituição do GT também envolveu o diálogo com a sociedade civil, por meio da realização em formato virtual de cinco Escutatórias Culturais pelo Brasil.

Entre as ações já realizadas pelo MinC, destaca-se ainda a inclusão da categoria Culturas Populares e Tradicionais na plataforma de cadastro e acompanhamento dos projetos culturais financiados com recursos da Lei Rouanet, o Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic).

Outra ação com grande impacto foi o Acordo de Cooperação Técnica assinado, no último dia 4 de dezembro, entre os ministérios da Cultura e da Educação. A parceria prevê a inserção de saberes tradicionais dos mestres e mestras nas escolas e a implementação de Planos de Cultura nas universidades federais.
Foto: Filipe Araújo/ MinC
Diversidade

O Ministério da Cultura atua no desenvolvimento de planos setoriais e políticas públicas para os grupos que compõem a diversidade cultural, como povos indígenas, população LGBTQIA+, juventude, pessoas com deficiência, mulheres, pessoas idosas, crianças e adolescentes. As parcerias com outros ministérios e a sociedade civil têm fortalecido a promoção dos direitos culturais desses segmentos.

O MinC integra diversos conselhos de direitos, potencializando esses espaços de diálogo sobre políticas públicas, e participou de Conferências Temáticas, como a de Acessibilidade Cultural e de Cultura Infância no início deste ano para debater propostas para a 4ª Conferência Nacional de Cultura (4ª CNC).

Nas articulações interministeriais, assinou neste mês com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania um protocolo de intenções para integrar marcos legais, conceitos, programas e políticas públicas entre as duas pastas. Também foi pactuado, em agosto deste ano, o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Ministério da Saúde, que prevê a criação do Memorial da Pandemia da Covid-19 e outras ações conjuntas, considerando que a cultura é um determinante social da saúde, ou seja, tem impactos no bem-estar da população. Em ambos os casos, a Rede de Pontos de Cultura poderá contribuir com a integração de ações.
Foto: Filipe Araújo/ MinC
Culturas Indígenas

No campo das culturas indígenas, o MinC tem ampliado o dialogado sobre o acesso aos recursos federais e às políticas públicas culturais. Em abril, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, realizou uma roda de conversa, no Memorial dos Povos Indígenas, com lideranças que estavam em Brasília, participando do Acampamento Terra Livre. Em julho, o ministério organizou o 1º Circuito de Culturas Indígenas, na Chapada dos Veadeiros. Também foi parceiro na realização da cerimônia oficial de recondução do Manto Tupinambá ao Brasil, em setembro, no Museu Nacional do Rio de Janeiro. Destaca-se ainda o início das atividades, em 2024, do Pontão de Culturas Indígenas e Mãe Terra, que tem como entidade proponente a Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge, em Alto Paraíso/GO.
Foto: Filipe Araújo/ MinC
Hip-Hop

O MinC tem desenvolvido ações para valorização da cultura Hip-Hop no Brasil como parte do seu compromisso em apoiar as expressões culturais que nascem nas periferias e nas comunidades tradicionais. Além do Edital de Premiação, destaca-se a realização do I Seminário Internacional Construção Nacional Hip-Hop, em Brasília, nos dias 29 e 30 de novembro. O evento reuniu artistas, educadores, pesquisadores e representantes governamentais para analisar o impacto dessa cultura Hip-Hop no país e discutir o desenvolvimento de políticas inclusivas e participativas voltadas às periferias brasileiras.


*Gláucia Lima

25 dezembro 2024

Escolas Livres finalizam o ano de 2024 com formações e vivências artísticas e culturais em todo o país

Projetos de valorização das culturais populares, cursos de iniciação musical, oficinas de ballet para crianças e adolescentes, formações em artes circenses, estudos teóricos e práticos em instrumentos de filarmônica , lançamento de livros produzidos por jovens indígenas, ensaios da dança maculelê e rodas de capoeira, oficinas de audiovisual com estudantes de escolas públicas, projetos de teatro com atores a típicos (PCDs e Neurodivergentes ) e análises sobre a criação artística d a cena funk.

Com essa miscelânia de a tividades formativas espalhadas p or todo o Brasil, a Rede Nacional de Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura, realização da Secretaria de Formação, Livro e Leitura ( Sefli ) , finaliza o ano de 2024 com propostas que revelam a potência da política pública de cultura e educação do MinC, que conta com 68 organizações da sociedade civil ofertando conhecimentos diversos .

“Não há educação sem cultura. Ambas caminham em nossas vidas e devem andar juntas como políticas integradas. Dessa confluência, temos uma diversidade de espaços formativos que oferecem à sociedade civil atividades, por exemplo, em teatro, dança, circo, literatura, música, audiovisual, culturas populares, afro-brasileiras e indígenas”, afirma o secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba.

“A Rede Nacional de Escolas Livres tem 68 organizações da sociedade civil fomentando a produção do conhecimento e de práticas pedagógicas que são inclusivas e diversas, trabalhando com as infâncias, com as comunidades indígenas, quilombolas, periféricas, enfim, uma grande variedade de ações, públicos e de metodologias”, a ponta a Diretora de Educação e Formação artística da Sefli , Mariangela Andrade.

As Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura foram selecionadas em 2023, via edital, organizadas em rede, e atuam em variadas linguagens da arte e da cultura. São instituições que estão desenvolvendo tecnologias socioculturais e educativas, experiências e práticas, gerando impactos sociais nos territórios onde atuam.

Conheça algumas ações e um breve balanço do ano de 2024:
Norte

Rio Branco (AC)
A Escola de Baques, do Instituto Nova Era de Desenvolvimento Socioambiental, promoveu, em 2024, múltiplas atividades educativas e culturais em Rio Branco, destacando a riqueza das tradições orais e musicais da região.

Ao longo do ano, a Baques, consolidou-se como um projeto essencial para a valorização das tradições culturais acreanas. Com atividades que uniram educação musical, práticas culturais e transmissão de saberes tradicionais, o projeto impactou diversas comunidades de Rio Branco, promovendo inclusão e preservação do patrimônio imaterial.

Entre os destaques das ações, temos: as Práticas Culturais com Saberes Tradicionais no Violão: Memórias e Melodias com Júlio Carioca; o Baile do Seringueiro: Aulas de Dança com a mestra Zenaide Parteira ; o Curso Regular de Música do Polo Irineu Serra: Música e Intercâmbio Cultural , Polo Txana Bu : Jovens Indígenas em Contexto Urbano , a Escola Municipal Mestre Irineu Serra: Música no Cotidiano Escolar .
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I nstagram
Centro-Oeste

Goiânia (GO)
A Casa de Cultura da Juventude realizou, em 2024, ações culturais para promover a cidadania e o protagonismo social em Goiânia. A instituição ofereceu cursos de iniciação musical, arte urbana ( graf ite) , danças urbana s ( breaking ) e audiovisual, com foco em pessoas em situação de vulnerabilidade social e baixa renda.

As atividades acontecem na periferia de Goiânia, no bairro do Jardim Guanabara, uma região historicamente marcada pela falta de equipamentos culturais e pela desigualdade social. A instituição atua de forma contínua ao longo do ano, oferecendo ações que atendem à comunidade de forma permanente e acessível.

Em 2024, a Casa de Cultura da Juventude ex pandiu suas atividades, incluindo novos cursos e oficinas, além de fortalecer parcerias com o poder público e a iniciativa privada. A instituição visa ampliar o impacto de suas ações, contribuindo para a formação de profissionais no campo artístico e cultural, e promovendo a inserção dos jovens no mercado de trabalho, incentivando a economia criativa em Goiás. Os cursos de i niciação musical, arte urbana (grafitti), audiovisual, aulas de danças urbanas ( breaking ) estão com i nscrições a bertas para novos participantes.
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Nordeste

Santo Antônio de Jesus (BA)
A Associação Filarmônica Carlos Gomes ( A sficag ), com o projeto Música que Transforma: Projeto “Sementes do Amanhã” , r evitaliz ou, em 2024, a Cultura de Filarmônica em Santo Antônio de Jesus .

O projeto é voltado para 180 crianças, adolescentes e jovens adultos oriundos de escolas públicas, com idades entre 7 e 25 anos. Por meio de oficinas, ensaios e apresentações musicais, os participantes recebe ra m formação teórica e prática em instrumentos de filarmônica, além de acompanhamento psicológico e pedagógico.

