O principal compromisso do presidente será a participação na Conferência do Clima das Nações Unidas (ONU), a COP 28, nos Emirados Árabes. Lula também terá encontros com governantes e empresários nas quatro paradas da viagem:
- Riade, Arábia Saudita;
- Doha, Catar;
- Dubai, Emirados Árabes;
- Berlim, Alemanha.
O presidente, que teve uma agenda intensa de viagens internacionais nos nove primeiros meses de terceiro mandato, programou a cirurgia no quadril para estar recuperado a tempo de participar da COP 28, em Dubai.
Arábia Saudita e Catar
Lula tem previsão de sair de Brasília na segunda-feira (27) com destino a Riade, na Arábia Saudita, seguindo na sequência para Doha, no Catar. O presidente terá agendas com as realezas locais e empresários.
Lula tem interesse em investimentos de fundos dos países do Golfo Pérsico, grandes produtores de petróleo, em obras de infraestrutura do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O pacote de projetos é a principal aposta do governo para gerar empregos e impulsionar a economia.
Lula desembarca na terça-feira (28) em Riade para uma audiência com o príncipe herdeiro do reino saudita, Mohammed bin Salman (MBS).
Em junho, durante viagem a Paris, o petista cancelou um jantar que teria com o príncipe, que é um dos governantes do reino e tem histórico de críticas de países ocidentais. Em 2021, um relatório da inteligência dos Estados Unidos atribuiu ao príncipe a responsabilidade pela morte do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018.
Ainda em Riade, Lula terá eventos empresariais na quarta-feira (29), um da Embraer e outro da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), antes de seguir para Doha.
Na quinta (30), o presidente deve ir a um fórum com empresários e planeja se encontrar com o emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, autoridade máxima do país.
Segundo o embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte, secretário de África e de Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores, é “natural” que a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas seja tratada entre Lula e o emir.
O Catar ajudou a intermediar a trégua no conflito e mantém interlocução com o Hamas. O Brasil repatriou recentemente um grupo de pessoas da Faixa de Gaza e deseja trazer de volta uma nova leva de brasileiros.
“É natural que numa visita deste nível também se inclua uma conversa entre os presidentes sobre a situação no Oriente Médio, sobre a crise e sobre as perspectivas que podem se ver. Para o Brasil, é muito útil ter como interlocutor um país que também dialoga com todas as partes e é um país da região”, disse Duarte a jornalistas.
*Do G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário