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25 outubro 2024

Conheça a escritora potiguar Thaís Dias, criadora do O Nome da Rosa

Escrever é uma arte com vida própria. Expor essa arte para o mundo pode ser como mostrar uma parte de si, como compartilhar uma parte do sentimento que você guarda no interior. E é isso que a escritora potiguar Thaís Dias faz quando publica os poemas e versos no perfil O Nome da Rosa (@_onomedarosa) no Instagram.

Escrevendo de forma amadora, a estudante de Medicina de 23 anos coloca um pedaço de si em cada palavra que lança para o mundo. Ela compartilha suas experiências e sensações por meio de palavras e versos que, por vezes, até rimam, sem obrigatoriedade. A linguagem de Thaís é para se sentir, se identificar e até procurar diferentes significados, porque, na verdade, o segredo não está na interpretação, mas no sentimento.

Com figuras da renascença, a artista das palavras ilustra seus poemas e poesias, construindo um ritmo sem ordem definida, mas que cai bem aos olhos de quem lê. Enquanto quem conhece Thaís fala que ela é expressiva, à revista Cultue ela provou que está viva entre as diferentes manifestações artísticas.

Sua trajetória no mundo da escrita se iniciou desde que se entende por gente. Quando criança, se divertia e brincava com as palavras nos poemas, como algo tão natural quanto respirar. “Eu comecei a escrever desde pequena. Poeminhas bobos, todo rimado. Ficava pensando em qual palavra faria uma rima boa”, diz.

Como esperado, a escritora não parou por aí. A escrita encantou seu lado artístico na adolescência, enquanto ainda cursava o segundo ano do ensino médio no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). “Retomei essa curiosidade pelas palavras numa aula de literatura que tive. A professora falava sobre as trovas. Me encantei de novo e voltei a escrever sem muito sentido”, pontua.

Com o nascimento do perfil O Nome da Rosa, veio a inspiração e a vontade de continuar a escrever cada vez mais. Foi em 2019 que ela conheceu a expressão que daria origem para o nome do perfil onde, até hoje, ela cria postagens com escritas poéticas acompanhadas de imagens de obras notáveis da arte.

“Conheci essa expressão numa aula de filosofia do curso para o ENEM, lá em 2019. Era uma aula sobre a Estética, que é justamente essa percepção por meio da sensibilidade, do sentir”, explica Thaís.

O sentir, que está tão presente em seus versos, deixa que as palavras cumpram seu maior objetivo. “O professor citou esse livro, O Nome da Rosa, livro antigo, para explicar que o autor poderia ter dado qualquer título ao livro. Na história, nem tem uma rosa, mas a palavra é tão bela e tão importante ao ponto de tomar tudo para si e qualificar, designar, um livro que não fala sobre nenhuma rosa”, descreve.

Não é só de livros que Thaís tira a motivação para escrever. Ela conta que se inspira em coisas da rotina, mas especialmente naquilo que sente. Emoções, memórias, sensações que não cabem no peito e que precisam se transformar em arte.

“Acho que minha inspiração vem muito das coisas que eu sinto, tanto que quando eu estou super em paz, entediada, não escrevo nada. Mas quando me coloco em contato com emoções ou resgato memórias, as estrofes vem até mim. Nunca me forço a escrever, porque eu não mando nas palavras. Eu só manuseio elas às vezes”.

Quem pensa que lidar com palavras é algo fácil, se engana. O turbilhão de emoções, por vezes, não segue uma ordem cronológica ou racional.

“Acho que meu maior desafio foi compartilhar meus textos. Eu tinha preguiça de ficar explicando quando nem eu compreendia tudo que estava escrito. Mas isso que é legal, é cada um ser tocado, cheirado e visto pelas palavras de uma forma única. É muito vivo. É estética”.

Os desafios, no entanto, existem para serem superados. Esse é o objetivo deles. A escritora lembra de um dos momentos mais bonitos da sua trajetória pelas palavras, como quando publicou um livro online.

“Deu muito trabalho, mas foi como colocar um filho no mundo. Você se sente orgulhosa de ter colocado algo único no mundo”, revela.

“Quero publicar mais filhos no futuro”, completa.

E, dessa vez, precisa ser tangível às mãos. “Publicar na internet tem seu lado frio. É um livro, mas não tem páginas amareladas com cheiro de livro, sabe? Eu quero poder ter um livro físico meu em casa e distribuir para quem quiser”, conclui.

*Karen Sousa - Agora RN

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