Com o “Sementes do Amanhã”, a meta é não apenas preservar, mas fortalecer essa tradição, aproximando os jovens de uma identidade cultural rica e histórica.

Com a proposta já em andamento, o projeto pretende , em 202 5 , ampliar , ainda mais, o número de participantes e realizar apresentações itinerantes nas escolas da região, levando a música filarmônica diretamente às comunidades. Outro plano em vista é a criação de um núcleo permanente de formação musical, garantindo que o aprendizado seja contínuo e sustentável.
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Ilhéus (BA)
A Escola Livre Thydewa , por meio do Projeto Abya Y ala, em dezembro de 2024 , lançou o seu segundo Ebook. Durante o ano , mais de 200 indígenas participaram de Cursos, Oficinas e Laboratórios com mais de 512 horas de aprendizagens. A Abya Yala está celebrando a culminância de seu primeiro ano de funcionamento.

Dentre os resultados alcançados, está disponível, de forma livre e gratuita, o segundo ebook produzido pela escola: “ Cosmovisões de amor ”, um livro colaborativo no qual participaram 44 indígenas pertencentes a muitas culturas da Abya Yala, atualmente enraizadas em seis países: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Equador e Venezuela.

A Escola iniciou suas atividades oficialmente em janeiro de 2024 e sua oferta de cursos livres de curta duração em abril, tendo realizado já mais de 30 cursos e oficinas, laboratórios , pelos quais participaram mais de 200 indígenas e 141 chegaram a certificar seus aprendizados.

Entre os cursos oferecidos se destacam: realização audiovisual, ilustração, colagem digital, diagramação e escrita. Muitos dos materiais produzidos durante os Cursos foram editados coletivamente, e com curadorias coletivas compuseram 02 ebooks bem diferentes. A escola ofertou seus cursos online, por isso conseguiu contar com indígenas localizados em 10 estados da república federativa do Brasil pertencentes a mais de 20 etnias, além de indígenas de outros países. O programa contou com bolsas que viabilizaram a participação de alguns indígenas que, com o recurso da bolsa, por exemplo, pagavam sua conexão à internet.

O primeiro e-book pluricultural – “11.645 Indígenas e Diversidade para Paz” foi desenvolvido, durante seis meses, para ser uma ferramenta aliada no dia a dia das escolas, auxiliando educadores na incorporação da temática das Culturas Indígenas em suas práticas pedagógicas. Além de enriquecer o currículo escolar, o livro busca fomentar uma sociedade mais inclusiva, livre de preconceitos, racismos e violências. A obra está disponibilizada em português para download gratuito no site da ONG Thydêwá (https://www.thydewa.org/download).
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Coronel José Dias (PI)Foto: Joaquim Neto

Em 2024 , a Associação do Instituto Olho d’Água, trouxe reflexões sobre ancestralidade, identidade cultural e respeito. No dia 13 de dezembro, a organização, realizou em suas dependências, no entorno do Parque Nacional Serra da Capivara, uma aula de capoeira com o Mestre Jack Voador e Nenêm Capoeira com o intuito principal de treinar, com as 60 crianças inscritas no curso, a dança maculelê, programação essa dentro dos objetivos do projeto Nosso Olho d’Água: Escola livre de arte e cultura. O maculelê é uma dança folclórica brasileira de origem afro-brasileira, que combina elementos de luta, dança e música, sendo tradicionalmente associada à cultura do candomblé e à capoeira. Originário da Bahia, o maculelê é executado por grupos de dançarinos que se revezam em movimentos ritmados, utilizando bastões ou facões, simbolizando uma luta entre guerreiros. A dança é acompanhada por instrumentos típicos, como atabaques e pandeiros, além dos cânticos que evocam a ancestralidade e a resistência cultural.
I nformações: (89) 98102-0101 ou no e-mail: institutoolhodaguacel@gmail.com

Meruoca (CE)
O Instituto Tapuia de Cidadania, Cultura, Meio Ambiente e Turismo ofertou, em 2024, formação em Audiovisual para Jovens de 14 a 29 anos. A iniciativa buscou oferecer capacitação em técnicas e práticas do audiovisual, estimulando a criatividade e preparando os participantes para atuar no mercado de trabalho. Em junho de 2024 teve início a primeira turma, formada por 20 jovens, e fim em outubro de 2024.

A formação abordou temas como roteiro, fotografia, trilha sonora, produção, edição, e acessibilidade, proporcionando aos jovens as ferramentas necessárias para a criação de produções audiovisuais. Além disso, a formação inclui aulas teóricas e práticas, com a orientação de profissionais experientes da área, para que os participantes possam desenvolver seus próprios projetos e explorar o seu potencial artístico e técnico. Este projeto, visa não apenas instruir os jovens nas áreas do audiovisual, mas também promover a inclusão digital, permitindo que os participantes tenham acesso a novas tecnologias e ampliem suas perspectivas profissionais.
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Macurure (BA)
Em dezembro de 2024, o Pelourinho, coração cultural de Salvador, recebeu uma celebração que uniu educação, arte e juventude: o Festival Estudantil TV Pelourinho. O evento destacou a produção artística e audiovisual de estudantes de escolas públicas e jovens atendidos pela TV Pelourinho, valorizando a criatividade e a diversidade.

A programação variada incluiu apresentações musicais, teatrais, desfiles, exibições de vídeos criados pelos alunos do projeto Eu Sou a TV Pelourinho, realização do Ministério da Cultura, por meio da Rede de Escolas Livres junto com a ONG Raso da Catarina e a TV Pelourinho, é um curso que utiliza o Audiovisual como instrumento de capacitação e geração de emprego e renda, destinado a formar uma nova geração de talentos no setor. Entre os momentos mais marcantes estiveram o espetáculo musical 2do7, com participações do grupo Olodum e do cantor Aloisio Menezes; o show Liê Obá – A Mulher Blues, com a cantora Lia Chaves; e as performances dos Novos Talentos da TV Pelourinho.

Além disso, o Projeto Eu Sou a TV Pelourinho form ou 40 adolescentes e jovens no meio audiovisual, tornando-os multiplicadores e técnicos na criação de conteúdo e captação de imagem e vídeo. Na mostra dos vídeos curtos criados pelos alunos foram apresentadas temáticas que enfrentam o racismo e que ressignifica a imagem do preto no audiovisual, rejeitando estereótipos e reforçando brilho e beleza da população.
Informações: Instagram
Sudeste

Rubim (MG)
O projeto Sementes Musicais da Escola Livre de Música e Cultura da Vokuim atu ou, em 2024, na promoção da inclusão cultural, na valorização das tradições regionais e no incentivo à criatividade dos jovens de Rubim e região. O Sementes Musicais: Escola Livre de Música e Cultura ofereceu iniciação musical com grupos de flauta doce, canto coral e prática coletiva.

O projeto criou, em 2016, a Banda Jovem Idelbrando Santana que é composta por jovens e adolescentes e já se apresentou em festivais na região e na capital mineira. A Escola Livre oferece formação integral em artes visuais, livro e leitura, capoeira e cultura digital, ampliando o acesso de crianças e adolescentes às diversas linguagens artísticas e à cidadania.
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Belo Horizonte (MG)Foto: Fernanda Torquato

O Pé de Moleque, um projeto do Espaço de Cultura e Arte (ECA), ofereceu, em 2024, oficinas de ballet clássico para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, e tem transformado a vida de jovens ao proporcionar acesso à cultura e capacitação artística em uma das mais tradicionais formas de expressão: o ballet clássico. Além das oficinas de dança, o Pé de Moleque também ofereceu atendimentos com Assistente Social, buscando garantir o suporte necessário para que os participantes possam desenvolver-se não apenas artisticamente, mas também no âmbito social e emocional. A iniciativa tem como foco a formação integral dos jovens, proporcionando oportunidades que vão além do palco. Até julho de 2025, o projeto oferecerá um total de 160 oficinas de ballet, com uma carga horária mínima de 320 horas, garantindo uma formação completa e de alta qualidade para os participantes. Durante esse período, os jovens terão acesso a capacitação contínua, desenvolvendo técnica, disciplina e uma visão ampliada sobre o poder da arte como instrumento de transformação social.
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Ninheira (MG)
Em dezembro de 2024, aconteceu na zona rural de Ninheira (MG), o Festival Cultura , do projeto Cultura do Saber, realizado pela organização Associação Sementes do Vale, com o tema “Semeando no Sertão”.

