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21 abril 2024

BRASIL: 21 DE ABRIL, DIA DE TIRADENTES (FERIADO)

O Dia de Tiradentes é comemorado 21 de abril no Brasil desde 1890, logo após a Proclamação da República.

Essa data é feriado nacional e faz homenagem a Tiradentes, considerado um herói nacional, mártir e Patrono da Nação Brasileira.

Tiradentes se tornou patrono cívico da Nação brasileira em 1965, pela Lei Nº 4.897.

Visando enfatizar a importância dessa figura multifacetada no desenvolvimento da história do Brasil, a data faz referência ao dia de sua morte, quando Tiradentes foi enforcado e esquartejado em 21 de abril de 1792.

Quem foi Tiradentes?
Joaquim José da Silva Xavier nasceu no dia 12 de novembro de 1746 em Minas Gerais, na cidade de Pombal (hoje chamada Tiradentes).

A alcunha “Tiradentes” estava relacionada a prática farmacêutica que na época os autorizava a fazer operações dentárias.

Tiradentes envolveu-se num dos movimentos revolucionários libertários do século XVIII que ocorriam na colônia daquela época.

É preciso lembrar que houve outras rebeliões como a Revolta de Vila Rica ou a Conjuração Baiana.
A prisão e a morte de Tiradentes

Em 1788, Tiradentes envolveu-se no movimento revolucionário da Inconfidência Mineira contra a Coroa portuguesa. Foi preso em 10 de maio de 1789, no Rio de Janeiro, quando tentava captar apoio para sua causa.

Ficou preso durante três anos e foi o único do grupo dos Inconfidentes a ser condenado à forca. Foi enforcado e depois esquartejado, na praça da Lampadosa, no Rio de Janeiro, dia 21 de abril de 1792.

Inconfidência Mineira
A Inconfidência Mineira foi um movimento de cunho separatista e libertário, também chamado de "Conjuração Mineira", e buscava a emancipação da capitania de Minas Gerais em relação a Portugal.

Durante o século XVIII, os portugueses voltaram sua atenção para a região das Minas Gerais, na medida em que foram encontradas diversas minas de ouro e diamantes no local. Vem daí o nome do estado.

Minas Gerais tornou-se o grande atrativo para exploradores e conquistadores que se estabeleciam no local para tentar fortuna.

Por isso, a extração de ouro tornou-se a principal atividade econômica da Coroa Portuguesa durante o século XVII e XVIII. Além de explorar as minas, trabalhadores e escravos, cobravam-se altos impostos da colônia como o quinto, derrama e capitação.

Grande parte do ouro explorado era enviado para a Europa com a finalidade de enriquecer a Coroa. Os impostos abusivos deixavam a elite e a população cada vez mais descontentes com esta situação.

O grupo dos Inconfidentes
Os Inconfidentes, influenciados pelos ideais Iluministas, eram um grupo constituído por representantes da elite mineira. Havia proprietários de terras, militares, mineradores, advogados, intelectuais e padres.

Estava composto de cerca de 30 membros, dos quais se destacam o poeta luso-brasileiro Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810) e o poeta mineiro Cláudio Manuel da Costa (1728-1789).

O grupo lutava, sobretudo, pela autonomia das capitanias, a independência da região e a implementação de um sistema de governo republicano.

Quando delatados para a Coroa Portuguesa, o movimento foi desfeito, resultando no enforcamento de Tiradentes e a prisão ou o degredo dos outros inconfidentes.

*Toda Matéria

15 novembro 2023

15 DE NOVEMBRO: PROCLAMÇÃO DA REPÚBLICA!!!

"15 de novembro é uma data importante no Brasil, pois nesse dia comemora-se a Proclamação da República. Esse evento aconteceu em 1889 e foi resultado da mobilização do Exército e de republicanos civis contra a monarquia instalada no país desde 1822. A partir de um golpe, a república foi instaurada no Brasil e a família real foi expulsa.

