O delegado regional da Polícia Civil do RN, Luis Fernando Sávio de Eliezer Pinto, disse textualmente ao programa Cidade Aflita da Rádio Difusora de Mossoró, que a campanha municipal mossoroense está em boa parte movida à droga. A troca de voto por crack e maconha é uma realidade.
Chapas casadas vereador-majoritária ou nomes, individualmente, estariam movimentando somas financeiras expressivas, tendo ‘boqueiros’ como cabos eleitorais à negociação final com os viciados-eleitores.
Um ‘boqueiro’ (dono da boca de fumo), pelo que se fala no submundo da política e do narcotráfico, recebe entre R$ 2 e R$ 5 mil para o trabalho de recrutamento dos eleitores.
“Fato notório”
- Isso é um fato notório. Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Militar e Ministério Público têm ciência disso e estamos com um trabalho para coibir – comentou o delegado.
Ele também antecipou, que há acompanhamento de muitos empresários e agiotas, envolvidos em outras modalidades de compra de votos. “É fato também público e notório. Sabemos que muitos estão com dinheiro guardado para repasse aos políticos”, disse.
- Temos denúncias, já temos denúncias – garantiu. “É incrível, mas é a realidade de Mossoró”, lamentou.
A entrevista foi concedida ao repórter Pádua Júnior.
*Carlos Santos
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