Foram realizadas apresentações de circo, música, balé e artes visuais, protagonizados pelos alunos da instituição, tendo mais de 250 espectadores para acompanhar o desenvolvimento artístico de crianças e adolescentes das comunidades rurais do município. Ao todo, foram realizados 2hs de espetáculo, contando com mais de 10 apresentações locais.
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Sorocoba (SP)
Projeto Sorocaba Arte Viva lev ou, em 2024, música e transformação social para a região . A i niciativa da Associação de Eventos Culturais ( ASSEC ) em parceria com o Ministério da Cultura , benefici ou 200 jovens em situação de vulnerabilidade .

A ASSEC desenvolve o projeto Sorocaba Arte Viva, uma iniciativa que visa promover a inclusão social e cultural através da música em Sorocaba, Votorantim e Araçoiaba da Serra. O projeto beneficia rá diretamente 200 jovens em situação de vulnerabilidade social, oferecendo 1.550 horas de aulas de música e realizando dois concertos.

A Orquestra Filarmônica Jovem de Sorocaba (Fila) , composta por 40 músicos talentosos e reconhecida como “Ponto de Cultura” desde 2018, desempenha um papel central no projeto. Além de oferecer formação musical para 20 jovens músicos, a orquestra busca democratizar o acesso à música sinfônica e explorar o repertório.

O projeto também inclui a realização de palestras que engajarão cerca de 100 articuladores culturais, ampliando ainda mais seu impacto na região. Todas as atividades são oferecidas gratuitamente, garantindo acessibilidade.
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Rio de Janeiro (RJ)
Projeto Entre Lugares Maré , da Cia de Artes em Criação, apresentou, em dezembro de 2024, dois espetáculos gratuitos, no Museu da Maré. Fundado em 2012, o projeto apresent ou, desde então , espetáculos aclamados pelo público e de sucesso, proporcionando outra perspectiva de vida aos jovens. Neste ano, o projeto iniciou nova turma, exclusiva para Jovens e Adultos Atípicos (PCDs e Neurodivergentes ), moradores da Maré e d o entorno.

Atualmente, vários alunos e ex-alunos do projeto seguem carreira profissional no teatro, cinema, TV e outras áreas técnicas. O Entre Lugares Maré oferece ao longo do ano, de forma gratuita, uma variedade de aulas envolvendo corpo, dramaturgia, dança, canto, atuação e atividades de criação artística e técnicas na área teatral.

Neste ano, com o início da turma para PCDs e Neurodivergentes , também foram realizados encontros de acolhimento e apoio à maternidade atípica.
Informações: Instagram

Rio de Janeiro (RJ)
Arte e Cultura transformam a vida de jovens de comunidades do Rio. Jovens de 14 a 21 anos, moradores de comunidades no Rio de Janeiro, receberam, em dezembro de 2024 , o Certificado de Conclusão do projeto “Na Visão dos Crias”, que oferece u oficinas gratuitas de Teatro, Podcast, Produção Audiovisual e Processos Artísticos.

A iniciava da ECOS , em parceria com o Ministério da Cultura, por meio da Rede Nacional de Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura, ofereceu oportunidades de capacitação e inserção social aos participantes em situação de vulnerabilidade social. Os alunos, enquanto se preparavam para o mercado de trabalho, receberam uma bolsa-auxílio, o que também contribuiu para o engajamento da turma.

Os jovens também participam de visitas a pontos turísticos e culturais da cidade, como o Museu do Amanhã, o Museu de Arte do Rio e o Pão de Açúcar, vivenciando espaços e experiências muitas vezes incomuns ao cotidiano dos alunos.

As aulas, realizadas no Centro Social ECOS Taquara e na Arena Carioca Jovelina Pérola Negra, incentivaram uma produção artística diversificada, com alunos criando peças de teatro, filmes, documentários, entre outras expressões culturais, que abordaram suas próprias histórias e realidades das comunidades atendidas pelo projeto .
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Rio de Janeiro (RJ)
O #estudeofunk, programa de aceleração artística que fomenta a cultura do funk carioca e profissionaliza artistas da nova cena musical, realizou , em 2024, nova fase em formato de residência continuada na sede do hub criativo, na Fundição Progresso.

A idealização e realização é da Fundição Progresso e Viva Brasil. Batizada de “Mete Marcha – Encontros, Conexões e Processos Avançados de Criação”, a temporada ofereceu, em 2024, encontros para os artistas do projeto com o objetivo de aprofundar processos criativos e também participaram de encontros com artistas convidados, realizando lançamentos musicais, ativação de shows de música e dança, eventos, produtos audiovisuais e também ampliaram o olhar para a acessibilidade, com a criação de clipes audiovisuais em Libras, inseridas na obra de forma artística, além de outras ações de inclusão.

A residência artística continuada é voltada para MC’s , beatmakers e dançarines que já participaram dos Ciclos I, II e III da primeira edição do projeto, realizada nos anos de 2022 e 2023, e teve como objetivo dar continuidade no aprofundamento de pesquisa em suas carreiras e manter ativa a rede de conexões entre artistas que o ambiente do #estudeofunk oferece.

Foram selecionados 70 integrantes, que tiveram acesso gratuito para participar do programa no período de fevereiro a junho de 2024. A residência continuada promoveu, durante 5 meses, uma rotina semanal de encontros e trocas aprofundadas sobre o universo da criação artística e do mercado da música e da dança na cena funk, fomentando a conexão entre artistas que, a partir dessa vivência, ampliam a visão estratégica, estética e conceitual de seu trabalho.
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Sul

Jaraguá do Sul (SC)
Saraus dos alunos do projeto da Sociedade Cultura Artística (Escola SCAR) de Criatividade aconteceram, em 2024, em seis cidades catarinenses. As oficinas, que tiveram duração de 12 semanas, aconteceram nas cidades de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Pomerode, São Bento do Sul, Schroeder e Massaranduba.

O projeto Escola SCAR de Criatividade, que iniciou no segundo semestre de 2024, propõe o envolvimento de jovens entre 13 e 18 anos, matriculados na rede pública ou privada de ensino, com as possibilidades do mundo artístico e cultural, oferecendo um caminho de desenvolvimento pessoal e iniciação profissional na economia criativa. As oficinas têm 12 semanas de duração e acontecem em seis cidades catarinenses.

Em Jaraguá do Sul, os estudantes tiveram aulas de criação literária, moda e produção cultural, em Guaramirim acontecem aulas de artes visuais e moda, Pomerode e São Bento do Sul conta com aulas de artes visuais, o município de Schroeder tem aulas de artes visuais e teatro, e em Massaranduba acontecem aulas de artes visuais.
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Curitiba (PA)Foto: Capac

Um projeto de capacitação profissional para professores de circo tem movimentado centenas de agentes culturais de todo o país. A iniciativa promovida pelo Instituto Social M&C em parceria com o Circocan busca alavancar o conhecimento e possibilidades profissionais de educadores circenses. O projeto teve início em setembro de 2024 com a realização da primeira turma on-line, com módulo introdutório gratuito. Na fase seguinte contemplou bolsistas de 17 estados do Brasil para uma qualificação presencial com duração de uma semana. A segunda turma que finaliza o calendário do projeto e acontece em dezembro (online) e janeiro (presencial), mostra os números expressivos da iniciativa. No total foram quase mil inscritos dentre todas as etapas, com a certificação de cerca de 400 professores. O destaque fica para a qualificação presencial do projeto, etapa do curso que reúne no Centro de Treinamento Circocan agentes multiplicadores de conhecimento, bolsistas selecionados de todas as regiões brasileiras, com metade das vagas reservadas para pessoas negras e indígenas. A iniciativa evidencia a força do circo brasileiro, com representantes de todos os estados e regiões do país, mostrando a importância de projetos formativos para desenvolvimento dos agentes culturais.
Informações aqui Instagram

*Gláucia Lima

05 dezembro 2024

JARDIM DO SERIDÓ/RN: 1ª noite do Encontro de Bandas e Filarmônicas é destaque na Cidade

A Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, realizou na noite desta quarta-feira, 04 de dezembro, a 1ª noite do Encontro de Bandas e Filarmônicas de Jardim do Seridó.
O encontro faz parte da Programação Social da Festa de Nossa Senhora da Conceição 2024 e homenageia o Maestro Orilo Segundo Dantas de Melo, e contou com a participação de três Filarmônicas das cidades de São José do Seridó, Parelhas e Caicó.
As filarmônicas Jimmy Brito (São José do Seridó), Onze de Fevereiro (Parelhas) e Recreio Caicoense (Caicó), chegaram juntas as imediações da Matriz, e em seguida realizaram suas apresentações de modo individual para o público presente.
Para finalizar a noite, as três bandas se reuniram e juntas tocaram o Frevo Vassourinhas, animando o público que prestigiava. Nesta quinta-feira, 05 de dezembro, haverá a segunda noite de encontro e todos estão convidados!

