“Importante lembrar que a área de resguardo no bairro do Mutange onde fica a mina 18, cuja realocação preventiva foi iniciada pela Braskem em dezembro de 2019, está desocupada, sem nenhuma pessoa residindo na região desde abril de 2020”, diz a Defesa Civil, em nota.
Segundo o comunicado, divulgado às 14h, os dados de monitoramento apontam que a acomodação do solo segue concentrada na área da mina 18, “e que essa acomodação poderá se desenvolver de duas maneiras: um cenário é o de acomodação gradual até a estabilização; o segundo é o de uma possível acomodação abrupta”, ou seja, o colapso completo.
“Todos os dados colhidos estão sendo compartilhados em tempo real com as autoridades, com quem a Braskem vem trabalhando em estreita colaboração. A Braskem continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18, localizada no bairro do Mutange”, destaca o órgão.
A Braskem encerrou a extração de sal-gema na capital alagoana em 2019, após a comprovação de que a atividade havia provocado rachaduras nas casas do bairro de Mutange, e vinha tomando medidas para fechar definitivamente os poços de sal, “conforme plano apresentado às autoridades e aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM)”.
“Esse plano registra 70% de avanço nas ações, e a conclusão dos trabalhos está prevista para meados de 2025. Das 35 cavidades, 9 receberam a recomendação de preenchimento com areia. Destas, 5 tiveram o preenchimento concluído, em outras 3 os trabalhos estão em andamento e 1 já está pressurizada, indicando não ser mais necessário o preenchimento com areia. Além dessas, em outras 5 cavidades foi confirmado o status de autopreenchimento”, detalha a nota.
“As demais 21 cavidades estão sendo tamponadas e/ou monitoradas, sendo que em 7 delas o trabalho já foi concluído. As atividades para preenchimento da cavidade 18 estavam em andamento e foram suspensas preventivamente devido à movimentação atípica no solo. Todo o trabalho segue prazos pactuados no âmbito do plano de fechamento, que é regulamente reavaliado com a ANM”, finaliza.
O mapa das áreas de risco, traçado pela prefeitura e pela Defesa Civil, indica outros quatro bairros afetados: Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto e Farol. Na última quarta 29, a Justiça acatou pedido para realocação das famílias que moram em 23 imóveis no bairro Bom Parto. As residências ficavam em áreas em que o nível de perigo de colapso aumentou.
*Agora RN
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