A Proclamação da República foi resultado de uma longa insatisfação dos militares com o governo monárquico. Os historiadores tratam esse acontecimento atualmente como um golpe por ter sido uma transição de regime forçada e sem a participação popular. Atualmente o 15 de novembro é considerado feriado nacional."

08 agosto 2023

HISTÓRIA DE PATU E OS POVOS INDÍGENAS

Os primeiros habitantes de Patu foram os índios cariris. Em seguida, criadores de gado vindos de Apodi se estabeleceram no local, estimulando seu povoamento e, consequentemente, seu crescimento populacional. O povoado de Patu foi elevado à condição de distrito em 1852, pertencente ao município de Imperatriz (hoje Martins), e desmembrado deste em 25 de setembro de 1890, sendo hoje considerado um centro de zona do Brasil e uma cidade polo para os municípios vizinhos.
Hoje Patu, RN. Diga o povo que avance!
Veja o vídeo:

De: Lúcia Paiacu Tabajara

10 abril 2023

Distinção criada por Bolsonaro para homenagear a galera era um desrespeito à Princesa Isabel

Da coluna Painel, da Folha, sobre a distinção criada pelo governo Bolsonaro para agraciar a galera amiga, que os bolsonaristas reclamam que o presidente Lula vai mostrar...

Mas leia, e entenda como a medalha que leva o nome de Princesa Isabel, não foi criada para lembrar nada sobre uma das figuras femininas mais importantes na história do país, primeira mulher a administrar o Brasil, assumindo o trono por três vezes, por conta das viagens realizadas por Dom Pedro II, assinando, na sua última regência, a Lei Áurea, que libertou os escravos.

Leia as notas:

Patota
Criada no apagar das luzes do governo Jair Bolsonaro (PL) e recém-revogada por Lula, a Ordem Princesa Isabel homenageou em sua maioria políticos, religiosos e ativistas vinculados ideologicamente à gestão anterior. Na lista de 120 pessoas agraciadas em dezembro estão ex-ministros como Marcelo Queiroga (Saúde), Anderson Torres (Justiça) e Damares Alves (Direitos Humanos) e deputados federais bolsonaristas como Bia Kicis (PL-DF), Osmar Terra (MDB-RS) e Soraya Santos (PL-RJ).

Turminha

A relação tem ainda pessoas e entidades conservadoras, como as igrejas evangélicas Assembleia de Deus, Evangelho Quadrangular e Sara Nossa Terra. Há também empresários próximos ao bolsonarismo, como Elie Horn, além de policiais. O próprio Bolsonaro e a ex-primeira-dama, Michelle, foram agraciados. No governo Lula, a ordem dará lugar a uma medalha honrando o abolicionista negro Luiz Gama.

*FONTE: thaisagalvao.com.br

12 outubro 2022

APODI-RN: ESCRITOR VALENTIM CONHECE MULHER DE 106 ANOS NO BAIRRO BICO TORTO

O escritor Valentim, de volta as visitas para ajudar nas pesquisas, conheceu hoje a mulher que proveniente é a mulher mais velha de Apodi.
Dona Raimunda Alves Gomes, filha do casal: José Ferreira Gama, (José Cavaco) e de Catarina Alves Maia, dos Alves Maia da Paraíba, da mesma família de José Agripino, Lavoisier Maia e etc.
Dona Raimunda nasceu na Várzea de Apodi, numa terça feira, dia 20 de fevereiro de 1916. Isso mesmo entrou para os 107 anos de idade. Foi casada com Luiz Francisco de Lima, filho de Chico Sinfrônio. Sinfrônio era filho de Pedro Gomes Pinto, que era filho do capitão, dono da Fazenda Viçosa, Antônio Gomes Pinto.
Foi professora, doméstica, agricultora, costureira e artesã. Seu esposo foi seu aluno, na época ensinava numa casa e o rapaz acabou por se apaixonar por ela, acabando em casamento.
Hoje dona Raimunda é viúva, mora no bairro Bico Torto, cheia de saúde e uma lucidez invejável.