04 dezembro 2024

JARDIM DO SERIDÓ/RN: PREFEITURA VAI REALIZAR ENCONTRO DE BANDAS DE MÚSICA E FILARMÔNICAS

A Prefeitura de Jardim do Seridó-RN, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, convida a todos para prestigiarem o Encontro de Bandas de Música e Filarmônicas Maestro “Orilo Segundo Dantas de Melo”.
O evento será realizado nos dias 04, 05 e 06 de dezembro ao lado da Matriz, após a novena.

02 dezembro 2024

Palhaça-Ria promove “Maratona de Histórias do Nosso Chão” em Natal com entrada gratuita

Com o objetivo de valorizar a cultura e a arte, a Palhaça-Ria realizará a primeira edição da “Maratona de Histórias do Nosso Chão”, reunindo artistas locais do Rio Grande do Norte na sexta-feira, 6 de dezembro.
Idealizado por Juliana Modro, o projeto tem como propósito apresentar narrativas de autores potiguares e livros publicados no Rio Grande do Norte por meio da técnica de contação de histórias.
Inicialmente, a ideia era contar 10 histórias ao longo do ano, uma por mês. No entanto, esse número cresceu para 24, destacando o sucesso e a relevância da iniciativa. O projeto conta com cinco curadores, responsáveis por avaliar a viabilidade das obras inscritas. Além de reforçar a importância da cultura, a ação também oferece visibilidade a pequenos escritores, cujas obras, muitas vezes, não recebem o reconhecimento merecido.
Ao longo de 2024, mais de 3 mil crianças foram impactadas por histórias selecionadas dentro do projeto.
A “Maratona de Histórias do Nosso Chão” acontecerá no dia 6 de dezembro, no Instituto Kennedy, em Lagoa Nova, Natal, e incluirá 10 apresentações de histórias, bate-papos literários, feira, oficinas criativas, intervenções artísticas e Vitor Sax. O evento é gratuito e aberto ao público em geral.
Para mais informações, acesse: @palhaca.ria ou entre em contato através do WhatsApp: (84) 99903-0708

23 novembro 2024

Festival Internacional de Cinema de Baía Formosa divulga filmes selecionados

O litoral sul potiguar vai se tornar o destino dos apaixonados pelo cinema potiguar e nacional, entre os dias 29 e 30 de novembro, com a 15ª edição do FINC – Festival Internacional de Cinema de Baía Formosa. Para compor a programação, a organização do evento recebeu mais de 80 filmes inscritos dos mais variados lugares do Brasil, distribuídos nas três categorias competitivas do FINC – Curtas de 1 minuto, Pérolas do RN e Mostra Potiguar.

O destaque desse ano, mais uma vez, foi a categoria de curtas de 1 minuto que teve como tema “Música: Ritmo da vida”. O vencedor da mostra vai ganhar uma viagem com tudo pago, incluindo aéreo, hospedagem e alimentação para participar do Festival OFF Câmera – International Festival of Independent Cinema, na cidade da Cracóvia, na Polônia. A programação cultural do evento é gratuita e aberta ao público, com direito a Mostra de cinema infantil, Filmes paraibanos, filmes internacionais e shows musicais.

Confira a lista dos curtas selecionados para a 15ª edição do FINC – Festival Internacional de Cinema de Baía Formosa:

CURTAS SELECIONADOS – CATEGORIA MOSTRA POTIGUAR

Objetos no Espelho – Jair Libanio
A Cor do Meu Orgulho – Alexandre Fonseca
Eu Vejo Você – Karolina Trindade
Com Carinho, Raquel – Beatriz Chaves e Erick Thierry
Desiré – Catarina Calungueira
Canto de Acauã – Jaya Pereira
Olho em Perfeito Silêncio Para as Estrelas – Dynho Silva

CURTAS SELECIONADOS – CATEGORIA PÉROLAS DO RN

A Noiva Natal – Heron Condor e Sophia Cabral
Divagar – Lupa Silva
Verão sem Fim – Rodrigo Almeida
Kei Kwó – João Batista
Alumbrado – Catarina Calungueira
Bati da Vila – Raquel Cardozo

CURTAS SELECIONADOS – CATEGORIA CURTA DE 1 MINUTO

Sinfonia Urbana – Leo da Bodega e Joyce Neres
Ritmos Escolares – Leonardo Cavalcanti
SHHH!!! – Boanerges Guedes
Do Sol ao Sal: Ritmos de Natal – Lincoln Ricely Lopes de Medeiros
Guiomar – Gessyka Santos
Moça Menina – Ruth Freire
Frequências da Alma – Leandro Taislan
Diminuto – Luiz Júnior
Parafusos de Sergipe – Shéron Joyce Diaz Morales
Mãe Música – Themis Rocha e Leonardo Pinna
O Cangaceiro Compositor – Alexandre Fonseca
A Melodia que Move o Sertão – João Pedro Figueiredo do Nascimento
Nhe’engara Potiguara Katu: Prelúdio – Anderson Figueredo
À Música nos Ritmos da Vida – Lyoys
Le Requiem: Dans l’orchestre d’un rêveur – Marcelo Moreira
Ao Vivo – Luiz Júnior
Clóvis: O Canta-Cores – Letícia Gesteira
Sopro – Fernanda Stephanie e Maria Beatriz
Literalmente: Música ritmo da vida – Leonardo Souza
Movimento Pausa – Susan Castro
Estudança: Amarelo, Azul e Branco – Lenilson Gomes da Silva
Pulsares – Carlos A. P. Paiva
Playlist da Vida – Juliana Gomes
No Ritmo da Vida – Anderson Ricardo

*Agora RN

25 outubro 2024

Conheça a escritora potiguar Thaís Dias, criadora do O Nome da Rosa

Escrever é uma arte com vida própria. Expor essa arte para o mundo pode ser como mostrar uma parte de si, como compartilhar uma parte do sentimento que você guarda no interior. E é isso que a escritora potiguar Thaís Dias faz quando publica os poemas e versos no perfil O Nome da Rosa (@_onomedarosa) no Instagram.

Escrevendo de forma amadora, a estudante de Medicina de 23 anos coloca um pedaço de si em cada palavra que lança para o mundo. Ela compartilha suas experiências e sensações por meio de palavras e versos que, por vezes, até rimam, sem obrigatoriedade. A linguagem de Thaís é para se sentir, se identificar e até procurar diferentes significados, porque, na verdade, o segredo não está na interpretação, mas no sentimento.

Com figuras da renascença, a artista das palavras ilustra seus poemas e poesias, construindo um ritmo sem ordem definida, mas que cai bem aos olhos de quem lê. Enquanto quem conhece Thaís fala que ela é expressiva, à revista Cultue ela provou que está viva entre as diferentes manifestações artísticas.

Sua trajetória no mundo da escrita se iniciou desde que se entende por gente. Quando criança, se divertia e brincava com as palavras nos poemas, como algo tão natural quanto respirar. “Eu comecei a escrever desde pequena. Poeminhas bobos, todo rimado. Ficava pensando em qual palavra faria uma rima boa”, diz.

Como esperado, a escritora não parou por aí. A escrita encantou seu lado artístico na adolescência, enquanto ainda cursava o segundo ano do ensino médio no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). “Retomei essa curiosidade pelas palavras numa aula de literatura que tive. A professora falava sobre as trovas. Me encantei de novo e voltei a escrever sem muito sentido”, pontua.

Com o nascimento do perfil O Nome da Rosa, veio a inspiração e a vontade de continuar a escrever cada vez mais. Foi em 2019 que ela conheceu a expressão que daria origem para o nome do perfil onde, até hoje, ela cria postagens com escritas poéticas acompanhadas de imagens de obras notáveis da arte.

