Pescadores de Upanema comemoram aumento da produção de peixes depois da recarga da barragem de Umari — Foto: Reprodução/Inter TV Costa Branca |
A última sangria registrada em Umari aconteceu no ano de 2009. As chuvas deste ano foram responsáveis pela recarga da barragem, que é a terceira maior do Rio Grande do Norte. De acordo com a Emparn, em 2020 Upanema registrou no acumulado, 1151,1 mm de chuva. Isso representa cerca de 30% a mais de toda chuva registrada em 2019, quando choveu 764 mm.
Barragem de Umari — Foto: Reprodução/Inter TV Costa Branca |
“No ano passado, tava muito longe. Ficava bem lá pra dentro, na faixa de uns 200 metros ou mais, daqui pra chegar onde ela (a água) tava. Graças a Deus esse ano, com o inverno, a gente tá vendo ela bem pertinho! Esse ano tem sido muito bom pra nós. Já pegamos bem muito peixe nela. Tem dado muito peixe, devido o inverno ter sido muito bom. Tudo isso já ajudou a gente”, conta o pescador, Luiz Lopes.
Para agricultores e pescadores, a fartura de água é um sinal de tempos de mais tranquilidade daqui pra frente. Segundo Presidente da Colônia de Pescadores, José Francisco dos Santos, mais conhecido como “Dedé”, quando a barragem chega ao nível em que está hoje, todos se beneficiam.
“Quando ela está assim, o peixe aumenta. Conversei com os pescadores e eles relataram que até agora nesse mês de julho, teve pescador quem em um dia chegou a pegar 101 kg de peixe. Isso mostra que, com a capacidade que ela tá, a produção de peixe é bem mais favorável para o pescador”
Pescadores que em anos anteriores precisavam deixar o município em busca de outros reservatórios com maior volume de água, agora retomam a rotina diária de pesca. “Eu chego aqui lá pelas 6 horas, eu coloco a rede e na faixa das 10 horas eu vou apanhando ela novamente. Sempre eu pego uns peixes. Tilápia, tucunaré...”, conta seu José Alcides, que também é pescador na barragem.
Pela experiência, os pescadores também sabem que nesse período do ano, entre os meses de agosto e outubro, os fortes ventos interferem na pesca. Segundo eles, a água fica mais agitada e os peixes se escondem. Mesmo assim, eles não têm do que reclamar.
“Ela tá cheia, né? Tudo isso é uma felicidade. Fazia muitos anos, acho que uns 11 anos que a gente não via ela com esse total d'água. Foi um ano de fartura! Se não fosse essa doença que tá tendo no mundo, nós 'tava' feliz da vida”, comemora seu Luiz Lopes.
Luiz Lopes, pescador e agricultor — Foto: Reprodução/Inter TV Costa Branca |
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