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10 janeiro 2025

NATAL/RN: Médico comemora transplante: ‘paciente já estava caminhando para o fim’

Após um natalense de 67 anos receber o primeiro coração transplantado em 2025 no Rio Grande do Norte, o médico-cirurgião responsável pela operação, Marcelo Cascudo, contou que o procedimento foi bem-vindo para o paciente, que há muito tempo já estava debilitado pelo seu agravo cardíaco. O transplante foi concluído na tarde desta quinta-feira (9), no Hospital Rio Grande, em Natal.

Primeiro transplante de coração de 2025 no RN acontece hoje em Natal
Potiguar de 67 anos recebe 1º transplante de coração em 2025 no RN; Estado zera fila

“O paciente já vinha sofrendo muito, deu várias internações aqui no Hospital Rio Grande, colocou um desfibrilador, colocou um aparelho tipo marca-passo para poder melhorar o batimento cardíaco dele, para facilitar a função do músculo dele. E mesmo assim com o tempo ele foi piorando, não respondeu bem ao tratamento, e estava caminhando para o fim da vida dele”, disse o médico.

O cirurgião também explicou que a compatibilidade entre o doador e o receptor do órgão foi considerada excelente, tendo pesos, alturas e tipo sanguíneos compatíveis, o que favoreceu ainda mais a realização do transplante com sucesso. O órgão foi captado de uma doadora mulher em Mossoró, na manhã desta quarta-feira, e transplantado para o paciente no Hospital Rio Grande, em Natal, na tarde do mesmo dia.
Para que seja bem sucedido, o procedimento completo do transplante deve ser concluído em até 4h da parada do coração, na retirada do doador. “Do momento em que a aorta foi pinçada, no corpo da doadora, até o momento em que ele começou a bater, no corpo do homem transplantado, foram 3 horas e 16 minutos, ou seja, foi realizado no tempo certo e bom para este tipo de cirurgia”, conta o cirurgião.

O transplante realizado hoje zerou a fila de transplantes de coração no Rio Grande do Norte, mas o médico destaca que é algo que pode ser alterado a qualquer momento. “Os pacientes [para transplante] aparecem de um dia para a noite, e esse mês mesmo pode aparecer”, disse, enfatizando que a fila antes era composta apenas pelo paciente hoje transplantado.

*Tribuna do Norte

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