“Conheci essa expressão numa aula de filosofia do curso para o ENEM, lá em 2019. Era uma aula sobre a Estética, que é justamente essa percepção por meio da sensibilidade, do sentir”, explica Thaís.

O sentir, que está tão presente em seus versos, deixa que as palavras cumpram seu maior objetivo. “O professor citou esse livro, O Nome da Rosa, livro antigo, para explicar que o autor poderia ter dado qualquer título ao livro. Na história, nem tem uma rosa, mas a palavra é tão bela e tão importante ao ponto de tomar tudo para si e qualificar, designar, um livro que não fala sobre nenhuma rosa”, descreve.

Não é só de livros que Thaís tira a motivação para escrever. Ela conta que se inspira em coisas da rotina, mas especialmente naquilo que sente. Emoções, memórias, sensações que não cabem no peito e que precisam se transformar em arte.

“Acho que minha inspiração vem muito das coisas que eu sinto, tanto que quando eu estou super em paz, entediada, não escrevo nada. Mas quando me coloco em contato com emoções ou resgato memórias, as estrofes vem até mim. Nunca me forço a escrever, porque eu não mando nas palavras. Eu só manuseio elas às vezes”.

Quem pensa que lidar com palavras é algo fácil, se engana. O turbilhão de emoções, por vezes, não segue uma ordem cronológica ou racional.

“Acho que meu maior desafio foi compartilhar meus textos. Eu tinha preguiça de ficar explicando quando nem eu compreendia tudo que estava escrito. Mas isso que é legal, é cada um ser tocado, cheirado e visto pelas palavras de uma forma única. É muito vivo. É estética”.

Os desafios, no entanto, existem para serem superados. Esse é o objetivo deles. A escritora lembra de um dos momentos mais bonitos da sua trajetória pelas palavras, como quando publicou um livro online.

“Deu muito trabalho, mas foi como colocar um filho no mundo. Você se sente orgulhosa de ter colocado algo único no mundo”, revela.

“Quero publicar mais filhos no futuro”, completa.

E, dessa vez, precisa ser tangível às mãos. “Publicar na internet tem seu lado frio. É um livro, mas não tem páginas amareladas com cheiro de livro, sabe? Eu quero poder ter um livro físico meu em casa e distribuir para quem quiser”, conclui.

*Karen Sousa - Agora RN

18 outubro 2024

APODI/RN: LANÇAMENTO DO DOCUMENTÁRIO "SÍTIO DO GÓIS, ENTRE A TERRA E A FÉ" EMOIONA AO RETRATAR TRADIÇÃO CULTURAL NO SERTÃO POTIGUAR

Estamos entusiasmados em anunciar o lançamento do documentário "Sítio do Góis: Entre a Terra e a Fé", uma produção que retrata a extraordinária trajetória dos agricultores, crianças e jovens da comunidade rural do Sítio do Góis, no sertão do Rio Grande do Norte. O filme revela a força de uma comunidade que mantém viva a tradição de encenar a Paixão de Cristo, mesclando fé e resiliência em um espetáculo de devoção.

O documentário vai além da representação teatral, ao captar a luta e o espírito de superação de seus participantes. Muitos deles, enfrentando desafios como o analfabetismo, encontram na arte e na fé formas de expressar sua identidade cultural e espiritual. O filme revela como a terra, elemento vital para a subsistência da comunidade, também serve de palco para uma poderosa demonstração de fé.

A produção oferece ao público um olhar profundo e sensível sobre o processo de criação da encenação, destacando o esforço coletivo, a organização e a dedicação envolvidos. Por meio de entrevistas e imagens de bastidores, o documentário celebra a riqueza cultural dessa tradição que atravessa gerações, revelando o poder do teatro como ferramenta de transformação e união comunitária.

"Sítio do Góis: Entre a Terra e a Fé" promete emocionar os espectadores ao mostrar a alma de uma pequena, mas determinada, comunidade que, apesar das adversidades, encontra na fé e no teatro forças para seguir em frente. Um convite para se inspirar com a história de superação e resistência de uma comunidade rural que tem muito a oferecer ao mundo.

*Folha Potiguar

08 outubro 2024

MOSSORÓ/RN: FEIRA DO LIVRO TERÁ ABERTURA COM HOMENAGEM AO POETA ANTÔNIO FRANCISCO

A Feira do Livro de Mossoró, que este ano celebra sua retomada no calendário cultural da cidade, abre suas portas nesta quarta-feira (9) com um tributo especial ao poeta Antônio Francisco. Aos 75 anos, o icônico poeta será o grande homenageado da cerimônia de abertura, que ocorrerá no “Palco das Letras” a partir das 19h30. Desta vez, o evento será na Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern).

A homenagem será conduzida pelo poeta Jadson Lima, um jovem escritor do bairro Bom Jesus, conhecido por sua conexão com a cultura popular e o lirismo que marca a poesia de Antônio Francisco. O evento, organizado pelo jornalista Rilder Medeiros, tem como destaque a parceria com a Uern, que, segundo o organizador, tem sido fundamental para a realização da Feira.

“A parceria com a Uern é o que tem viabilizado a realização do evento, ainda mais por ser dentro do espaço universitário num ambiente de leitura”, afirmou Medeiros, reforçando o papel da universidade na manutenção da feira.

Além da homenagem ao poeta mossoroense, a grande novidade deste ano é a participação expressiva de autores independentes, que contarão com um espaço exclusivo para lançamentos e encontros com o público.

Mais de 30 escritores independentes estão confirmados, nomes que podem ser acompanhados no Instagram oficial do evento.

*Saulo Vale

12 agosto 2024

PATU/RN: PREFEITURA DILVULGA ATRAÇÕES DA FEIRA DE CULTURA 2024

Patu e região estava aguardando ansiosamente o anúncio das atrações da 39ª Feira da Cultura.
O prefeito Rivelino Câmara anunciou as atrações que irão animar os dias de festa do maior evento sociocultural do Rio Grande do Norte.
De 7 a 14 de setembro Patu estará em festa.
Confira as atrações que irão fazer a festa durante esses dias de 39ª Feira da Cultura:
  • Dia 07- Forró dos 3 e Circuito Musical- 23h
  • Dia 08- Samyra Show- 0h
  • Dia 09- Raí Saia Rodada - 0h
  • Dia 10- Thiago Freitas e Israel Muniz- 0h
  • Dia 11- Cavalo de Pau 0h
  • Dia 12- Grafith - 0h
  • Dia 13- Michele Andrade 0h
  • Dia 14- Kiko Chicabana e Lukas Lemos - 0h
*João Marcolino

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19 junho 2024

MINISTRA MARGARETH MENEZES DIZ: “RN NÃO PODE FICAR SEM SECRETARIA DE CULTURA”

Natal recebeu nesta terça-feira 18, no Complexo Cultural Rampa, a abertura do Seminário Nacional de Mulheridades e Cultura, que promove a troca de experiências e discussões entre mulheres trabalhadoras e fazedoras da cultura. A abertura do evento contou com a presença da governadora Fátima Bezerra (PT), da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e segue com programações nos dias 19 e 20 de junho.

A iniciativa que busca fortalecer organizações e estimular a participação feminina no desenvolvimento de políticas públicas ocorre em três dias, com debates em mesas temáticas, oficinas e apresentações culturais. O evento ainda contará com performances e exibições artísticas com representantes de distintos segmentos da cultura do país.

A secretária extraordinária de Cultura do Rio Grande do Norte, Mary Land Brito, defendeu a cultura como objeto de inserção das mulheres no mercado de trabalho e mencionou a relevância de proporcionar discussões sobre temas como comunicação e diversidade.

Para reforçar que mulheres também têm um espaço na cultura, a secretária dos Comitês de Cultura, Roberta Martins, afirmou, na abertura do evento, que o incentivo à cultura é essencial para a economia brasileira na esfera popular.

“A cultura como produtora da economia é inclusiva para as mulheres brasileiras, é isso que a gente tem que provar e sair desse evento com esse debate. Vamos discutir com propostas concretas, porque agora a gente tem que apontar as questões que queremos para essa nação brasileiras”, relatou.