03 outubro 2022

3 DE OUTUBRO, DIA DOS MÁRTIRES DE CUNHAÚ E URUAÇU

Santos Mártires
Os Mártires potiguares morreram por defender a fé católica, no ano de 1645. O primeiro grupo foi martirizado em 16 de julho, no engenho Cunhaú, no município de Canguaretama, e o segundo grupo foi martirizado no dia 3 de outubro, em Uruaçu. Eles foram beatificados em 5 de março de 2000, pelo Papa João Paulo II, e canonizados em 15 de outubro de 2017, pelo Papa Francisco.

Feriado
Desde 2007, o dia 3 de outubro tornou-se feriado, no estado do Rio Grande do Norte. No dia 22 de novembro de 2006, a Assembleia Legislativa do RN aprovou o decreto, aprovando o feriado. O decreto foi enviado à Assembleia pela então governadora, Wilma de Faria, declarando 3 de outubro feriado estadual, em memória aos Protomártires.

15 abril 2022

APODI-RN: CASAMENTO DE NEOTEL BOTÃO E DONA TITICA DIÓGENES, HÁ QUASE 100 ANOS ATRÁS

No dia 14 de setembro de 1922, às 17h na casa de FRANCISCO DIÓGENES PAES BOTÃO, na rua da cadeia pública de Apodi, lado nascente, se casaram NEOTEL OZÓRIO BOTÃO e D. FRANCISCA DIÓGENES PINTO.
Ele nasceu no termo de Jaguaribe-CE, dia 06.09.1891. Era criador, residente em Iracema-CE no termo de Pereiro-CE.
Filho do Tenente-Coronel, JOSÉ OZÓRIO BOTÃO, falecido dia 06.07.1916 e de D. CARMINDA ROSA BOTÃO, nascida em 1856.
Ela nasceu na fazenda Ponta de Apodi-RN dia 09.03.1903. Era costureira.
Filha de FRANCISCO DIÓGENES PAES BOTÃO, nascido dia 17.09.1862 e de ANTÔNIA ZENÓBIA PINTO, nascida na fazenda Ponta, em fevereiro de 1869.
Testemunhas: TOZEL OZÓRIO BOTÃO, VALDEMIRO DIÓGENES, TELMO OZÓRIO BOTÃO, residentes em Iracema-CE e MANOEL DIÓGENES DO NASCIMENTO, criador e residente na fazenda Ponta de Apodi-RN.
Fonte: Primeiro Cartório de Apodi.
Foto: Acervo da Família. Tirada dia 07.01.2002.
Veja 12 dos 14 filhos do casal: Neotel Botão e D. Titica Diógenes.
Em pé: Da esquerda para a direita, Maria de Lurdes, Vanilda, Valdeci, Derceles, Edimilson, João, Margarida e Salete.
Sentadas: Da esquerda para a direita, Santa, Albaniza, Ducarmo e Terezinha.
Obs: Antônia Zenóbia, era filha do Coronel Ferreira Pinto e da parteira Claudina Pinto. Claudina irmã do Coronel João Jázimo, ambos filhos do Tatão da Ponta, o capitão Sebastião Celino de Oliveira Pinto e de D. Josefhina Zenóbia Pinto.
*Escritor Valentim...

03 fevereiro 2022

APODI-RN: PARÓQUIA DE SÃO JOÃO BATISTA E NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO COMPLETA 256 ANOS

História

Antes da criação da paróquia de Apodi, o pastoreio espiritual sobre a grei apodiense era exercido pelos reverendos Sacerdotes da Paróquia de Pau dos Ferros, criada em 1766. Antes da criação da paróquia de Pau dos Ferros, a assistência espiritual era feita através das DESOBRIGAS. Esse era o nome dado ao trabalho missionário feito pelos padres visitadores, que consolidaram o processo interativo Igreja-povo.

O pioneirismo do pastoreio espiritual em terras Apodienses atrela-se à figura eclesiástica do Padre PHILIPE BOUREL, que aportou nesse rincão no final do mês de Dezembro de 1699, tendo, juntamente com o Padre JOÃO GUINCEL instalado a Aldeia Jesuíta da Missão do Lago Pody, primeira denominação de Apodi, a 10 de Janeiro de 1700.

