Além de Jean Paul Prates, os senadores Jaques Wagner (PT-BA) e Fabiano Contarato (PT-ES) também devem estar na comitiva do presidente eleito. A COP27 acontecerá entre os dias 6 e 18 de novembro. A data da viagem de Lula ainda não foi definida. Oficialmente, entretanto, o Brasil será representado pelo governo Jair Bolsonaro (PL). Lula foi convidado pelo Consórcio Amazônia Legal, comandado pelo governador do Amapá, Waldez Goés, para integrar a comitiva dos governadores da região para a COP-27.
Jean Paul Prates, por sua vez, tem amplo conhecimento da indústria de petróleo. Ele integrou a antiga Petrobras Internacional (Braspetro), nos anos 1980, e participou da elaboração da Lei Petróleo, em 1997. No Senado, ele é autor de projeto de lei sobre eólicas offshore. Na campanha do PT, por exemplo, o senador participou de um grupo de especialistas que assessorou o ex-presidente Lula em temas do setor, em especial sobre a Petrobras.
Se um eventual convite para a presidência da Petrobras se confirmar, o senador do Rio Grande do Norte deverá passar pelo crivo dos órgãos de controle à luz da Lei das Estatais. A participação de Prates na campanha política de Luiz Inácio Lula da Silva será o ponto principal a ser escrutinado, na visão de especialistas ouvidos pelo Valor.
Ao longo da campanha de Lula, foi noticiado que o senador contribuiu na construção do programa de governo, na área de energia, óleo e gás. Nas eleições de 2014, o político foi o primeiro suplente de Fátima Bezerra para o período de 2015 a 2023.
Quando ela assumiu como governadora do Rio Grande do Norte em 2019, Prates passou a ocupar a cadeira do Senado Federal. Em 2020, ele foi candidato à prefeitura de Natal e não foi eleito. Já nas eleições mais recentes, foi o primeiro suplente de Carlos Eduardo Alves (PDT), também derrotado.
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