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28 outubro 2024

Produtor da Serra do Mel-RN cria logística para aproveitar safra de caju

O agricultor Marcos Freitas e o filho Thiago Freitas (vereador) estão experimentando uma logística que pode se transformar na melhor maneira de aproveitar o caju produzido em alta escala nas 22 vilas rurais do município de Serra do Mel-RN.

A reportagem do PORTAL MOSSORÓ HOJE foi conhecer a proposta.

O município de Serra do Mel, distante 40 km de Mossoró e com 13 mil habitantes, foi criado no final da década de setenta para ser o principal vetor de desenvolvimento da região Oeste do Rio Grande do Norte através da produção da castanha e do caju.

Foram plantados, na época, algo em torno de 2,4 milhões de pés de cajueiro da variedade gigante. Porém, com os anos de poucas chuvas, pragas como a mosca branca a copa deste cajueiro perdeu vitalidade e produção caiu drasticamente.

Com apoio técnico do SEBRAE, SENAR, EMBRAPA, entre outros órgãos, a Prefeitura de Serra do Mel conseguiu apoiar os colonos a revitalizar boa parte da copa do cajueiro da Serra do Mel, substituindo-a, por variedades mais resistentes e com maior capacidade de produção.

As variedades de cajueiro anão precoce BRS 226 (melhor castanha) e CCP 76 (caju de mesa) foram desenvolvidas pela EMBRAPA e estão sendo aplicadas na substituição da copa do cajueiro “gigante” na Serra do Mel, com grande sucesso. Produz mais e são mais resistentes as pragas. Somado os bons invernos a estes fatores, já ocorreu aumento de safra.

A safra em 2023 já foi de aproximadamente 18 mil toneladas a previsão de safra para 2024 é que seja a maior já registrada na história. A castanha o colono já aproveita 100%. Já com relação ao caju, quase que 100% é desperdiçado. Fica no chão, apesar da ótima qualidade.

É neste cenário que surge agricultor Marcos Freitas e o filho Thiago Freitas (vereador presidente da Câmara de Serra do Mel). Eles criaram uma logística para aproveitar o caju CCP 76, que é de ótima qualidade para mesa, produção de sucos e vários outros derivados.

Marcos Freitas explica que uma indústria de produção de sucos em São Paulo envia o contêiner, ele e os demais agricultores próximos, coletam o caju, ajuda na seleção, embala e embarca neste contêiner para ser processado em São Paulo.

“Se tiver 5 ou 10 contêiners por semana, eles compram”, Marcos Freitas. O negócio está no início. Para dá certo, Thiago Freitas explica em reportagem do MOSSORÓ HOJE, que é preciso que o produtor tenha assessoramento técnico, para garantir qualidade na produção.

Na hipótese da proposta se consolidar, segundo Thiago Freitas, os produtores de castanha vão poder aumentar a renda com o cultivo do cajueiro de forma substancial. Um fator importante, que ele faz questão de lembrar, é o alto valor nutricional do caju, chegando a ter 5 vezes mais vitamina C do que a laranja.

*Mossoró Hoje

26 agosto 2024

MOSSORÓ/RN: ESTAÇÃO METEOROLÓGICA DE BAIXO CUSTO RENDE 9ª PATENTE PARA A UFERA

A nona patente recebida pela Universidade Federal Rural do Semi-árido (Ufersa) em um intervalo de apenas quinze meses disponibiliza para a sociedade uma estação meteorológica de baixo custo, acessível para pequenos agricultores da região semiárida. O invento foi registrado como produto inovador pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) no dia 20 de agosto, data da publicação da carta patente.

A estação meteorológica foi idealizada pelo estudante Nadison Francisco da Silva durante sua passagem pelo curso de Ciência e Tecnologia no campus de Caraúbas. Num primeiro momento, o discente elaborou um projeto para desenvolver um pluviômetro utilizando materiais recicláveis. Ao ingressar no curso de Engenharia Elétrica, também em Caraúbas, ele passou a contar com a orientação do professor Francisco de Assis Brito Filho e com a colaboração da estudante Nayana Letícia de Morais Viana, hoje aluna egressa da instituição.

“É uma sensação de reconhecimento pelo trabalho bem feito”, comenta o professor Brito sobre o recebimento da patente. “A pesquisa na Universidade precisa ser bem planejada e bem executada, pois os recursos são poucos, e este trabalho cumpriu esta missão”, acrescenta ele.

O invento recebeu o nome de “Estação Meteorológica Wireless Compacta Modular” e teve seus primeiros protótipos em impressão 3D produzidos durante a pandemia. Já o depósito do pedido de patente, realizado graças ao apoio do Núcleo de Inovação Tecnológica da Ufersa (NIT), foi realizado em 2021.

*Saulo Vale