A Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento do prefeito Marcelo Crivella das funções públicas. Ele foi preso na manhã desta terça-feira (22), em uma ação conjunta entre a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). No documento, a desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita determina que o prefeito se abstenha de realizar qualquer ato inerente ao exercício do cargo de prefeito.
No despacho da prisão, a desembargadora diz que Crivella era o chefe de uma organização criminosa que atuava dentro da prefeitura e enfatizou que, embora restem poucos dias para terminar o mandato, sua manutenção no cargo até lá implicaria em riscos à ordem pública.
Além dele, foram presos também o empresário Rafael Alves, o delegado aposentado Fernando Moraes, o ex-tesoureiro da campanha de Crivella, Mauro Macedo, além dos empresários Adenor Gonçalves dos Santos e Cristiano Stockler Campos, da área de seguros.
Por volta das 11h50, o Crivella foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito.
Após ser preso, Crivella fala em ‘perseguição política’ e diz que espera ‘justiça’
Após a prisão, o prefeito disse que a ação é uma “perseguição política” e que espera que seja feita a justiça.
“Lutei contra o pedágio ilegal, tirei recursos do carnaval, negociei o VLT, fui o governo que mais atuou contra a corrupção no Rio de Janeiro”, disse Crivella. Questionado sobre sua expectativa agora, o prefeito se restringiu a responder: “justiça”.
Em nota, a Executiva Nacional do Republicanos disse que aguarda detalhes e os desdobramentos da prisão do prefeito e que o partido “acredita na idoneidade de Crivella e vê com grande preocupação a judicialização da política”.
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