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02 abril 2023

NEY LOPES ANALISA A VOLTA DE BOLSONARO

O ex-presidente Jair Bolsonaro retorna ao Brasil, procedente de Orlando, USA, onde se encontrava, desde 30 de dezembro de 2022.

No Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck, em Brasília o voo 7601, da Gol, já pousou às 6h38.

A previsão inicial era ele permanecer em Orlando, Estado da Flórida, onde obteve 74% dos votos no primeiro turno da eleição, até o fim de janeiro de 2023,

Política - No Brasil, o ex-chefe de Estado prosseguirá com os trabalhos dentro da política junto ao PL, na condição de presidente de honra do partido, com salário de R$ 41,6 mil, igual ao dos ministros do STF.

Consequências - A indagação é sobre as possíveis consequências do retorno de Bolsonaro.

Os desdobramentos deverão ocorrer nas áreas política, judiciária, econômica e militar.

País - O país mudou, após a saída de Bolsonaro, a começar pelos atos insanos e criminosos de 8 de janeiro

Em seguida, a tragédia dos Yanomami.

Mais recentemente, o noticiário sobre as joias. Além disso, o “adesismo”, sobretudo do “Centrão”, com aliados bolsonaristas graúdos, hoje ao lado do presidente Lula.

Justiça - O maior incomodo certamente serão os procedimentos já em curso na justiça.

Quando presidente, Bolsonaro era investigado em quatro inquéritos autorizados pelo STF e enfrentava acusações de crimes feitas pela CPI da Covid, que estavam em apuração pela PGR.

Observe-se que o ministro Dias Toffoli determinou o arquivamento de dois pedidos de investigação contra o ex-presidente, que foram formulados no relatório final da CPI da Pandemia.

Inelegibilidade - Do ponto de vista político e jurídico, o risco maior são as doze ações, que tramitam no TSE, por suspeita de prática de crimes contra o sistema eleitoral.

Caso seja condenado pela Justiça Eleitoral em qualquer uma das doze ações, Bolsonaro ficará inelegível.

Ação I - Em dezembro de 2014, Bolsonaro agrediu verbalmente a deputada a deputada federal Maria do Rosário (PT), dizendo: “Não estupraria você porque você não merece”.

Ele foi condenado a pagar indenização e a pedir desculpas no processo por injúria, mas a ação penal por incitação ao estupro foi paralisada em 2019, por causa da eleição de Bolsonaro à Presidência.

Ação II – O presidente da República não pode ser responsabilizado, durante o seu mandato, por atos cometidos antes de se tornar presidente.

Com a saída do Planalto, no entanto, a ação volta a correr na Justiça, e o ex-presidente pode ser condenado à detenção de três a seis meses — pena que costuma ser convertida em multa.

Foro - Outra alteração legal em desfavor de Bolsonaro é a perda do foro privilegiado.

Nesse caso, regra geral, as ações passam a serem julgadas na justiça comum.

Joias - Ao chegar no Brasil. Bolsonaro deverá ser questionado por um tema delicado, que é o destino das joias presentadas pelos sauditas.

Bolsonaro irá dizer, segundo se anuncia, que apoia investigações, já que não deve nada.

Entretanto, as investigações precisam incluir também os mandatos petistas, com um pente fino, pois presentes idênticos foram dados à época dos mandatos de Dilma e Lula.

Reflexos - Os reflexos na economia dependerão do que o ex-presidente falar ou acusar.

Na área militar, não há sinais de inquietação.

Normalidade - Em resumo, caso não existam confrontos, verbais ou em locais públicos, tudo indica que o retorno do ex-presidente será um fato normal de ocorrer num país democrático.

Construção - Que assim seja.

O Brasil não aguenta mais agitações ou convulsões políticas.

A hora é de construção, tarefa dividida entre governo e oposição.
Olho aberto

Hospital – O Papa Francisco, 86, foi hospitalizado ontem, chegando ao Hospital Universitário Gemelli, em Roma, com problemas cardíacos e respiratórios.

Audiências papais até sexta-feira foram canceladas, permanecendo a dúvida sobre se Francisco irá participar nas atividades da Semana Santa no Vaticano, que começam no domingo.

Gleisi Hoffmann - Carlos Carboni era secretário do gabinete da deputada Gleisi Hoffmann, ganhando R$ 8,3 mil.

Passou a ser diretor de Coordenação na Itaipu Binacional, com salário mensal de R$ 76 mil.

China - Brasil negocia com a China nova data para viagem de Lula. 11 de abril é a possibilidade.

A aprovação passa pela agenda de Xi Jinping.

*POR: Ney Lopes

17 janeiro 2021

ANÁLISE: "PARA ONDE CAMINHA A HUMANIDADE?"

NEY LOPES

Para quem ainda duvida e reduz os efeitos mortais da Covid19, a cifra de dois milhões de mortos no mundo fala mais alto. O ritmo de expansão das vítimas, longe de diminuir, continua a crescer na Espanha, na Europa e em praticamente todos os lugares do planeta. 