O primeiro templo católico edificado na pequena povoação apodiense fora construído no ano de 1740, objeto de intensos esforços empreendidos pelo incansável frade Capuchinho Frei Fidélis de Padavolis. Era uma pequena Capela de madeira e barro, na qual foi entronizada a imagem de São João Batista, que até os dias atuais compõe o Altar-Mor da Igreja-Matriz.

A Paróquia foi criada por provisão de 03 de fevereiro de 1766, do Bispado de Olinda e Recife, por Dom Francisco Xavier Aranha, graças aos esforços do padre João da Cunha Paiva, primeiro vigário de Apodi. O português Antônio da Mota Ribeiro, primeiro procurador da Matriz de São João Batista do Apodi, também exerceu grande influência na criação da paróquia. Segundo os historiadores Manoel Antônio de Oliveira Coriolano e Nonato Mota, a atual Igreja-Matriz já se encontrava edificada quando foi criada a paróquia.

A Paróquia de Apodi era detentora de vasta atuação territorial, com a sua jurisdição eclesiástica estendendo-se até a pancada do mar, ou seja, até onde hoje estão situadas as cidades de Tibau, Grossos e Areia Branca, tornando o trabalho cansativo para os Párocos que tinham que percorrer longas distâncias para realizarem os ritos sacerdotais - batizados e casamentos.

A paróquia do Apodi(subordinada a Diocese de Santa Luzia de Apodi), foi desmembrada da Paróquia de Pau dos Ferros, e tem a particularidade de possuir dois padroeiros: São João Batista e Nossa Senhora da Conceição, cujas festas se realizam nos dias 24 de junho e 8 de dezembro, respectivamente.

Desde 2017 o Padre Francisco das Chagas Costa é o atual Pároco da Igreja Matriz de Apodi.

Para conferir outros Padres que já passaram pela Paróquia de Apodi, acesse o link a seguir:
https://fatosdeapodi.blogspot.com/2018/01/padres-da-paroquia-de-apodi-de-1776-ate.html

