Ao todo, 13 voos que não estavam previstos pousaram na capital potiguar, segundo informou a Inframérica, administradora do terminal. Todos eles tinham como destino inicial o Aeroporto de Recife.
Os passageiros que foram deslocados para Natal reclamaram da demora por uma solução por parte das companhias. Eles citam falta de comunicação e medidas neste momento. A situação causou lotação e filas em guichês.
Segundo a Inframérica, apesar da chegada desses aviões, "os voos já programados pelo Aeroporto de Natal estão todos dentro do horário, sem atrasos ou cancelamentos".
Um dos afetados pelas alterações dos voos foi o comerciante Rui Medeiros, que saiu de Fernando de Noronha pela manhã com destino a Recife, de onde seguiria para Fortaleza.
Os aviões que chegaram de Recife lotaram também o pátio do Aeroporto de Natal, chamando a atenção de passageiros e funcionários do terminal.
Passageiros cobram soluções
Quem também ficou em situação semelhante foi o publicitário André Farkatt, que saiu às 7h50 de um voo do Rio de Janeiro para Recife. "Nós chegamos no Recife e o avião arremeteu. Chegou bem próximo da pista mesmo", contou.
André contou que o avião ficou mais de uma hora rodando no aguardo para descer para o Aeroporto de Recife. "Até que uma hora que ele [o piloto] disse que ia ser desviado para outro aeroporto para abastecer, e veio para Natal".
Ele conta que a companhia aérea não tinha dado, durante a tarde, qualquer informação sobre a volta para Recife, onde ele mora e o destino final do voo, ou apresentado soluções, como estadia de uma noite em Natal, por exemplo.
"Não tenho ideia de quando vamos voltar. A Gol não dá nenhuma solução prática. Dá sempre as desculpas de que não pode resolver, de que vai contatar com o superior, com o responsável, mas não tem nenhuma solução prática", disse.
Segundo ele, alguns passageiros foram colocados em táxis para voltar para Recife. "Está chovendo bastante em Recife, o transporte rodoviário não deveria ser uma opção", comentou.
O passageiro William da Silva Oliveira tem o destino final ainda mais distante: ele precisa chegar em Feira de Santana (BA) e tinha escala em Recife após sair de Belém (PA).
"Não tem prazo e o caos está total aqui. Muita gente. E é só aguardar. A gente vai ficar aqui aguardando o voo que eles vão arrumar pra gente ir pro Recife e de lá para Feira de Santana. É complicado porque a gente tem família, trabalho e a gente perde com tudo isso", lamentou.
*Do G1 RN
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