O vírus levou sete meses para causar o primeiro milhão de mortes, mas apenas três meses para somar o segundo milhão. Se em meados do ano os mortos estavam em torno de 5.000 por dia, agora aumentaram para 13.000. Quase o triplo todos os dias. A velocidade do segundo milhão lembra que estamos em uma corrida contra o relógio. 

A realidade imediata é que a imunidade ainda está muito distante. . Na Europa, por exemplo, há países como Bulgária, Hungria e República Tcheca onde o vírus praticamente não havia chegado até o último trimestre de 2020. Lá as mortes foram apenas algumas centenas no primeiro semestre, mas agora se contam aos milhares. Três países com mais mortes são os EUA (380.000), o Brasil (208.000) e o México (137.000). 

Em geral, as mortes por coronavírus serão maiores do que as que constam nos dados oficiais. 

Para se ter uma ideia do impacto da covid-19, basta dizer que está agora entre as principais causas de morte no mundo. Com dados de 31 de dezembro, a OMS afirma ser a sexta patologia dessa lista, no mesmo nível do câncer de pulmão e à frente de Alzheimer, diarreia, diabetes e doenças renais. 

Uma das principais causas de morte não existia há um ano. A questão é quando serão ultrapassados os três milhões de mortes e se serão três, quatro ou quantos milhões em 2021. 

Responder é impossível, porque a corrida pela vacina está apenas começando. 

Afinal, para onde caminha a humanidade?

01 novembro 2020

ANÁLISE DE DIONÍZIO DO APODI: "AGNALDO FERNANDES, ALAN SILVEIRA E BERINHO DIAS SÃO IGUAIS"