A deputada federal Natália Bonavides (PT) também destacou a importância das mulheres dentro de áreas da política e da cultura. “Quantas artistas, artesãs, poetisas e cancioneiras nossa história teve e não estão nos livros? Por todas essas mulheres, é fundamental um evento como esse”, afirmou.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, questionou sobre a ausência de uma pasta exclusiva para a cultura no RN e defendeu que existe uma necessidade de criar uma secretaria voltada para a área. Um projeto que cria a pasta está em discussão na Assembleia Legislativa.

“O Rio Grande do Norte não pode ficar sem secretaria de cultura, de jeito nenhum. Um estado que tem uma expressão de cultura popular como o RN, que nós no Brasil não conhecíamos essa expressão”, argumentou.

“O RN tem um significado muito grande. Aqui falo como ministra, mas também como cantora. Já vim a essa terra várias vezes me apresentar. Um público que ama a cultura e que tem vários representantes na literatura, na música. O Rio Grande do Norte merece uma Secretaria de Cultura. É direito desse povo do RN”, completou. A ministra falou, ainda, que por meio das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, o RN já recebeu por volta de R$ 139 milhões de investimento em cultura diretamente do Ministério.

A ministra Cida Gonçalves falou sobre a violência sexual contra mulheres e argumentou que “este é um momento que estão nos colocando em xeque”. Cida Gonçalves também afirmou que as mulheres têm que continuar resistindo contra a violência e dentro do mercado de trabalho na luta pela igualdade salarial. As representantes condenaram o projeto de lei que trata sobre o aborto e virou alvo de discussão recentemente.

*Agora RN

26 maio 2024

ARTES: CASA DURVAL PAIVA REALIZA NOVA EDIÇÃO DO RECANTO CULTURAL

Até 05 de junho, a Casa Durval Paiva vai promover a inclusão sociocultural dos seus acolhidos, através de uma nova edição do Recanto Cultural. Nesta edição, a artista Leila Lima, vai expor suas peças nos nossos corredores e deixar ainda mais alegre a estadia dos pequenos e seus familiares.

A ação acontece na terceira semana de cada mês, com a divulgação de trabalhos de renomados artistas e novos talentos, em diversos espaços da Casa. No dia 10 de junho, a artista vai ministrar uma oficina com os pacientes, dando-lhes acesso a técnicas de desenvolvimento das artes plásticas, levando-os à descoberta de “talentos latentes” e desenvolvimento de potencialidades, colaborando assim no processo de cura, bem como, a estimulação da criatividade e a expressão de sentimentos e emoções.

Ao final, cada artista que participa do “Recanto Cultural” deixa, como doação, uma obra fixa, para colorir, alegrar e inspirar, colaborando, assim, no processo de cura e bem-estar dos pacientes.

16 abril 2024

MACAÍBA/RN: SECRETARIA DE CULTURA ABRE INSCRIÇÕES PARA AULAS DE VIOLÃO

Por meio da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), a Escola das Artes está oferecendo 70 vagas para curso básico de violão com início das aulas no dia 06 de maio. As aulas práticas de violão terão como foco ensinar os primeiros acordes e desenvolver um repertório para apresentações.
As aulas acontecerão uma vez por semana, podendo ser na segunda, quarta ou sexta-feira, no turno da manhã ou tarde, com vagas preferencialmente para alunos da rede municipal de ensino. "Além disso, teremos nas terças e quintas momentos para tirar dúvidas e o espaço para quem quiser praticar na Escola das Artes", explicou o secretário municipal de Cultura, Sérgio Nascimento.
Para se matricular, basta apresentar cópias da declaração escolar, RG, CPF e comprovante de residência, na sede da Escola das Artes (Rua Uruaçu, 307, bairro São José), de 22 a 26 de abril, das 8h às 11 e das 13h às 15h. Mais informações pelo telefone 84 99935-0285.

02 dezembro 2023

Setor cultural do RN ocupou 64 mil pessoas em 2022

O setor cultural ocupava, em 2022, 64 mil pessoas no Rio Grande do Norte, representando 4,6% do total de ocupados no estado (1,4 milhão). A maioria delas eram homens (69,2%), pessoas de cor ou raça branca (54,6%), que tinham entre 30 e 39 anos de idade (51,1%) e nível de instrução com ensino médio completo e superior incompleto ou equivalentes (49,6%). Se comparado ao total das ocupações do estado no mesmo ano, dois indicadores chamam atenção por diferirem do padrão geral: para o mesmo ano, nos números totais de pessoas ocupadas, o percentual de homens era 59% e pessoas de cor ou raça branca era de 38,3%, ou seja, 10,2 e 16,3 pontos percentuais abaixo do verificado para o setor cultural. Os dados são do Sistema de Informações e Indicadores Culturais (SIIC) levantados pelo IBGE em pesquisas diversas e compilados para o período de 2011 a 2021.

Mulheres

Em 2022, nas atividades culturais no Rio Grande do Norte, os homens (R$ 2.047,00) receberam um salário mensal médio superior ao das mulheres (R$ 1.410 ou 68,9% do salário dos homens). Quando o recorte foi feito por cor ou raça, os pretos ou pardos (R$ 1630,00) receberam cerca de 80 % do salário médio mensal dos brancos (R$ 2036,00). No geral, o salário médio mensal pago no Rio Grande do Norte no setor cultural em 2022 foi de R$ 1852,00. No Nordeste esse valor foi de R$ 1783,00 e nacionalmente foi de R$ 2815,00.

Cerca de 50% das pessoas ocupadas no setor da cultura no Rio Grande do Norte em 2022 pertencem ao grupo dos que trabalharam entre 40 e 44h semanais, seguido dos que trabalharam entre 15 e 39h (39%). Aqueles que trabalharam até 14h foram 6,4% e os que trabalharam acima das 45h foram 4,1%. Na capital, o percentual de quem trabalhou acima das 45h é maior que a média estadual, ficando em 9,1%, enquanto metade (50,3%) trabalhava entre 15 e 39h e outros 37% entre 40 e 44h.

Empresas

Segundo o Cadastro Central de Empresas, em 2021 havia 3,4 mil unidades locais empresariais atuando nas atividades culturais do estado, as quais ocupavam 12,5 mil pessoas, com salário médio mensal de R$ 1.999,00. Só a capital, Natal, foi responsável por mais de 50% dessas unidades e por mais de 60% do pessoal ocupado no setor. Na comparação com 2011, houve um acréscimo de 9,4% no número de unidades locais culturais no RN, mas, apesar da variação positiva, a dinâmica de entrada e saídas de empresas mudou pouco o percentual de participação das atividades culturais no total das atividades econômicas do estado.

Em 2011, as unidades locais do setor cultural correspondiam a 5,2% do total do Cadastro de Empresas do RN, enquanto em 2021 esse número foi 5%. Em termos de pessoal ocupado, a cultura permaneceu na casa dos 2% da população ocupada no estado, se comparados 2011 e 2021. Já quanto à média de salários pagos, em 10 anos houve uma variação relativa de -8,7%, já que em 2011 esse valor era de R$ 2.189,00. Em 2021, na capital do estado, o salário médio mensal pago é de R$ 2.424,00, cerca de 21% a mais que a média estadual. Nacionalmente, esta média é de R$ 4,121,00 e regionalmente é de R$ 2.250,00, para o Nordeste.
Já o total dos gastos públicos (estadual e municipal) alocados no setor cultural aumentou de aproximadamente R$ 85,2 milhões, em 2011, para R$ 183,3 milhões, em 2022. Nesse período as esferas de governo (estadual e municipal) apresentaram variações da participação da cultura no total de gastos no país: em 2021, 0,7% e 1,4% respectivamente e, em 2022, 0,8% e 1,9%. Em nível de despesas totais do estado, o RN saiu de 0,32% de despesas com o setor cultural em 2012 para 0,19% em 2022. depois de três anos em queda, os governos municipais foram a esfera de governo que mais utilizou seu orçamento com o setor cultural, ampliando sua participação em 2022.
Os valores captados por produtores culturais no Rio Grande do Norte via incentivo fiscal subiram cerca de R$ 380 mil, saindo de R$ 1,2 milhão em 2021 para R$ 1,6 milhão em 2022. Dos 167 municípios do estado, 137 tiveram distribuição de recursos da Lei Aldir Blanc em 2021. Desses, 12 utilizaram menos de 50% dos recursos, 37 utilizaram entre 50 e 90%, e 82, entre 90 e 100%. Quanto aos tipos de grupos para onde os recursos da lei foram distribuídos pelos municípios, as categorias de Musical, Artesanato e Dança foram as mais contempladas em 2021.

