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22 setembro 2021

Aulas presenciais em universidades públicas no RN só voltam em 2022

Foto: Alex Régis
Sem aulas presenciais desde março de 2020, momento da chegada da pandemia do coronavírus, as atividades nas universidades públicas de ensino do Rio Grande do Norte vão continuar no formato remoto em 2021 e só retornarão de forma presencial em 2022, segundo apontam gestores e pró-reitores de graduações das três instituições federais de ensino do Estado.

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) deverá iniciar o segundo semestre de 2021 no dia 18 de outubro e já definiu que as aulas serão no formato virtual. A diferença para os outros semestres é a oficialização da possibilidade de atividades práticas presenciais, “desde que garantidas as condições de biossegurança e observadas as normas relativas à emergência em saúde pública”, disse o reitor José Daniel Diniz Melo em carta assinada no último dia 13 de setembro.

De acordo com a professora Maria das Vitórias Sá, pró-reitora de Graduação da UFRN, o atual semestre só deverá ser encerrado em fevereiro de 2022. Até lá, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) deverá se reunir e avaliar o retorno presencial no semestre 2022.1, previsto para começar em março do ano que vem.

“Neste próximo semestre, vamos continuar no formato remoto e as atividades práticas podendo ser realizadas de forma presencial. Ele se encerra 28 de fevereiro. Já em 2022.1, que se inicia em 28 de março, o Consepe vai avaliar as questões de biossegurança e podemos voltar. Mas não temos isso aprovado ainda”, explica.

Segundo a coordenadorado Diretório Central de Estudantes da UFRN (DCE/UFRN), Letícia Corrêa, uma pesquisa foi feita com pouco mais de 3 mil estudantes da UFRN. Segundo ela, cerca de 70% deles estão vacinados com pelo menos uma dose.

“Óbvio que não gostamos do ensino remoto, é consenso. Os alunos têm rendimento baixo, tivemos evasão estudantil, com os alunos tendo dificuldade de acompanhar as aulas, mas ao mesmo tempo defendemos que o retorno presencial seja feito com qualidade, cuidado e que não coloque a vida de ninguém em risco”, comenta, acrescentando ainda que defende um retorno gradual das atividades na UFRN.

O caso da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) é parecido. As aulas na instituição estão suspensas desde 17 de março de 2020. O pró-reitor de graduação da Ufersa, Sueldes de Araújo, aponta que o retorno está previsto para 17 de janeiro de 2022, de forma gradual. “Continuaremos tendo disciplinas no formato remoto. Cerca de 30 a 35% delas”, cita.

“A data está fechada, caso não haja mudanças estruturais na pandemia. Já estamos preparando a universidade para receber os alunos em janeiro de 2022”, acrescenta. Segundo ele, disciplinas e turmas com atividades práticas presenciais estão podendo funcionar.

Na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), o retorno até poderia acontecer em 2021, segundo o pró-reitor de ensino de graduação, Wendson Medeiros. No entanto, o aperto do calendário semestral, que se coincide com o fim de ano e período de férias fez com que a instituição adiasse o retorno presencial para janeiro. A UERN irá voltar com 100% dos alunos nas salas de aula.

“O semestre 2021.2 se inicia no final de novembro. Do dia 30 ao dia 06 é o planejamento. Daí até o dia 23 temos aulas, tem o recesso natalino e férias docentes. Em dezembro nosso público e alunos deverão estar vacinados com duas doses. Para garantirmos esse retorno seguro, em fevereiro quando voltarmos das férias, as aulas já voltam de forma presencial”, cita.

Ainda de acordo com Wendson Medeiros, uma resolução foi publicada no último dia 09 de setembro estabelecendo que, mesmo com o retorno presencial, caso haja situações de o professor não conseguir ser imunizado “por motivo alheio a sua vontade”, poderão ser desenvolvidas atividades remotas.

IFRN pode iniciar volta gradual em novembro

O Instituto Federal de Ciência, Educação e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) trabalha com a possibilidade de retornar às atividades presenciais nas primeiras semanas de novembro. A oficialização dessa medida depende de uma aprovação no Conselho Superior do IFRN (Consup), que se reunirá na próxima sexta-feira (24).

“A proposta que está nessa minuta e esperamos que não tenhamos grandes alterações é que voltemos no segundo semestre, primeira semana de novembro, em formato misto. Estabelecemos que vamos retornar com 30% até chegarmos em 100%”, explica a diretora pedagógica do IFRN, Amélia Reis. Ainda de acordo com Amélia Reis, a prioridade da instituição neste primeiro momento será para alunos e disciplinas com atividades práticas.

Estado e Natal

A Secretaria Estadual da Educação e Cultura autorizou, na última segunda-feira (20), o aumento do número de alunos nas aulas presenciais para até 60% da capacidade das escolas. De acordo com o secretário Getúlio Marques, a previsão é de que até 4 de outubro, a rede volte a funcionar com 100% da capacidade, de acordo com o calendário divulgado pela pasta. As aulas voltaram no final de julho na rede estadual.

Na rede municipal de Natal, as aulas estão acontecendo no formato híbrido desde o dia 14 de julho. De um total de 74 Centros Municipais de Ensino Infantil (CMEIs), 55 já retornaram presencialmente. Das 72 escolas, 50 já voltaram.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação (SME), o retorno nas salas de aula já está na casa dos 50% nos CMEIs, com o restante das turmas no formato não presencial. Já nas escolas, esse retorno está limitado a 30%, com um revezamento semanal entre os estudantes. 

*Fonte: TRIBUNA DO NORTE

13 maio 2021

Governo apresenta plano de retomada de aulas sem datas e prevê uso de reserva técnica para vacinação de professores no RN

O governo do Rio Grande do Norte encaminhou nesta quinta-feira (13) à Justiça o plano de retomada das aulas na rede estadual de ensino, com uma volta gradual, híbrida e facultativa enquanto perdurar o estado de calamidade em saúde pública. O documento, no entanto, não apresenta data para o início da retomada. 

