O estado do Rio Grande do Norte se destaca como um dos que mais desperdiçam água potável na região Nordeste, conforme um estudo divulgado em maio de 2023 pelo Instituto Trata Brasil. Segundo a pesquisa, aproximadamente 52,19% dos recursos hídricos do estado são perdidos no setor de distribuição, não chegando às residências potiguares. O estudo traz dados de 2021, abrangeu todo o Brasil e analisou os 100 municípios mais populosos do país, de acordo com o Ranking do Saneamento.
A cidade de Natal, considerada a 20ª mais populosa do Brasil, e Mossoró, na 94ª posição, encontram-se com os piores índices em relação às perdas na distribuição de água, ocupando respectivamente a 94ª e a 95ª posição entre as 100 cidades analisadas. As cidades potiguares ficaram à frente apenas de São Luiz (MA), na 96ª posição, Várzea Grande (MT), na 97ª posição, Rio Branco (Acre), na 98ª posição, Macapá (AP), na 99ª posição, e Porto Velho (RO), na 100ª posição.
A título comparativo, o Rio Grande do Norte desperdiça diariamente o equivalente a 111 piscinas olímpicas, deixando de atender potencialmente 582 mil (582.849) pessoas no estado. Em todo o Brasil, são desperdiçadas 7.991 piscinas olímpicas, o que representa mais de 25 milhões de pessoas sem atendimento adequado.
As perdas na distribuição de água são causadas por diversos fatores, incluindo vazamentos nas tubulações, fraudes e ligações clandestinas. Além disso, a falta de investimentos em infraestrutura agrava o problema. Para solucionar o problema, são necessárias algumas ações como a substituição de tubulações antigas, a instalação de medidores de consumo, a fiscalização contínua e a conscientização da população sobre a importância do uso responsável da água.
Com mais de 14 milhões de habitantes sem acesso à água potável, a região Nordeste ainda enfrenta grandes desafios na redução dessas perdas. Estima-se, de acordo com o estudo, que o Nordeste perca 46,15% da água produzida nos sistemas de distribuição, o que representa quase metade da água tratada que acaba sendo desperdiçada antes de chegar às residências dos consumidores.
*Agora RN
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