Desigualdades

Em 2021, 16,8% dos municípios potiguares tinham teatro ou sala de espetáculo no próprio município, 2,4% tinham cinema e 26,9% tinham museus. Apesar disso, a maioria dos municípios que não tinham os equipamentos culturais estavam a menos de uma hora de deslocamento de um outro que possuía.
Isso resulta em que 49,4% da população potiguar morava em municípios sem museu, 42% sem teatro ou sala de espetáculo e 63,8% sem cinema. Quanto ao tempo médio de deslocamento que essa população precisa despender para chegar ao museu, teatro e cinema mais próximos, observou-se que o equipamento cultural que leva o maior tempo de deslocamento para acesso é o cinema (53 minutos), enquanto para o museu leva-se cerca de 17 minutos, e, para o teatro, 24 minutos.

Proporcionalmente, a população preta ou parda do Rio Grande do Norte mostrou-se a que tem menos acesso potencial a esses equipamentos culturais: em 2021, 66% dela vivia em municípios sem salas de cinema, ao passo que, entre os brancos, o percentual era de 60,6%. A diferença ocorreu, ainda, em relação ao acesso a museus (52,1% ante 45%) e em menor grau a teatros ou salas de espetáculos (42,2% ante 41,9%).

Quanto ao sexo, 52,2% das mulheres e 49% dos homens do Rio Grande do Norte tiveram acesso potencial a museus em 2021. Esse número aumentou quando o equipamento cultural considerado foram teatros ou salas de espetáculo (58,3% de homens e 57,6% de mulheres) e caiu substancialmente quando se referiu à cinemas (34,9% dos homens e 37,4% das mulheres). Pessoas sem instrução ou fundamental incompleto mostraram maior privação nesse último quesito (70,7%).

*Blog do Barreto

09 novembro 2023

DIONÍZIO DO APODI: O retrocesso dos editais da Fundação José Augusto

O Rio Grande do Norte não tem e nunca teve uma política cultural, infelizmente, e isso faz doer o coração de quem faz cultura nesse estado, que vive com o sentimento de abandono, de invisibilidade e mal visto pelos poderes públicos de todas as esferas. Muitos confundem editais com política cultural, o que é normal quando temos uma classe política culturalmente ignorante, e ignorância essa passada de geração em geração, onde, salvando uma ou outra exceção, ninguém tem tempo e muito menos interesse em se aprofundar nas questões da cultura potiguar. E do lado dos fazedores e fazedoras de cultura do estado a coisa não é muito diferente, há uma parcela que contribui muito para que isso continue assim. No cenário atual sobram publicações em redes sociais, de lado a lado, que fazem passar para o restante da sociedade uma realidade que está longe de condizer com o que vivemos no cotidiano.
Em nosso estado há muito sou uma voz perdida junto com outras poucas que cobram a efetivação do Fundo de Cultura do Estado. Cansado de participar de reunião com presidente e presidenta de fundação, com secretário, secretária, deputado, deputada, cobrar governador, governadora, e nada acontecer, de verdade. Eles e elas passam, passarão todo(a)s e a gente continua, sempre na mesma luta, falando das mesmas coisas (que coisa!?). Esse Fundo Estadual de Cultura foi criado em 2011, quando Rosalba era governadora mas nunca existiu na prática, da forma que a gente sonhava que ele iria acontecer, com acesso direto aos recursos. Se você acessar a página da Fundação José Augusto e clicar na aba que leva você para o Fundo, literalmente, você se deparará com a data de 02 de janeiro de 2014, às 10:51. Essa é a realidade da cultura potiguar: algo esquecido pelo tempo. É forte isso!
O que restou e que agora está muito fortalecido é o tal do Programa Câmara Cascudo, onde o governo do estado faz uma das maiores barbáries com o trabalhador e a trabalhadora de cultura e nem percebe, ou sim, que é colocar a decisão dos projetos aprovados com dinheiro público na mão da iniciativa privada, com as empresas ditando o que será apoiado ou não. Não combina com o governo que a Professora Fátima nos prometeu lá atrás. Há dois anos, em uma reunião da deputada estadual Isolda Dantas com o setor cultural falei isso, ela se manifestou favorável a discutir o Programa Câmara Cascudo, disse que tinha coragem para puxar essa discussão, direcionou uma equipe de advogados do seu gabinete, nos reunimos por várias semanas, convidei um amigo que participou de todo o processo de transformação de uma lei semelhante (de mecenato) para a criação do FUNCULTURA de Pernambuco, mas na hora de abrir a discussão para o estado veio a campanha eleitoral e com isso a conversa se perdeu.
Faço teatro desde 1998, vivo disso, e de lá para cá nunca houve um apoio certo do poder público de nosso estado para o setor cultural, lembrando que a cultura é um direito assegurado ao cidadão, como a saúde e a educação (nossa Constituição diz isso). Sempre aconteceram ações, algumas interessantes até, mas que nasceram para durar até o próximo gestor. Nada permanente. Permanente só a gente que fica sendo jogado de lá para cá, de reunião em reunião.
Dito isto, falo da pandemia onde me vi na situação de depender de um auxílio num governo bosta (não peço perdão pela palavra) como o de Bolsonaro e à medida que a vacinação avançou, nosso grupinho de teatro (acho que é assim que o poder público olha para a gente) passou a circular num carro Del Rey 1989, é o que temos, com uma difusora pendurada, pedindo alimentos, ajuda financeira e chamando o povo para assistir a um espetáculo numa praça qualquer. Tem gente que acha bonito. Eu acho é duro você não ter quem olhe por você nesse estado.
Veio a Lei Aldir Blanc de caráter emergencial, e no município de Mossoró, como em grande parte dos municípios do estado nos deparamos com muitas irregularidades, denunciamos, recebemos processo na justiça, nos desgastamos mas ganhamos o processo e assim a vida seguiu e felizmente ainda estamos vivos. No governo do estado, a Lei Aldir Blanc, tirando uma coisinha ou outra, considero que foi muito boa, feita de forma sensível, pela Fundação José Augusto. O apoio chegou a muita gente, principalmente por conta da divisão feita por regiões: região de Natal, região Assu/Mossoró, a de Apodi, a de Pau dos Ferros e por aí foi.
Passados esses anos nos encontramos no final de 2023 e por conta daquele desastre do governo federal passado, ainda estamos aqui a receber uma lei de caráter emergencial (agora chamada de Paulo Gustavo), que há quase dois anos se arrasta. Desta feita tudo se inverteu: a Prefeitura de Mossoró lançou editais da Lei Paulo Gustavo com uma atenção às pessoas menos favorecidas, diminuiu o valor dos prêmios para que mais trabalhadore(a)s tenham acesso, houve um cuidado para que a zona rural fosse atendida, e isso por conta do enfrentamento da Cooperativa de Cultura Potiguar, da qual faço parte, combinada a um secretário, Senhor Igor Ferradaes, que saiu do plano da conversa e se preocupou em colocar em prática os pedidos do setor cultural, principalmente da Cooperativa da qual faço parte, que se constitui num dos poucos instrumentos preocupados com a cultura de forma coletiva, além do próprio umbigo. Mesmo estando em uma gestão na qual não acredito (no prefeito Allyson Bezerra), o secretário de Mossoró merece esse reconhecimento, pela sensibilidade que teve em conduzir este processo. Já do lado do Governo do Estado, gerou muita expectativa, pelo valor dos recursos, pela quantidade de conversa (só com a Cooperativa da qual faço parte foram mais de quatro horas de reunião), pela demora na produção dos editais, pelas postagens nas redes sociais, pelo lançamento… mas a verdade é que os editais não foram cuidadosos, faltou sensibilidade, faltou experiência, faltou conhecimento do nosso estado, faltou respeitar os editais que já tinham no histórico da própria Fundação, levar em consideração o que os antigos companheiros fizeram, que inclusive eram da própria gestão do PT, então por que não aproveitar o que havia de legal por lá?
Se a Fundação José Augusto não corrigir os editais da Lei Paulo Gustavo, se não rever os inúmeros pontos falhos existentes, assistiremos a um seleto grupo aprovando projetos de valores maiores, com a maior parte de trabalhadore(a)s da cultura do estado ficando alheia. Uma circulação de 120 mil reais é um valor muito bom e necessário, mas quando temos limitação de recursos e grande quantidade de pessoas para serem atendidas por uma lei que é emergencial, o bom senso nos conduz, naturalmente a dividir. Melhor doze pessoas fazendo pequenas circulações de dez mil reais, ou até vinte pessoas com circulação de vinte mil, do que um apenas ganhar 120 mil, numa lei que é emergencial, falta essa visão.
Deixei por último para ninguém pensar que se resume a isso mas a Cooperativa de Cultura Potiguar tem mais de 40 cooperados, onde uma das vantagens de ser cooperado é poder usar o CNPJ da Cooperativa, que representa todos esses indivíduos, então o limite de projetos aprovados para uma cooperativa não pode se aplicar o mesmo limite de um CNPJ comum. A nossa cooperativa por exemplo pode aprovar 40 projetos diferentes que será cada um de um cooperado diferente. Não dar possibilidade para isso acontecer é ir de enfrentamento aos interesses do cooperativismo. Foi realizada reunião para isso, foi explicado, mas não foi observado. Por outro lado, a Prefeitura Municipal de Mossoró, da qual discordamos no campo ideológico abriu essa possibilidade em todos os seus editais, como é feito na FUNARTE, no Ministério da Cultura e onde houver bom senso.
O edital prevê que cinquenta por cento dos projetos é para a região de Natal e os outros cinquenta para o interior. Parece boa a ideia, mas como será isso na prática? Os editais anteriores do próprio governo de Fátima Bezerra já haviam pago essa matéria dividindo por regiões. Muito mais fácil a região de Apodi ter a garantia que não vai concorrer com a região de Mossoró ou de Caicó. É possível corrigir! Há tempo! Mas pela demorado da espera, a gente aguardava algo melhor.
Dionízio do Apodi.
Abraços e há braços!