Um pássaro que vive em gaiola e nunca contemplou a liberdade, se você o solta ele não sabe o que fazer fora dela.
Assisti ao debate com os candidatos à Prefeitura de Apodi na TCM, na última quarta-feira. Gosto de assistir mesmo sabendo que não dá para ter uma visão ampla e real das coisas por um debate, onde os candidatos ficam limitados ao tempo e formato, e principalmente não respondem as mesmas perguntas, que é onde a gente poderia ver, com mais clareza, as diferenças de cada um.
Minha companheira Renata Soraya me colocou num exercício de pensar as diferenças dos candidatos de Apodi para as candidatas e candidatos de Mossoró, e de cara não resta dúvida de que em Apodi temos três jovens que poderiam, podem e devem ser exemplos para Mossoró. Enquanto Mossoró vive uma disputa política, com muitos figurões, regada à muita baixaria e disse-me-disse com objetivo de atacar o outro, onde os pensamentos das candidatas e dos candidatos ficam no jogo feio e sujo, que mais celebra o achincalhe ao adversário do que mostrar uma proposta que tire Mossoró do abandono em que se encontra, em Apodi temos três garotos que conversam sobre os problemas do município. Sinto falta de uma representação feminina para podermos trazer outras questões para o debate, que não chegarão com a mesma força sendo defendidas por homens. Mas Parabenizo os três e confesso o orgulho e a alegria de ouví-los conversando sobre os problemas das zonas urbana e rural. Claro que de vez em quando um ou outro se prevalecia da velha forma de fazer política e apontava o dedo dizendo que o outro não fez isso, sua governadora fez aquilo, mas acredito que alguém precisa alertá-los para a beleza de suas participações alí, para que percebam que promoveram algo bonito quando conversaram sobre o problema da Baixa do CAIC, uma comunidade construída dentro de uma lagoa, praticamente, que sofre a cada inverno com as águas entrando dentro das casas; do esgoto a céu aberto que temos em Apodi e que desemboca em nosso cartão postal, que é a lagoa; a necessidade de UBS em alguns lugares estratégicos da zona rural; sobre a agricultura familiar que é tão bem defendida pelo candidato agricultor Agnaldo, e que o prefeito Alan Silveira já executa uma ação de compra de produtos dos agricultores para a merenda das escolas do município; a necessidade de geração de empregos e oportunidades para os estudantes que saem do IFRN Apodi e que não encontram espaços para desenvolvimento de pesquisas, tão bem apontado pelo candidato Berinho, que foi estudante do IF; e tantos assuntos mais. Deu gosto ver Apodi sendo debatida assim. Claro que sim!
Mas pela juventude dos três é muito necessário gente séria, experiente, de visão no futuro, próxima desses jovens candidatos, para agora e para o futuro, para que não caiam numa forma velha de fazer política que não cabe mais e que é tão prejudicial para Apodi, tipo essa besteira de bacural e bicudo que só serve para dividir um município onde todos se cruzam pelas calçadas, pela feira, pelos sítios. APODI É DE TODOS NÓS!
Não conheço o candidato Berinho Dias. Confesso ter receio de seu partido, o mesmo por onde se elegeu esse desastre brasileiro e vergonha mundial que é Jair Bolsonaro, mas vejo algo muito diferente pelo menos no discurso de Berinho, que é o conhecimento dos problemas de Apodi e ideias para tentar resolver, um grande exercício para um jovem como ele, que saiu de dentro de uma instituição públlica e que pode, mais que ninguém, defender, como ele defendeu no debate, o fortalecimento do ensino e de outros serviços públicos, bem diferente do que pregam os filiados do PSL, com discurso de privatização. Talvez Berinho esteja no lugar errado. Mas não joguemos pedras não, que é um jovem apodiense como tantos, cheio de talento. E talento não se desperdiça, se estimula e desenvolve.
Agnaldo Fernandes é outro jovem, cheio de sonhos e vem do lugar onde o apodiense mais se identifica que é a zona rural. Pode e deve em algum momento ser o prefeito de Apodi, não sei se agora. O povo quem vota e decide e a gente respeita. Agnaldo é agricultor, sabe com profundidade dos problemas do campo. Está em construção e tomara que perceba logo que não é necessário, mesmo sendo do Partido dos Trabalhadores, se direcionar tanto para a defesa e bênção de seus correligionários, porque acaba ganhando uma rejeição injusta por causa de outras pessoas. Principalmente, precisa entender que para derrotar uma estrutura como a de Alan não pode ir pelo mesmo caminho que ele, fortalecendo a fala de construção de UBS, escola, etc. As obras são importantes sim, precisam ser feitas, mas estas Alan está fazendo, ninguém tem dúvidas. É que as obras por si só não transformam uma estrutura. É necessário apontar e ter soluções para as fragilidades da administração de Alan, que existem sim, e muitas.
Alan tem uma excelente popularidade. Foi inteligente ao ver que para agradar o povo de Apodi bastava fazer o contrário do seu antecessor na Prefeitura, professor Flaviano Monteiro, que se distanciou das calçadas, das ruas. Alan faz disso seu maior trunfo que é sair pra feira, pra qualquer lugar, de peito aberto. É injusto dizer que Alan não fez nada em Apodi. Fez sim, é necessário reconhecer para podermos entrar em outro nível no debate. Precisamos subir um degrau: ok, fez essa escola, reformou aquela, deu aumento para professores, muito importante mas isso não soluciona nossos problemas com relação a educação do município que continua precária. Talvez aqui Agnaldo e Berinho pudessem entrar e perguntar: sua filha vai estudar em escola pública, senhor prefeito? Você estudou em escola pública? Os vereadores de sua base tem suas filhas e filhos nas escolas públicas do município? Por quê? As mesmas perguntas seriam feitas na área da saúde, se ele e os vereadores de sua base, ou até de oposição também, procuram atendimento no posto de saúde. Eu, particularmente, defendo que quem exerce um cargo público por voto deveria utilizar os serviços públicos, como obrigação.
O que foi feito para revitalizar a lagoa do Apodi, que é importante do ponto de vista econômico e histórico? Não foi feito nada, a não ser essas limpezas superficiais. Não se pensou um projeto para a lagoa daqui a 30 anos porque o pensamento é para os quatro anos de agora e mais quatro pela frente. Não se "perde" tempo numa coisa que precisa impor uma responsabilidade para os futuros prefeitos num prazo que ultrapasse sua reeleição. Não se pode ficar falando em trazer empresas de fruticultura que enchem nosso solo e os pulmões dos trabalhadores apodienses de veneno sem pensar e pesar sobre o futuro das pessoas de Apodi, em todos os aspectos. Não vejo ninguém falar das carretas que estão acabando com o sossego dos moradores da região da Areia, o tempo inteiro, de dia, noite e madrugada, passando carregadas de frutas da Melão Mossoró, numa tremenda violência à comunidade, que é oprimida, presa, em troca de um discurso de um punhadinho de empregos.
Nossas riquezas são muitas e eu não preciso nem dizer porque o apodiense já sabe.
Aqui não estou defendendo voto, e sim pensamento. Para que se pense, pese, reflita, com muito carinho por Apodi. Tenho muito a falar porque gosto de Apodi, mas de outra oportunidade poderemos falar sobre outras coisas. Optei por me afastar de Apodi nesse momento para evitar desgaste e manter as amizades que tenho e prezo. Depois das eleições a gente volta a desenvolver projetos culturais por aí, de forma independente, como tanto fizemos ao longo de nossa trajetória.
Os candidatos e seus simpatizantes não fiquem com raiva de mim porque os chamei de iguais. É neste contexto que desenvolvi. E não esqueçam do passarinho que falei no início. Se você tira ele de dentro gaiola pequena e coloca numa gaiola maior, ele se alegra, mas não sabe o pobre infeliz que continua preso. Não adianta você melhorar a gaiola, se a condição primeira do ser humano é a liberdade. O apodiense precisa se libertar dos velhos modelos de fazer política, do contrário vai ficar nos números dos candidatos e nem perceber do que realmente é necessário para uma transformação social, de verdade, a que Apodi necessita.
Abraços e beijos do Apodi que habita em mim,
Dionízio.