Entre os tópicos, o documento também aponta o planejamento para a vacinação dos trabalhadores da educação usando parte da reserva técnica das vacinas que o estado possui. 

O plano prevê três pontos norteadores para a retomada: a adoção de protocolos de biossegurança pelas escolas, a situação epidemiológica específica de cada município ou região, e a identificação e acompanhamento de estudantes em situação de vulnerabilidade social e defasagem em relação à série para evitar o abandono escolar e a reprovação desses alunos. 

As aulas presenciais no Rio Grande do Norte estão suspensas desde o dia 17 de março de 2020, por conta da pandemia da Covid-19. 

O documento trata da testagem sorológica para Covid-19 dos profissionais da educação, que teve início em abril. Cerca de 8 mil profissionais foram testados até o momento e o plano cita que a maioria não teve contato com o coronavírus. Assim, o documento reforça a necessidade de vacinação desse grupo de trabalhadores. 

Para isso, houve um planejamento inicial por parte da Secretaria de Educação (SEEC). A vacinação dos profissionais da educação, segundo o documento, usaria parte da reserva técnica. O documento do governo cita, no entanto, que é necessária a inserção desse grupo no plano de imunização do Ministério da Saúde. 

A proposta formulada é a vacinação dos trabalhadores da educação regular pública e privada com "a utilização de doses oriundas de 40% da reserva técnica". Os grupos contemplados seriam: 

  • Grupo 1 - Professores e auxiliares que atuam em sala de aula das creches, pré-escola, ensino fundamental e ensino médio e técnico, além dos gestores dessas unidades escolares, por faixa etária: 50 anos ou mais; de 40 a 49 anos; de 30 a 39 anos; de 18 a 29 anos.
  • Grupo 2 - Demais trabalhadores da educação dos demais níveis educacionais contemplados, com o seguinte ordenamento por faixa etária: 50 a 59 anos; 40 a 49 anos; 30 a 39 anos; e 18 a 29 anos. 

Retorno gradual, híbrido e facultativo 

O plano também detalha os estágios para o retorno gradual dos profissionais e do estudantes às aulas presenciais. Ao todo, são sete etapas, que duram 147 dias até o retorno de 100% dos alunos às aulas presenciais. O plano não prevê datas. 

O primeiro estágio prevê o retorno do profissionais e em seguida as turmas, com todas elas tendo 30% dos alunos no modo presencial - obedecendo o espaçamento mínimo de 1,5 m entre as carteiras, além dos demais protocolos de biossegurança. 

Estágio 1 

  • Fase 1 - Planejamento e acolhimento dos profissionais - durante 7 dias
  • Fase 2 - Retorno dos estudantes do 1° ao 5° ano + 3ª série - 14 dias
  • Fase 3 - Retorno dos estudantes do 6° e 7° anos + 2ª série - 14 dias
  • Fase 4 - Retorno do 8° e 9° ano + 1ª série - 28 dias 

Já o segundo estágio só entra em funcionamento ao fim do primeiro estágio, quando todas as turmas tiverem retornado. A partir daí, há um avanço na porcentagem de alunos presentes nas salas. 

Estágio 2 

  • Fase 1 - 50% das turmas - 28 dias
  • Fase 2 - 75% das turmas - 56 dias
  • Fase 3 - 100% das turmas 

O documento reforça que "a implementação das fases está condicionada à manutenção dos índices epidemiológicos na localidade, bem como ao cumprimento de todos os protocolos de biossegurança e medidas sanitárias pelas unidades escolares". 

Segundo o governo, o cronograma para início da implementação deste plano será estabelecido em normativo próprio, após definição em termo de acordo em cumprimento da sentença n° 08000487-05.2021.8.20.5001, em trâmite perante a 2° Vara da Fazenda Pública. 

Biossegurança 

Segundo o governo do RN, foram investidos cerca de R$ 12 milhões em protocolos de segurança, sendo oito de recursos próprios e quatro do Ministério da Educação. As unidades escolares foram destinadas a comprar equipamentos de proteção individual, além de estabelecer condutas e organizações em todos os ambientes escolares, como checagem de temperatura, disponibilização de pias para higienização, redução de carteiras disponíveis em sala de aula, entre outras ações. 

Entre as medidas, são citados também medidas de segurança para o transporte dos alunos, como: 

  • Verificação da temperatura do condutor escolar e dos alunos;
  • Uso de máscara obrigatório durante a permanência no transporte escolar, sendo necessária para o condutor a substituição da máscara, a cada 03 (três) horas;
  • Manter abertas as janelas do transporte escolar para ventilação natural;
  • Demarcar espaços que podem ser utilizados como acento dentro do transporte escolar e desinfetá-los
  • Elaborar planilha contendo capacidade máxima de ocupação pelos alunos, de acordo com o tamanho do transporte escolar;
  • Nos veículos do transporte escolar devem ser disponibilizados álcool em gel 70% para que os estudantes possam higienizar as mãos; 

Entre as determinação em relação à alimentação nas escolas, o plano cita que é "proibido beber água nos bebedouros colocando a boca no bico de pressão ou na torneira. Cada estudante deve ter seu próprio copo ou garrafa ou utilizar copos descartáveis". 

O plano de retomada destaca também que os profissionais devem acolher os alunos e contextualizá-los, de forma a reforçar, o momento atual da pandemia. Eles também devem buscar alunos que por ventura não voltem às atividades para evitar o abandono escolar e também criar atividades para manter os estudantes com comorbidades que irão seguir com o ensino à distância.

*Do G1 RN