25 dezembro 2022

MOSSORÓ-RN: Prefeitura divulga resultado do Prêmio de Fomento à Cultura 2022 e convoca selecionados

A Prefeitura de Mossoró divulgou, nesta sexta-feira (23), no Jornal Oficial de Mossoró (JOM), o resultado da seleção de projetos artísticos aprovados no Prêmio de Fomento à Cultura 2022. O Município convoca os projetos selecionados para assinatura do Termo de Fomento. Os proponentes deverão comparecer de forma única e exclusiva nesta segunda-feira (26), na sede da Secretaria Municipal de Cultura, no bairro Centro.

Iniciativa do Município, o Prêmio de Fomento 2022 contemplou diversos projetos artísticos da cidade. De acordo com a Secretaria de Cultura (SMC), os projetos contemplados participarão de eventos abertos à comunidade, fortalecendo o calendário cultural de Mossoró. Para a edição de 2022, a Prefeitura de Mossoró investiu 410 mil reais em premiações, reafirmando o compromisso com a arte e cultura mossoroense.

Os proponentes dos projetos selecionados deverão comparecer à Secretaria Municipal de Cultura, no horário das 8h às 12h ou das 13h às 17h. A unidade está localizada na Praça da Redenção Dorian Jorge Freire, nº 17, Centro. A SMC enfatiza que os proponentes premiados deverão portar documento oficial com foto e entregar cópia dos dados bancários da conta em que o proponente seja o titular.

O resultado, assim como as instruções para o recebimento do prêmio, foram detalhadas na edição do Jornal Oficial de Mossoró (JOM), Nº 696 A, de 23 de dezembro de 2022. Acesse aqui.

*Difusora de Mossoró

24 dezembro 2022

Governadora sanciona lei do Plano Estadual de Cultura

A governadora Fátima Bezerra sancionou nesta sexta-feira (23) a Lei nº 11.313, de 22 de dezembro de 2022, que institui o Plano Estadual de Cultura do Rio Grande do Norte (PEC/RN), um marco histórico para a política de fomento à cultura potiguar. O Plano será revisto a cada seis anos, em conformidade com a Constituição do Estado, por meio de estratégias e ações específicas.

O PEC/RN foi objeto de debates desde o seu encaminhamento em 2012, com previsão de revisões a cada cinco anos. Em audiência pública realizada em 2019, representantes dos movimentos culturais propuseram uma reavaliação. Após a fase crítica da pandemia, a proposta foi reavaliada e agora enviada ao Poder Legislativo Estadual com as contribuições de gestores públicos e artistas.

Após a entrega dos principais equipamentos culturais do RN em 2021, o Plano Estadual de Cultura irá gerar as diretrizes de uma política cultural em sintonia com os anseios dos trabalhadores, trabalhadoras e empreendedores do setor.

“Nossa gestão devolveu ao povo do Rio Grande do Norte importantes equipamentos culturais que estavam de portas fechadas – alguns deles há diversos anos – como o Teatro Alberto Maranhão, a Biblioteca Câmara Cascudo; a Fortaleza dos Reis Magos; o Memorial Câmara Cascudo, a Pinacoteca do Estado, a Escola de Dança, os teatros Lauro Monte e Adjuto Dias, respectivamente, em Mossoró e Caicó, e o Papódromo. Portanto, sancionarmos essa lei é mais uma garantia do nosso compromisso com o exercício da cultura em suas diversas linguagens e expressões”, afirmou a governadora Fátima Bezerra.

Entre as metas destacadas no PEC/RN, estão os estudos para a criação da Secretaria do Estado da Cultura (SECULT), do Sistema Estadual de Cultura e do Conselho Estadual de Políticas Culturais, que terá participação de representantes da sociedade civil. Também propõe a realização de concursos públicos para provimento de cargos efetivos de agentes de cultura, historiadores, antropólogos, cientistas sociais, biblioteconomistas, arquivistas, turismólogos, museólogos, produtores culturais, gestores de políticas públicas.

O projeto tem como finalidade a valorização dos empreendedores e dos trabalhadores e trabalhadoras que exercem atividades no segmento cultural potiguar e a proteção do patrimônio cultural material e imaterial do Rio Grande do Norte.

Processo democrático

O Plano Estadual de Cultura irá estabelecer estratégias e ações específicas voltadas a consolidação do processo democrático de valorização cultural incentivando o seu desenvolvimento, sua integração e a instituição de uma economia solidária e sustentável.

O PEC/RN promoverá também a produção, promoção e difusão de bens culturais; formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura; e a valorização da diversidade étnica e regional.

De acordo com a legislação, caberá à Fundação José Augusto (FJA) implantar programas de ações para a promoção, o fomento e a salvaguarda do patrimônio cultural potiguar; implementar uma política de financiamento direto e indireto para estabelecer programas e ações culturais que estejam aliadas ao desenvolvimento do Estado; e reconhecer o patrimônio cultural dos potiguares.

A Fundação José Augusto, com apoio da Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC), deverá monitorar e avaliar periodicamente o alcance das estratégias, além da eficácia das ações do PEC/RN, com base em indicadores regionais e locais que quantifiquem a oferta e a demanda por bens, serviços e conteúdos culturais.

“A sanção do PEC/RN é um sonho da governadora Fátima Bezerra, da FJA e dos trabalhadores e trabalhadoras de cultura do RN. A cadeia produtiva do Estado necessita deste plano. É uma vitória histórica que temos a comemorar para o setor cultural potiguar”, celebra o diretor-geral da FJA, Crispiniano Neto.

*Blog do Barreto

13 dezembro 2022

MARGARETH MENEZES ACEITOU SER MINISTRA DA CULTURA

A cantora e compositora Margareth Menezes informou, nesta terça-feira (13), que aceitou o convite feito pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comandar o Ministério da Cultura a partir de janeiro de 2023.

Mais cedo, Margareth se reuniu com Lula, no hotel em que o presidente eleito está hospedado, em Brasília. Depois, a cantora se dirigiu até o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição, onde falou com jornalistas.

A cantora disse que “aceitou a missão” e que vai fazer uma força-tarefa para “levantar” o Ministério da Cultura, que será recriado no novo governo. “Ele [Lula] disse que quer fazer um ministério forte para atender os anseios do povo da cultura e do Brasil, pelo potencial que a nossa cultura tem. Agora é juntar todo mundo, ouvir todo mundo, para primeiro levantar o ministério e fazer da cultura do Brasil o lugar que ela sempre merece”, afirmou.

*Correio do Povo