*Fonte: Fatos de Apodi

05 dezembro 2021

MOSSORÓ-RN: [VÍDEO] LAURO DA ESCÓSSIA O HOMEM QUE ENTREVISTOU O CANGACEIRO JARARACA

Lauro da Escóssia
O dia 19 de junho de 1927 foi importantíssimo na história do Jornal O Mossoroense e de toda a imprensa potiguar, pois foi neste dia que foi publicado o maior furo de reportagem do Estado.
Tratava-se da entrevista que o cangaceiro Jararaca concedeu a Lauro da Escóssia na prisão, antes mesmo de depor em inquérito policial. Com a reportagem, de repercussão nacional, transformada em matéria do jornal O Estado de São Paulo, o jornal chegou a uma vendagem recorde de 5.400 exemplares, patamar nunca mais alcançado.
A manchete dizia "Hunos da nova espécie" e a sub-manchete, "O famigerado Lampião e seu grupo de asseclas atacam Mossoró".
As chamadas diziam "A heróica defesa da cidade" e "É morto o bandido Colchete é gravemente ferido o lombrosiano Jararaca". Em seu livro "Escóssia", Cid Augusto transcreve a reportagem, que é introduzida por comentário discordando do adjetivo atribuído a Jararaca na chamada, e que pode ser conferida abaixo na íntegra: "- Não, nada. Sujeito simpático. Ele começou me dizendo que se chamava José Leite, tinha 27 anos e nasceu no dia 5 de maio em Buíque, Pernambuco.
Sujeito moreno, muito moreno, mas não era negro. Era solteiro e andava com Lampião há um ano e alguns meses. Ele tinha um fuzil mauser e cartucheiras de duas camadas, mais 560 mil réis no bolso e uma caixinha com obras de ouro no valor de 1 conto de réis.
Disse que o ataque a Mossoró foi idealizado por Massilon Leite e que Lampião relutou um pouco, por causa da história das duas Igrejas.
Que quando Lampião chegou a Mossoró não gostou nada, nada, daquela 'igreja da bunda redonda' (de onde estavam partindo os tiros contra o bando).
De repente, Jararaca começava a rir, diz Lauro da Escóssia, e a gente perguntava por que, espantado como um homem com um buraco de bala no peito ainda conseguia rir. -Mas, enfim, Jararaca, para que Lampião queria tanto dinheiro? - Era pra comprar os volantes de Pernambuco.'
Cangaceiro Jararaca, na prisão em Mossoró
Voltamos a outros episódios com Jararaca na prisão.
Quelé não entrou na cadeia. Um seu ordenança, negro bem alto chegou perto de Jararaca, tendo-lhe arrancado do pescoço, num gesto brusco, uma volta de ouro que trazia com uma medalha de Santa.
Depois cobiçou um anel que o bandido trazia no dedo. Jararaca tentou tirar, não conseguindo, ao que o negro foi logo dizendo: '- Coloque a mão aqui. Eu vou cortar o dedo para tirar o anel'. E puxou um faca (facão) ao que o Dr. Marcelino implorou: '- Meu senhor, não faça isto. Cortar o dedo na minha frente, não'.
O negro desistiu, por certo atento à sensibilidade do doutor.
Jararaca, fez um pedido com certa ironia: '- Tragam Quelé que eu quero dizer quem é cangaceiro'.
Disse depois: '- Quelé era do nosso bando e a polícia paraibana fez dele um sargento para nos perseguir'.
Mesmo ferido, Jararaca não escondia seu riso, o desejo de ainda viver e no momento em que uma linda jovem de nossa sociedade penetrava na sala, atenta à sua curiosidade para ver o bandido, este pergunta:
'- Esta moça é daqui?'. Ao que, recebendo a afirmativa, disse: '- Se o capitão (Lampião) soubesse que aqui tinha uma moça tão bonita teria entrado na cidade.'
A uma pergunta de D. Marola Silva (esposa do Sr. Veriato Silva), se os vinte e tantos traços que tinham na coronha de sua arma eram anotações de morte feitas pelo mesmo, como dizem, respondeu-lhe:
'- É tudo mentira, minha senhora. Eu nunca matei ninguém'. E deu uma boa gargalhada, saindo o vento pelo furo do peito.
Apenas impaciente ficou seguidas horas naquele sofrimento, pelo que chegou a pedir um canudo de mamão e algumas pimentas malaguetas, dizendo que com isso ficaria bom. Perguntei-lhe como. Disse: '- No bando, quando alguém recebe ferimento como este (apontando para o peito), sopra-se malagueta pelo canudo colocado na ferida. Sai toda salmoura do outro lado. Arde muito, mas a gente fica curado'.
Mas, apesar de tudo isto, Jararaca vinha aos poucos melhorando e se tivesse sido medicado convenientemente não morreria pelos ferimentos.
O tenente Laurentino de Morais tinha ido a Natal de onde voltou na quarta-feira seguinte. Esperou pela quinta, quando Jararaca seria transportado para Natal.
Alta noite, da quinta para a sexta-feira, levaram Jararaca, não para Natal e sim para o cemitério, onde já estava aberta a sua cova. Disse o bandido: '- Vocês não me levam para Natal. Sei que vou morrer. Vão ver como morre um cangaceiro!'
Naquele local foi-lhe dada uma coronhada e uma punhalada mortal.
O bandido deu um grande urro e caiu na cova, empurrado. Os soldados cobriram-lhe o corpo com essa areia. Essa ocorrência feita às escondidas foi guardada com as devidas reservas por alguns dias. Tempos depois, o capitão Abdon Nunes, naquela época comandante da guarnição policial de Mossoró, revelou em depoimento a morte de Jararaca'.


