De acordo com a Polícia Civil, as diligências foram iniciadas após o próprio médico acionar a Polícia Militar queixando-se de perturbação de sossego. A PM acionou a Civil, que foi ao local para apurar os fatos. Na residência do suspeito, os policiais encontraram cinco adolescentes.
"A Polícia Civil foi acionada pela Polícia Militar para apurar inicialmente uma denúncia de perturbação do sossego. Quando começamos a investigar a situação, iniciaram as diligência e descobrimos que estávamos diante de crimes graves contra crianças e adolescentes. Por essa razão, nos dirigimos ao local da ocorrência e procedemos com a busca e a apreensão para apreender objetos relacionados ao crime. Foram encontrados materiais que não eram condizentes com o que ele dizia, que era um homem solteiro, que morava só", destacou o delegado Luiz Octávio.
No local, os policiais encontraram medicamentos, como tadalafila, pílulas do dia seguinte, além de material de higiene feminina, como lubrificantes íntimos, camisinhas e exames ginecológicos para apurar doenças sexualmente transmissíveis. "Foram encontrados absorventes femininos, pílulas do dia seguinte, material para tintura de cabelo. Foi só confirmando a denúncia que as vítimas fizeram através de relato espontâneo aos policiais civis", pontuou.
O delegado afirmou que as investigações vão identificar em quais circunstâncias os produtos eram utilizados. "Isso só poderá ser de fato afirmado com o decorrer da investigação criminal", destacou.
Foi constatado ainda durante as diligências que a mãe de uma das vítimas, que é técnica de enfermagem, tinha conhecimento dos atos praticados pelo autuado e consentia a ida da filha à casa do suspeito. Em troca, segundo as investigações, o homem fornecia dinheiro e objetos domésticos para a mãe com o intuito de beneficiá-la. Ela foi presa pela suspeita da prática dos crimes de favorecimento à prostituição infantil e abandono de incapaz.
"As polícias civil e militar conseguiram identificar que essa mãe sabia que a menor estava na casa naquele momento e o que ela iria fazer lá. Por esse motivo, foi dada a voz de prisão em flagrante. Ela era conivente", completou o delegado.
Os policiais civis ainda apreenderam equipamentos eletrônicos de propriedade do médico. As adolescentes foram conduzidas à sede do Projeto Abraçar, localizado na maternidade municipal Dr. Araken Irerê Pinto, especializado em acolher e atender crianças e adolescentes em situação de violência sexual. Enquanto os suspeitos foram encaminhados ao sistema prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça. Durante a audiência de custódia, o médico teve sua prisão preventiva decretada.
A Polícia Civil solicita que a população continue enviando informações, de forma anônima, por meio do Disque Denúncia 181.
*Portal Tropical
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