*http://www.lampiaoaceso.blogspot.com/Vídeo Aderbal Nogueira/Passando na Hora

19 abril 2021

19 DE ABRIL, DIA DO ÍNDIO

1630 a1645 domínio holandês
A aliança dos flamengos com os indígenas do interior da Capitania do Rio Grande foi relativamente pacífica, pois, ao contrário dos portugueses, os holandeses concederam aos Tapuias uma aparente liberdade e a não-escravização, além de manterem relações bastante íntimas.
1680: Os irmãos Nogueira João Nogueira vieram desbravar a região do Apodi terras dos Índios Tapuias Paiacus.
1700: Iniciou catequese dos Índios pelos Jesuítas através das Missões de São João Batista 23.03.1835 foi criado o município de Apodi entravada na região do Rio grande do Norte.

03 janeiro 2021

MARCELINO VIEIRA-RN: FAZENDA GUARDA MARCAS DA PASSAGEM DO BANDO DE LAMPIÃO EM 1927

Fazenda guarda marcas da passagem do bando de Lampião pelo RN, em Marcelino Vieira — Foto: Hugo Andrade/Inter TV Costa Branca
A Fazenda Califórnia, no Sítio Lajes, zona rural do município de Marcelino Vieira, é uma daquelas propriedades onde a terra não para de ser produtiva. São cerca de 15 hectares que recebem diversos cultivos ao longo do ano. Agora, é tempo de esperar o ponto certo para colher o feijão verde. A área onde o grão foi plantado já recebeu a batata-doce, meses atrás. Em outra parte, os maracujás estão crescendo e sementes de melancias serão plantadas para fazer um cultivo em consórcio e aproveitar ainda mais a área.

A fartura da produção se deve a boa oferta de água. A fazenda é privilegiada com três cacimbões. Em mais de trinta anos que foram construídos, os reservatórios nunca secaram. Mas não é só pela produtividade que a Fazenda Califórnia é conhecida. Existe outra história que chama atenção: a passagem do bando de Lampião no Rio Grande do Norte, em junho de 1927.  

É um capítulo da história conhecido por poucos. Naquele ano, antes de chegar em Mossoró, o bando de Lampião percorreu 13 cidades do estado, na região oeste. A casa grande da Fazenda Califórnia guarda um pedaço dessa passagem.  

Enquanto passavam por Marcelino Vieira, na época chamada de Vila Vitória, os cangaceiros foram até a Fazenda Califórnia. As marcas da passagem do bando estão presentes até hoje nas três portas de madeiras que dão acesso ao interior da casa. Até hoje é possível ver o desgaste da madeira provocado pelos canos das armas dos cangaceiros.

Iramar Oliveira, atual administrador da fazenda — Foto: Hugo Andrade/Inter TV Costa Branca
Segundo Iramar Oliveira, atual administrador da fazenda que foi herdada da família, a visita indesejada do bando de Lampião foi motivada por uma vingança. “A história que a gente conhece é que um homem estava levando seus animais para a cidade de Luiz Gomes e teria parado aqui na fazenda para descansar. A dona da casa, a senhora Liberalina, negou abrigo. Dias depois, o homem voltou com o bando de lampião para se vingar”, conta Iramar. Essa história é passada de geração em geração.

Por causa desse fato, a casa se tornou um espaço de visitação de curiosos e pesquisadores. A construção também é uma atração a parte. A casa tem mais de 150 anos e guarda aspectos da arquitetura bastante usados em casas daquela época. Paredes grossas, teto alto e até parte de um sótão de madeira, preservado até os dias de hoje. 

“Muita gente vem aqui. De vez em quando, chega estudante, professor, todo mundo querendo saber como foi a passagem de Lampião”, fala dona Maria Rita, responsável pelos cuidados da casa. “Eu acho muito bom receber o pessoal. Tem gente que só acredita quando vê a marca das armas nas portas”, diz a dona de casa que já recebeu até parentes de Lampião na residência.

Dona Maria Rita, responsável pelos cuidados da casa da fazenda Califórnia — Foto: Hugo Andrade/Inter TV Costa Branca

*Do G1 RN